Sexo, amor e outras drogas

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⚠ ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS IMPRÓPRIAS PARA MENORES DE 16 ANOS (CENAS DE SEXO EXPLÍCITO) SE NÃO SE SENTIR CONFORTÁVEL EM LER, PULE A PRIMEIRA PARTE. A PARTIR DA DIVISÃO DE TEXTO TÁ LIBERADO ⚠




Me perguntei se Will podia ouvir meu coração batendo forte contra sua orelha. 

"Talvez eles sejam a mesma coisa", ele disse. 

Pensei no que responder. Milhares de coisas passaram pela minha cabeça mas nenhuma delas parecia adequada. O que eu deveria dizer? Que talvez também estivesse me apaixonando por ele? Que eu provavelmente deveria ter esperado mais um pouco pra começar a ser o que quer que éramos agora? Eu realmente tinha sido rápida. Não conhecia ele há tanto tempo, mesmo que às vezes parecesse que faziam anos. Não faziam nem meses. Mas será que isso era o bastante para me apaixonar? Será que o coração acelerado que ele causava era mais do que atração, mais do que excitação? E se não fosse? E se meu coração idiota criado por romances estivesse tentando se agarrar a qualquer coisa que parecesse me fazer feliz? 

Mas ele estava apaixonado por mim. Eu não era cega. Pensando agora, recapitulando todas as coisas que disse e fez, era claro. Ou ele estava muito apaixonado, ou era um ótimo ator. E eu não acreditava que ele estivesse me manipulando. Era Will. O garoto que se vestiu como meu personagem literário favorito, que citou meus livros preferidos, que me levou pra conhecer sua família, que conversava comigo sobre todas as coisas que outras pessoas achavam bobas e inúteis. Era Will dizendo que eu era sua alma. 

- Não precisa dizer nada - sussurrou - Eu sei que é muito pra processar, principalmente depois de uma transa tão esplêndida quanto essa. 

Não pude evitar rir. 

- Esplêndida, é? - ecoei, ainda rindo - Essa é uma palavra forte, Harris. 

Ele ergueu uma sobrancelha, fazendo com que meu coração acelerado errasse uma batida. 

- Não acha que isso foi esplêndido, é? - falou, com um desafio implícito na voz.

- Acho que foi esplêndida para seus parâmetros - falei, dando de ombros e adorando jogar seu jogo - Entendo que cada um tem seus limit...

Will cortou minha fala ao se colocar de joelhos bruscamente, flexionando meus joelhos e me deixando aberta à sua frente. 

- Está brincando num terreno perigoso, amor - falou, com a voz rouca novamente. 

Brincou com os dedos em minha coxa, me fazendo acender outra vez. Era sempre assim, eu tinha que me lembrar. Sempre que eu o provocava, ele acabava me deixando sem fôlego. Era como se eu apenas falasse, e ele fizesse. 

Agarrei seus ombros e o puxei, fazendo com que caísse sobre mim, e rapidamente inverti nossas posições, me colocando por cima de Will. 

Ele piscou, surpreso e assustado, depois deu um sorrisinho de canto. 

- Cansou de ficar por baixo, é? - provocou, petulante - Se queria tanto estar no controle, poderia ter me dito, eu aceitaria sem discutir... 

Suas palavras cessaram quando movi o quadril contra ele, suas mãos indo de encontro à minha cintura, segurando com força. 

Apoiei minhas palmas abertas sobre seu peito, me inclinando pra mais perto de seu rosto sem parar de me mover vagarosamente sobre William. 

- O que foi? - perguntei, baixo - O gato comeu sua língua? 

- Ah, Manuela - disse, fechando os olhos com força e engolindo em seco - Não brinque comigo... 

- Por que não? - perguntei, rebolando com mais força - É tão divertido ver você assim, sem fala. Toda vez que eu quiser que cale a boca vai ser assim? 

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⏰ Last updated: Feb 28, 2022 ⏰

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Clichês, amor e Girl PowerWhere stories live. Discover now