segundo

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02. guy

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Se você tiver que escolher entre ser correto e ser gentil, seja gentil”

— Extraordinário

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A noite já havia chegado no fim, o sol já nascia no horizonte; os raios de sol passavam lado á lado entre os prédios altos. Não era um dia nublado, provavelmente seria um dia que a temperatura atingiria seu máximo em calor — o que era incomum pela estação e país que moravam, talvez fosse um dos poucos dias daquele mês que fosse ensolarado.

As salas, antes completamente brancas, eram coloridas pelo azul do uniforme de pessoas de alas diferentes de saúde — claro que muitos ainda vestiam o clássico branco. As cadeiras dos corredores eram ocupadas pelos acompanhantes de pessoas doentes ou que sofreram algum tipo de acidente, até pessoas que fossem apresentar algum exame. E uma dessas cadeiras era ocupada por Yoongi, que ainda estava com o terno que usava na noite passada, só não tinha a máscara em seu rosto —  já que desde que sofreu o atentado, ela caiu no chão e não teve nenhum tempo para encontrá-la, de toda forma nem se importava, só usaria ela naquela noite mesmo —, os dedos finos batiam incessantemente na lateral da cadeira branca, nem tão confortável, enquanto aguardava qualquer sinal do médico, apesar de saber que logo poderia ver sua mãe.

Seu pai já não estava mais alí, há cerca de vinte minutos atrás recebeu uma ligação informando que deveria comparecer a delegacia para dar seu depoimento, Yoongi também deveria ir, mas conseguiu convencer os oficiais a ir na manhã seguinte contar o pouco que sabia.

Sua espera foi cessada assim que a porta do quarto cento e trinta e quatro foi aberta, assim revelando o médico que vestia o jaleco branco — este que tinha seu nome em um crachá no lado esquerdo do jaleco.

Kim Seokjin.

— Como está a minha mãe? — Yoongi perguntou assim que o médico se aproximou de onde ele estava sentado. Yoongi se levantou aguardando uma resposta. Nem se sentiu estranho por não agir com formalidade com o médico, já que ele fazia trabalhos particulares para sua família há quase um ano.

— Ela está bem, tivemos que dar alguns pontos no local atingido, mas tudo ocorreu bem e ela está deitada te esperando. — Disse e Yoongi sentiu-se animado, queria rever sua mãe o mais rápido possível. — O efeito da anestesia passou quase que totalmente, mas ela pode estar sonolenta, então não fique tanto tempo conversando com ela e a deixe descansar um pouco. — Explicou, gesticulando com as mãos.

Yoongi apenas pediu licença e foi de encontro ao quarto onde sua mãe descansava. Deu batidinhas na porta e nem se quer aguardou respostas e girou a maçaneta da porta, finalmente tendo uma visão do quarto; era o típico quarto branco, sem cores ou decorações, praticamente tudo era branco — desde o chão até o endredom que cobria o corpo deitado de sua mãe.

Sua mãe.

Então, Yoongi, encarou a mulher que, ao contrário da noite anterior, aparentava estar abatida e cansada — a pele estava três tons mais claros e olheiras contornavam os olhos esverdeados de sua mãe —, hora ou outra os olhos piscavam lentamente, e nenhum sorriso acomadava seu rosto, mas ao ver seu filho, Sun-hee, tentou sorri, entretanto o sorriso pareceu forçado demais e ela desistiu daquela ideia.

Fechou a porta. Andando em passos lentos, até a sua mãe, tudo que se ouvia naquele quarto eram os "bips" do aparelho que contava os batimentos cardíacos de Sun-hee e, também, os barulhos que faziam no hospital, mas eram abafados pela porta.

Shadow • jhs + mygOnde as histórias ganham vida. Descobre agora