capítulo 26 - O baile invernal

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Um sol discreto despontou atrás das colinas, a previsão do tempo afirmava que iria ter fortes pancadas de chuvas com uma possível nevasca, porém o céu estava tão límpido, de um azul celeste bem suave e poucas nuvens a vista

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Um sol discreto despontou atrás das colinas, a previsão do tempo afirmava que iria ter fortes pancadas de chuvas com uma possível nevasca, porém o céu estava tão límpido, de um azul celeste bem suave e poucas nuvens a vista. Seria um dia espetacular para uns. Para outros não seria tão agradável. Culpa do dia? Do clima? Há quem os culpem!

A culpabilidade de um dia ruim poderia ser do pecado, das aflições, do próprio ser humano agindo contra si ou contra o próximo, doenças, problemas, acidentes... Havia uma gama de possibilidades, exceto do dia ou clima.

Um dia mau não é desagradável porque amanheceu chuvoso. O dia não é bom só porque está ensolarado.
Um ensejo feliz, um triste.
Momentos de paz, outros de conflitos. O tempo fechou, fecha as janelas! Deixar nosso coração aberto para intempéries trancar nossa mente em dor, solidão e tristeza é um sinal de maus tempos. O tempo está aberto, deixa o ambiente arejado! É aproveitar a estiagem das coisas ruins, aproveitar a dádiva do alívio, da alegria e da bonança.

Em tudo dai graças, é a oportunidade de admitir que o controle de tudo pertence a Deus. Aproveitar a lição que Eclesiastes nos ensina: No dia da prosperidade, goza do bem, mas, no dia da adversidade, considera; porque também Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele.

Um coração aflitoso não consegue ser grato, enxerga até nas condições climáticas os males dos seus infortúnios. Todos os dias do aflito são maus, é como se os ponteiros do relógio pesassem toneladas, dificultando o avanço das horas. O de coração alegre tem um banquete contínuo. Está farto, satisfeito!

Algumas pessoas desfrutam a vida com bom humor, humildade, sabedoria... Enquanto outras retém os sentimentos bons, deixando à mostra os ruins, evidenciando através do corpo a derrota que sua mente sentenciou.

Hoje o dia começou espetacular para o rei Xaim, era a oportunidade que tinha de mostrar glória e poder aos outros reinos. A família real de Haviláh estava alinhada na entrada do Palácio, as comitivas dos Reinos do Círculo Real estavam chegando e era dever de cada Hiram recepcionar com educação e pompa.

— Se eu tiver que dar mais um sorriso para alguém vou morrer — sussurrou Aislah para o irmão, sem mover seu corpo da posição ereta na qual se encontrava. O dia seria longo para a princesa de Haviláh.

— Deixe para pensar na sua morte depois, agora estampa o melhor sorriso, a comitiva de Hasmoná acaba de chegar — cochichou Asser, olhando para o luxuoso carro com a bandeira do segundo maior Reino poderoso da aliança.

— Não suporto nenhum membro da realeza desse Reino — por entre os dentes trincados rangeu a princesa.

— Grande rei de Haviláh! — saudou o rei Frederel. Ele era exagerado em tudo, nos gestos, nas palavras... — Incomparável rainha Samira, belíssimos príncipe e princesa. Realeza majestosa do reino mais poderoso!

Estrella: A Garota Estrangeira - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora