Capitulo 4

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●Prisão●

Cassian pov:

Com os Grão-senhores de acordo com o plano de Amren, ao qual Cassian achou incrível apesar dos riscos, Rhys partiu de manhã cedo para a prisão, ele iria só pois eu não podia voar, segundo ele, mesmo eu tendo certeza que minhas asas estavam totalmente recuperadas.
Amren andava de um lado para outro na sala, Azriel não estava a vista.
Ele deve estar com gwyn, há semanas percebo como eles ficaram mais próximos.
Mesmo Azriel e a sacerdotisa tentando esconder.
Mor está sentada, ou melhor, jogada no sofá. Com a taça de vinho habitual na mão.
- Já está bebendo? - Pergunto quando chego na sala.
- Não, estou jogando fora, não tá vendo o vinho jogado no chão? - Pergunta sarcástica e eu reviro os olhos.
- Não são nem 8 da manhã Mor - exclamo e ela ri.
- Cassian querido, não há hora para beber - bufo.
- Por quê tá tão nervosa toco de amarra jegue? - pergunto a Amren e desvio de um livro que ela jogou em mim.
- Seu bastardo! - fala com raiva e eu gargalho.
- Cadê Nestha? - pergunto a Mor.
- Treinando no ringue.
- Certo - falo indo em direção ao ringue de treino.

                            [...]

- Acha que eles vão nos ajudar? - Pergunta Nes socando o saco de areia.
- Não sei, mas espero que sim - falo sentado em um dos bancos observando enquanto ela treina e apontando erros.
- Não acho que seja uma boa ideia, eles são seres milenares, e não devemos traze-los para cá, velaris.
- Eu também não, mas Amren me garantiu que eles não vão fazer nada, em consideração a ela - falo tomando água.
- Amren os teme. A Amren os teme, Cassian - exclama chutando o saco de treino.
- Eu sei, é estranho, ela nunca mostrou medo, nem um pouco e só com a menção desses feéricos ela já demonstrou estar mais nervosa esses dias do que em séculos vivendo conosco - Pondero.
- Independente de tudo eu só espero que eles nos ajudem.
- Eu também Nes, eu também.

Falo pensando no que vai ser de nós se eles recusarem nosso pedido.
O pedido de Amren.
Ela parece nervosa, sua postura indica isso, o que significa que ela não têm certeza se eles vão realmente nos ajudar, e se for o caso, então lutamos até a morte.
E rezamos a mãe para que não sejamos massacrados.
Estou com medo.
Não por mim.
E sim por Rhys e Feyre, que acabaram de firmar a parceria, Rhys que tanto se sacrificou para proteger velaris, que esperou 500 anos para ser feliz e agora que conseguiu, têm isso ameaçado por um rei tirano.
Mor que tanto sofreu e achou em nós uma familia, e que até hoje busca a felicidade, não que ela não seja feliz, apenas  falta algo, e eu sei que talvez ela já tenha achado.
Amren que após tantos milênios finalmente deixou-se amar alguém, Varian.
O único que conseguiu de fato a atenção da pequena anciã.
Nestha e Elain, que sofreram nesses últimos anos, e que agora que estão em paz apesar do que aconteceu, poderão ver sua familia sendo massacrada.
Gwyn e Emerie que depois de tanto se privarem do que querem, se deram uma chance e agora podem perder isso.
E Azriel...
Que depois de passar 500 anos apaixonado por uma fêmea, de se achar insuficiente, e agora finalmente achou alguém que o visse de verdade, pode perder isso, e ele vai se culpar, e muito.
E a mim, que mesmo não tendo encontrado alguém para dividir minha vida, finalmente estou em paz com minha familia. E ver isso em risco é desesperador até mesmo para mim.
E eu farei de tudo para proteger os que amo, nem que pra isso eu tenha que me sacrificar.

                             [...]

