Todas As 19h • Shivley Maliwal

Nine

O jantar estava correndo muito bem.
O prato que eu tinha pedido estava delicioso.

Bailey não estava exatamente com muita fome, por isso pediu uns aperitivos.

Ele perguntou se eu queria uma bebida mas recusei, amanhã tenho um compromisso cedo.

— Vai pedir sobremesa?

— Não sei. Talvez eu peça apenas um doce. Já estou cheia — nós dois rimos.

— E o que vai querer?

— Realmente não sei. Algo que caia no meu bolso.

— Que isso. Pode pedir qualquer coisa. O pagamento do jantar é por minha conta.

— Não, pelo amor de Deus. Isso é um abuso da sua gentileza.

— Não, é sério. Pede. Eu pago.

— Bailey... — ele me interrompeu

— Eu insisto — sorriu ao me oferecer o cardapio de doces.

— Okay, você venceu... Mas é só por hoje! — ele riu enquanto eu analisava o papel todo decorado.

— Quero alguma leve, até porque já estou cheia. — disse ainda escolhendo

— Testa o Polvorón, um biscoito amanteigado a base de noses e essência de baunilha. Juro, é ótimo.

— Obrigada. — disse. Logo em seguida chamei Melanie que trouxe os biscoitos para mim em alguns minutos.

— Como conseguiu se tornar tão rico assim? Adoraria saber como fazer o dinheiro render.
— perguntei a Bailey.

—  Digamos que a empresa eu herdei da minha avó paterna, mas não quer dizer que não trabalho duro. Eu me formei para gerenciar o negócio de família. Como sou mais velho entre mim e minha irmã, fiquei com a fortuna da minha avó quando ela se foi. Ela pediu para dividir entre os três netos dela, então, assim que Lamar e Sabina se formaram, dividi toda a grana entre nós. Ao passar de uns anos, consegui redobrar o império de minha avó. A pena foi que Lamar ainda é muito novo e irresponsável, ele quase perdeu todo o dinheiro dele para jogos de casino e drogas a algum tenpo atrás. Para piorar foi na mesma época que descobri a traíção de Joalin. Por sorte consegui ajuda-lo a gerenciar a poupança dele e agora recuperou tudo e mais um pouco do que tinha gastado, porém todo o dinheiro é controlado pelos pais dele. Até hoje meus tios não tem confiança no meu primo.

— Nossa. Que história! Deve ter sido muita responsabilidade, tipo... Tanta coisa cair no seu colo de uma só vez.

— Ainda bem que consegui superar essa fase.