(Concluída)
Separada, Hinata tenta a todo custo viver da forma mais normal possível, mas ela não imaginaria que um conhecido estava passando por uma situação muito semelhante a sua.
Mais próximos do que nunca, ligados pelo coração machucado. Eles vã...
"Quem nunca se atreveu a brincar na chuva, não conhece um dos maiores prazeres que a vida nos proporciona de graça! Uma das brincadeiras mais gostosas quando se é criança e uma das atitudes mais Determinadas quando adulto!" -Anne Hurtion
[...] "O que o Neji-niisan quis dizer com tudo isso? Por que não conseguia ouvir o nome dessa pessoa?" [...]
Hinata.
Sou tirada de meus pensamentos com uma batida em minha porta. Me levanto e vou até ela a abrindo.
- Sai..precisa de alguma coisa?
- Err.. você pode me ajudar com uma coisa? - ele parecia sem graça.
- Posso sim, o que foi?
- É que... - percebi que ele estava quase desistindo da frase.
- Sai..me fala.
- ... é que..eu meio que.. não gosto de..ficar sozinho em dia chuvoso.
- ..por quê?
- O meu irmão..eu e ele passamos durante muito tempo sozinhos, só nós dois e..eu o perdi em um dia de chuva... - acabo agindo de acordo com minhas emoções e o abraço.
- Quer que eu fique com você então?
- Não seria incômodo? - o solto olhando em seus olhos negros.
- Sai, somos amigos agora. Você não é um incômodo. Muito pelo contrário. Vamos ser úteis um para o outro.
- Não estava conseguindo dormir?
- Não.
- Por quê?
- Err..nada de mais. Era só insônia. - sorrio tentando disfarçar. - Hum..que tal nós..assistirmos TV?
- Pela chuva acho difícil que o sinal pegue.
- Ah, é... Cozinhar?
- Acho que não temos muitos ingredientes para nos manter acordados cozinhando.
- ... Tive uma idéia!
- O quê?
- Você não gosta da chuva, né?
- É. Mas o que tem?
- Vamos mudar essas lembranças ruins, para uma feliz.
- O que quer dizer com isso?
- Você já brincou na chuva?
- Brincar na chuva? Mais isso não é coisa de criança?
- Não é ruim voltar a ser criança de vez enquanto, Sai.
- ... Mais e se pegarmos um resfriado?
- Na verdade a chuva não tem nada haver com resfriado. Nem se deixar a roupa molhada no corpo pode causar um. Tudo depende do seu sistema imunológico e das bactérias que saem de nossa boca e nariz.
- Mas mesmo assi-
- Vai, Sai..por favor. Meu pai nunca me deixou brincar na chuva. Eu queria tentar pelo menos uma única vez, mesmo se isso me causar um resfriado. E também, isso pode te ajudar, você vai criar novas memórias e vai ter motivo para gostar da chuva. - disse sorrindo esperançosa.
- Obrigada, Sai! Vamos antes que a chuva pare. - seguro em sua mão por ato impensado. Agora já foi. O puxo descendo as escadas indo até a porta de vidro da parte de trás da casa. Solto sua mão em seguida indo para o lado de fora.
Essa é uma sensação única. Sentir os pingos de chuva caindo sobre minha pele me molhando por inteira era ótimo. Em questão de segundos já estava totalmente encharcada. Corri descalça pela grama do quintal, me senti uma criança como a muito tempo não me sentia. Lembrava de todas as vezes que via a chuva cair do lado de fora e não tinha coragem de desobedecer meu pai. Via os outros correndo, brincando, pulando e principalmente, se divertindo. Sentia um pouco de inveja, confesso. Mas era por não conseguir me divertir naquela época, sempre rodeada de treinos e regras, sem nenhum tempo para a diversão e a alegria de se sentir realmente viva.
Quando olho para o lado a procura de Sai, o vejo sorrindo enquanto mantia os olhos em mim. Não entendi o motivo de sua alegria mas queria que ele estivesse ali, comigo. Em meio aos sorrisos que a chuva poderia o proporcionar como me proporcionou.
- Sai! - o chamo e ele parece enfim prestar atenção. - Você concordou em vir brincar na chuva comigo. Não vai vir?
Por incrível que pareça, ele vem. Assim que me alcança, estende a mão para frente sentindo a chuva o molhar. Ficou parado por um tempo até que sorriu. Era um sorriso leve e descontraído. Era novo para mim.
- Você me concederia uma dança? - pergunto brincando e esticando minha mão a ele. Ele olha minha mão e a pega com a mão, antes estendida.
- Com toda certeza.
Começamos de fato a nos divertir.
Se alguém nos visse, diria que somos duas crianças, ambas vivenciando pela primeira vez a tão falada, diversão. E ao contrário do que eu falei, não estávamos dançando. Aquilo era mais uma brincadeira de quem caia mais, sorria mais, corria e pulava mais. Era divertido. E arrisco dizer, que essa, era a melhor noite da minha vida.
Agora posso dizer... Eu amo brincar na chuva!
Continua...
Obrigada por terem lido! Até o próximo capítulo! Tchau~💜 (🌟👈)
Meme para alegrar o dia de vocês.
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