Autora pov:

Aa paredes da prisão pareciam se encolher conforme Rhysand andava por seus corredores, descendo níveis e mais níveis de escadas, para chegar ao fim da prisão, onde sua única chance de sobrevivência os esperava.
E ele desejava que realmente ouvesse uma chance para ele e sua família.
O ar parecia espesso, a energia do lugar em si era pesada.
Ele conseguia sentir nos ossos o poder que o lugar emanava.
Um lugar onde os piores seres de Prynthian habitavam, os mais poderosos.
E era lá que estava sua única esperança.
Ele não confiava tanto no plano de trazer os Originais para sua corte.
Durante séculos ele ouviu histórias de como os implacáveis irmãos exterminavam exércitos sozinhos, e ele imaginava como podia existir seres tão poderosos.
Sussurros eram ouvidos por todos os lugares que ele passava.
Garras raspando nas paredes e gritos de misericórdia.
Os seres mais horríveis gritavam para terem a liberdade.
Ele finalmente chegou ao fim da prisão.
Na última cela, diferente das outras essa tinha uma porta de aço reforçado, além de todos os feitiços que guardavam o lugar, ao qual ele supôs serem muitos.
Ele conseguiu sentir o poder emanar da cela.
Ele sentiu seus pelos se arrepiarem.
- Ora ora ora - ele ouviu um ronronar de uma voz feminina.
Todos os seres da prisão ficaram quietos, em total silêncio, até os que gritavam por misericórdia.
Ele engoliu em seco.
- Um grão-senhor? Me sinto importante - uma voz masculina zombou e ele engoliu em seco, se perguntando como o viam por trás da porta.
- Acha que devemos ouvi-lo? - a mesma voz feminina disse, era uma voz com um timbre forte, mas não tanto, era um tanto sensual por si só, melodiosa,não que ele achasse a dona da voz sexy, mas a voz em si era, e ele pensou se isso fosse um dom, para enganar suas vitimas.
- Não sei, um mortal? Não acho que vale a pena - O feérico disse rindo.
- Vá embora, mortal, não é dia de visitas - A feérica zombou e uma gargalhada rouca é ouvida do macho que está com ela.
- Amren me mandou - ele se pronunciou pela primeira vez e eles ficam em silêncio.
- O que sabe sobre Amren? - a fêmea pergunta.
- Ela é minha imediata - falou e ela gargalha.
- Não seja tolo, Amren nunca se rebaixaria a esse nível, servir mortais - ambos gargalham e Rhys solta um suspiro.
- Ouça, sei que não se importam com nossas vidas, e não julgo vocês, mas estamos em guerra, e estamos desesperados, todos os grão-senhores, nossas cortes estão em perigo, nosso povo e eu venho aqui, em nome de toda prynthian para pedir, implorar para que nos ajudem - a voz do grão-senhor é aflita.
- Sabemos disso, o vento nos conta tudo - Fala a fêmea.
- Então sabem que o que falo é verdade, venho não como grão-senhor e sim como um macho que ama sua familia e parceira e que não quer perde-los, nos ajudem, por favor - ele súplica.
Ouve-se silêncio por um tempo.
- Vá embora, mortal, não iremos sair daqui - a fêmea se pronúncia, e não há sarcasmo na voz, ela está seria.
- Por favor, eu imploro - Fala e ouve um suspiro vindo do macho, logo depois sussurros de ambos e ficam em silêncio quando Rhys fala novamente.
- Amren implora por ajuda - Rhys suplica uma última vez.
- Vamos ajudar, mas apenas agora, logo depois vamos embora - Fala o macho e Rhys assente, mesmo que eles não possam vê-lo.
- Melhor se afastar da porta - fala com diversão.
- Certo - Rhys fala se afastando alguns passos para o lado, há um sorriso em seu rosto, seu coração está pulsando fortemente em seu peito e ele finalmente têm esperança.
Seu sorriso some e dá lugar há uma careta de surpresa..
De repente o metal liso que cobria a cela é amassado, e literalmente jogado para longe se chocando contra a parede oposta.
Ele sabe quem é o responsável por isso, Ruhn.
Dois feéricos caminham para fora da sala.
Ambos com cabelos dourados, e ambos com uma beleza indescritível.
A fêmea tinha cerca de 1,70, corpo curvilíneo e um pouco esguio, mas não tanto como o das feérica comuns, seus cabelos chegavam ao meio de suas costas em ondas, e seus olhos são um tom de turquesa com um anel prateado ao redor da pupila.
O macho têm certa de 1,90 e seu corpo é musculoso, ele têm porte de guerreiro, assim como a fêmea ele é lindo, e isso não pode ser negado.
Ele têm uma tatuagem do lado esquerdo do rosto, uma que não faço ideia do que significa.
Seus cabelos assim como o da fêmea chegam ao meio das costas e seus olhos são dourados.
Ele têm um sorriso no rosto, diferente da fêmea que está séria, suas áureas são intensas.
E Rhys não pode deixar de sentir medo instantaneamente.
- Agora, nos leve a Amren - Ela ordena e Rhys assente os acompanhando pelos corredores da prisão.
Para casa.

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