Reaprendendo a Amar (SaixHinata)

Capítulo 6

“Pensamento geram sentimentos,
que geram comportamentos;
por isso, para mudar suas atitudes
É necessário renovar a mente.”
—Bispa Lúcia Rodovalho

Autora.

Na manhã seguinte do ocorrido, Sai prefere sair de casa cedo, evitando ter que encontrar a Hyūga. Sua cabeça estava confusa, tinha pensado tanto que sua noite se resumiu em ficar andando de um lado para o outro, quase deixando marcas de seus passos no chão.

-Você beijou a Hinata?

-Sim… Eu fiz isso sem pensar..eu, eu não deveria ter a beijado, ela está sendo tão legal comigo, como eu pude fazer isso? Ela deve estar brava, deve querer que eu saia de lá o quanto antes… Por que eu fiz isso..? Eu deveria estar sofrendo pelo final do casamento, mas..eu beijei outra pessoa…

-Sai… - pega na mão do moreno. -O final do nosso casamento não é motivo para você estar se culpando assim. Você beijou a Hinata, tá tudo bem, você só fez aquilo que seu coração mandou. Ela vai entender. 

-Mas, Ino..como eu poderia ter a beijado..para provar algo que falava no livro? Ela vai achar que estou brincando com ela e..eu não quero que ela pense isso de mim. Ela é minha amiga.. não quero que.., que ela pense que sou esse tipo de cara.

-Sai, você tem certeza de que é só isso mesmo? Só para comprovar uma frase do livro?

-Se não fosse isso, seria o que?

-..Isso, você tem que descobrir. E olha.. não pensa muito nisso tá. Já não basta a situação em que te deixei, não quero ver você ficar encucado com isso. - se levanta. -Eu tenho que ir agora, vou abrir a loja. 

-Espera, Ino..eu posso te pedir uma coisa?

[…]

Hinata.

Ahh...! Por que não consigo tirar aquilo da cabeça?
Você conhece o Sai, Hinata..é provável que ele tenha feito isso no sentido de amizade... Né?

Me levanto ficando sentada na cama.

Não sei... Desse jeito eu vou ficar louca...!

Toc toc

Será que é o Sai?

Corro até a porta parando assim que toco na maçaneta.

e..se for realmente ele? O que ele vai falar se me ver com essas olheiras? Ele vai saber que fiquei a noite toda acordada... Espera... Ele mesmo me falou que eu não deveria me importar com a maneira que estou superficialmente.

-..Hina..?…Tá aí? - o ouço.

É realmente ele.

Me apresso e abro a porta.
-O-oi.. - me julgo por ter gaguejado.

-Olha..eu, eu queria pedir desculpas direito. - diz logo se curvando. Fiquei sem reação.

-Sai não precisa disso. 

-Precisa sim, eu fiz algo sem te consultar antes. - continuava com o corpo inclinado.

-Sai..- o levanto. -De verdade.. não precisa disso tudo. Eu entendo o porquê você fez aquilo. Você só..queria tirar suas próprias conclusões de que éramos amigos, não é? - sinto que ele fica sem palavras. -Vou entender isso como um sim. - ficamos em silêncio por um tempo até eu notar as olheiras em baixo de seus olhos. -Sai, você ficou acordado esta noite? - ele logo volta a si.

-Ah, mais ou menos...

-Vamos ter que cuidar disso, assim o seu rosto fica cansado. Não podemos deixar o seu belo rosto assim. - só depois de já ter falado, percebo o que tinha dito. -A-ah, quer dizer..eu– - ele dá um sorriso curto logo falando.