Capítulo 29 - Sem fé é impossível escalar as montanhas altas

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No Hospital Infantil, Melissa chorava aflita, Arseni nunca deixou um dia de visitá-la

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No Hospital Infantil, Melissa chorava aflita, Arseni nunca deixou um dia de visitá-la. Quando acontecia algum imprevisto, sempre avisava e mudava o horário. Nunca passou um dia sequer sem ir ao hospital. A hora avançada, na qual o relógio estava quase batendo uma da madrugada, Mel não conseguia dormir, Miandry acalentava a garotinha:

— Mel, pode ter acontecido algum imprevisto de trabalho, o celular deve ter descarregado e ele ficou sem comunicação.

— Ele nunca esqueceu de mim! Sinto que aconteceu algo. Tio Seni prometeu trazer a coleção das Princesas Guerreiras.

Mia insistiu em confortar a menina, com muito custo conseguiu fazê-la dormir. Deixou um beijo na testa dela, girou o corpo para ir embora e fora surpreendida pela presença de Arseni. De imediato iria confrontá-lo por não ter aparecido, porém quando olhou para a mão que segurava a coleção de livros, depois para as lesões no rosto dele, sentiu um forte pesar. Com cuidado tocou na face dele, lágrimas caíam na mão dela. Pela sensação de sentir um toque suave e honesto, Arseni, não conseguiu conter seu lamento.

Pela manhã recebeu um toque agressivo de alguém que deveria amá-lo e protegê-lo. Ganhou um gesto que expressava uma amabilidade quase esquecida por Arseni, as únicas que o tratava com doçura fora a mãe, depois Melissa, e agora, Mia. Esqueceu como a ternura era um acalento para a alma. O jovem recebeu consolo de uma garota que ele machucou no passado, um que não estava tão distante e que ainda o envergonhava muito.

— O que aconteceu? — perguntou Mia, não ira tirar nenhuma conclusão baseada em precipitações.

— Encontrei com meu pai, não fiz o que ele queria e recebi agressão...

Arseni não precisava continuar, bastava para Mia. Ela o abraçou, enquanto ele curvou a cabeça sobre o ombro dela, a jovem encaixou os dedos nos cabelos dele e o deixou chorar.

— Eu fiquei mal, e perdi a hora, falhei com Mel — a voz chegou aos ouvidos de Miandry, baixa e dolorosa, a garota sentia compaixão por ele.

— Ela entenderá, estava sentindo que tinha acontecido algo de ruim. — E tinha razão!

— Amanhã tomarei café da manhã com ela — queria pedir desculpas nas primeiras horas da manhã. —, e você Mia? Não pode dormir tão tarde, precisa repousar. Vou te acompanhar até seu quarto, quem ficará com você hoje?

— Tio Mor, ele foi na lanchonete tomar um chá.

— Farei companhia até ele voltar!

Com cuidado, ele levou Mia ao quarto 512, ajudou a jovem a deitar, depois pegou a coberta e a cobriu. Deixou um beijo na testa dela antes de Morcai aparecer no quarto.

Estrella: A Garota Estrangeira - Livro 1 (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now