“O ciúme,
O receio de deixar,
E o medo de ser deixado,
São as dores inseparáveis
Do declínio do amor.”
—François de La Rochefoucauld[…]
Hinata.
— O que foi, Sai? Não posso fazer perguntas?
— Só acho que essas perguntas não são do seu interesse.
— Deixa, Sai.
— Viu? Ela deixa. — a olhou seria. — E então? Vocês dois tem quartos diferentes?
— Sim. Nós dormimos em quartos diferentes. Não teria porquê dormirmos no mesmo.
— Por que você convidou ele pra sua casa? Tinha outras intenções?
— Não sei o porquê está perguntando isso, mas..eu o chamei porque ele não tinha outro lugar para ficar.
— E vocês já eram próximo?
— Não. Ele era o marido da minha melhor amiga.
— E você por acaso, gosta dele? Gostava dele desde que ele namorava a sua “amiga”?
— Sayuri. — Sai tentou intervir. — Ela era casada.
— “Era”? Não é mais?
— Não. Nos separamos. — respondo.
— Vai ver ele percebeu as suas intenções com o Sai. Você não presta, né, Hinata? Ou ele não te suportava?
— Sayuri! Já chega! — a voz de Sai era nova para mim. Era um tom sério.
— Sai, eu só estou fazendo perguntas para a sua amiga. Isso é algum crime? — o olha. Estava me segurando para não falar alguma coisa. Ela estava me passando um sentimento estranho, não havia gostado de nada que ela falou quando se referia a Sai. — Ela já tentou fazer alguma coisa contra você?
— Não. Mas nós já nos beijamos. — digo no calor do momento. Demorando um bom tempo para perceber o que tinha dito.
— O quê?
— Certo, Sai? — o olho com o pouco de coragem que sobrou em mim.
— B-bom…si-sim.. — Sai tinha ficado vermelho. Será que fiz besteira?
— O quê..? Isso é verdade, Sai? Vocês… Ela te beijou?
— Eu a beijei. — corrigiu, desta vez quem havia ficado vermelho, sou eu. Acabei tendo a lembrança vaga daquilo tudo. Eu não queria admitir, mas tinha gostado.
— Você?!
— Sayuri, não grite.
— Sai, ela te seduziu!
— Não, ela não me seduziu. A Hinata não é assim, e você também não é assim, tão exagerada, Sayuri.
— Você sabe muito bem porque eu sou assim, Sai.
— Eu já disse milhares de vezes, Sayuri. Nós somos apenas amigos. Você sabe disso. Também sabe que nunca vamos ter nada além disso, Sayuri. Eu te vejo como uma irmã.
— Para! Você ainda vai se arrepender disso, Sai! — saiu andando para fora do local. Suspiro aliviada. Parece que o ar até ficou mais leve.
— Hina… — quando ouvi sua voz, tive noção de tudo o que tinha dito. — por que você falou que…tínhamos nos beijado? É que..meio que fui eu quem te beijou.. — ouvi ele soltar um riso envergonhado e curto. Eu tentava falar alguma coisa, mas nada saia.
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Reaprendendo a Amar (SaixHinata)
Fanfiction(Concluída) Separada, Hinata tenta a todo custo viver da forma mais normal possível, mas ela não imaginaria que um conhecido estava passando por uma situação muito semelhante a sua. Mais próximos do que nunca, ligados pelo coração machucado. Eles vã...