O Vampiro Mora ao Lado

CAPÍTULO ONZE

Henry tinha recebido uma ligação de Zach, totalmente desconexa. Ele ficou preocupado com aquilo e resolveu checar na casa ao lado, sem sucesso... Não havia ninguém. Foi aí que percebeu que Zach poderia estar em situações complicadas, um sexto sentido o comunicou disso e ele tinha sorte... Pois, sabia exatamente onde o garoto estava.

Após chegar na festa, o que não demorou muito. Henry passou entre os estudantes, alunos e gente desconhecida... Alguns ficaram surpresos de vê-lo por lá, os olhares o encaravam sem parar. Henry Scott era um homem de uma beleza singular, chamava a atenção por onde passava, sem fazer nenhum esforço.

Quando passou pela porta e chegou na sala, viu de relance um Trevor indo embora com os dois amigos e Zach totalmente machucado no chão, todos estavam em volta daquela confusão, haviam muitas conversas paralelas e o som ainda estava alto... Ninguém tinha ido socorrer o garoto e então Henry abriu caminho rapidamente e corre até ele.

— Zach! Zach! O que aconteceu com você? — perguntou o professor, porém não tinha respostas... Zach ficava olhando de um lado para o outro como se estivesse perdido e atordoado.

Seu nariz estava sangrando e ele tinha um corte na sobrancelha, as pancadas teriam sido muito fortes, Henry começou a ficar ainda mais preocupado. Logo, Noah apareceu entre as pessoas, com um rosto pálido e assustado.

— Meu Deus! — ele se agachou ao lado do professor e perto de seu amigo espancado. — O que aconteceu com ele? Meu Deus Zach!

— Eu não sei, acabei de chegar aqui. — informou Henry com um semblante raivoso. Ele se virou para as pessoas emboladas na casa e gritou. — Acabou a festa! Todo mundo já pra casa antes que eu chame a polícia. Andem logo!

As pessoas soltaram grunhidos de desaprovação, pelo menos haviam parado de prestar atenção na confusão e em Zach. A música finalmente parou e todos começaram a ir embora da casa naquele momento, assim como Henry ordenou.

O professor pegou Zach pelo ombro com ajuda de Noah.

— Me ajude a levá-lo até o carro. — pediu Henry e foi obedecido.

Ao passar pela multidão de pessoas e chegar até o carro, Zach foi colocado no banco traseiro. Henry se virou para Noah na mesma hora.

— Vou leva-lo para casa. — disse sem rodeios, com uma expressão brava.

— Obrigado professor Scott... — Noah respondeu. Ele ainda não tinha entendido o porquê de seu professor aparecer do nada em uma festa do quarto ano, muito menos a gentileza que estava fazendo com Zach, até porque o garoto ia muito mal nos exames de História... Mas, não quis estender o assunto. — Eu vou ficar e procurar por Logan.

— Tenha cuidado, Noah... — avisou antes de entrar no carro, pois sabia como era a maioria daqueles adolescentes. O garoto apenas ficou ali parado e observou Henry ligar o carro — e que carro. —, para partir.

Zach não conseguia respirar direito devido ao nariz doendo, estava cansado e dolorido, mal sabia onde se situava, só percebeu que não estava mais na festa quando tudo ficou preto, uma escuridão total, mas sentiu que estava em movimento... Seus ouvidos captaram a boa música clássica (devia estar vindo do rádio) e logo se lembrou do rosto de Henry Scott, lhe levantando daquele chão gelado. A sua expressão preocupada tinha sido muito fofa, ele realmente gostava de ajudar Zach.

Henry a cada dois segundos, olhava para trás pra ver o estado de Zach, ele não o levaria para o hospital para não causar mais tumulto, pelo visto o garoto só havia tido ferimentos leves.

— Não... Não me leve pra casa. — sussurrou Zach. Ele sabia que se chegasse em casa naquele estado, quando sua mãe voltasse, iria ocorrer uma confusão.