Harry queria se afastar, ele queria dar um passo para trás e quebrar o toque de Faye. Ele tentou forçar seus pés se moverem, mas eles estavam presos ao chão.
"Quer-" A voz de Harry quebra no meio da palavra. Ele engoliu em seco. "Coração. Pare. Não." Ele tinha vergonha de si mesmo. Tudo o que ele tinha em questão de minutos voaram para fora da janela. O que noventa anos de sofrimento tinha feito com ele foram quase levados, e por causa de uma garota. Uma menina que destruiu quem Harry era, desde a camada superior da sua pele, percorrendo todo o caminho de seu corpo até cada célula de seu corpo. A muralha que tinha construído ao longo dos anos tinha começado a de desintegrar por causa dela. A garota que ele feriu e tentou matar por semanas, mas com apenas seu toque fez o mundo de Harry ser esmagado sobre ele. Harry queria odiá-la, ele queria odiá-la mais do que já odiava. Ele queria esmagá-la como ela o esmagou. Mas ele não podia. Ele não poderia fazer isso corretamente. Nem seu corpo. Nem sua mente. Ele odiava a si mesmo mesmo. Odiava o que ele havia se tornado, e odiava o que ele tinha sido.
"Deixe-me ajudá-lo. Por favor." Faye disse quando ela tirou a mão do rosto de Harry. A sensação era muito grande para ela continuar. Mas assim que ela tirou a mão, Harry sentiu como tivesse sido sugado para fora dele e seu estado normal teve a chance de se recuperar. Agora, foi a vez das trevas desligar a luz que Faye havia transmitido através do seu toque. Um choque percorreu o corpo de Harry, deixando-o automaticamente tenso.
Harry cerrou os punhos quando a escuridão tomou conta dele, afogando-o. Doeu tanto quanto Faye o tocou, exceto que esta era a dor que sentia todos os dias e tinha sentido por noventa anos. No entanto, Faye o tocou e fez com que ele chegasse a se desequilibrar e fazer a dor ser mais difícil de controlar. Ele tem que confrontá-la, ele tinha que fazer. Você tem que se recuperar, disse a si mesmo. Ele tinha que se recuperar, caso contrário, ele nunca seria o mesmo. Ele ficaria preso em Faye, ele seria um escravo de seu toque.
"Eu prometo que em breve você vai ser você de novo." Faye falou, fazendo Harry carrancar. Ele já era ele, ele era quem ele era e de mais ninguém. Uma menina não poderia o mudar em alguém que ele tinha sido por noventa anos, e isso o deixou irritado. Quem ela pensava que era? Basta entrar em sua casa e dizer que ela poderia ajudá-lo. Ele foi além da ajuda. Os anos na casa havia quebrado cada parte de quem ele era antes de morrer. O tempo havia remexido em sua mente e alma, e matou todas as peças do estranho que ele poderia ter sido uma eternidade atrás.
"Nós vamos passar por isso." Faye disse e sorriu, olhando para mover a mão para o rosto de Harry novamente. "Então você pode seguir em frente, e você não tem que ser preso neste lugar hor-" Harry interrompeu Faye, agarrando-lhe o pulso, depois de ter recuperado a maior parte da escuridão dentro dele.
"Quem disse que eu queria ir embora?" Harry assobiou e aumentou a pressão do aperto no pulso de Faye, fazendo-a se contorcer. Faye gritou e caiu de joelhos quando Harry pressionou-a para baixo. Dor atravessou suas pernas quando as bateu nos chão.
"Por Favor." Faye sussurrou, piscando algumas lágrimas. "Você tem que me deixar entrar."
"Agora, por que eu faria isso?" Harry disse, aquele era o Harry que ainda assombrava os sonhos de Faye. "Por que eu iria deixar alguém como você me transformar em algo pior? Eu estou perfeitamente feliz como eu sou."
"Você está- Você não está feliz. Você não pode ser." Faye respondeu, seus olhos castanhos de frente para o chão. "Você está infeliz, por que você está negando isso? Você não está feliz em tudo. Alguém com tanta escuridão dentro de si não pode ser feliz. Você é incapaz de sentir qualquer coisa, os mesmos que você não pode ser feliz. Você está morto, Harry. Você está morto. Morto e sem emoção. Você não é feliz. " Ela moveu a olhar para cima, tentando se recuperar. "Porque você não pode vê-lo? Você não é mais nem humano. Você é um demônio enviado do inferno."
O próximo instante algo golpeou Faye tanta força que seu corpo deslizou sobre o chão antes de bater na parede. Em seguida, a mão de alguém encontrou o caminho em torno da garganta de Faye, forçando-a do chão. Os pontos pretos surgiram na visão de Faye quando ela olhou para Harry em frente a ela, ao mesmo tempo em que ela tentou obter um máximo de ar possível em seus pulmões.
"Você esqueceu o que eu te disse?" Harry sussurrou, inclinando-se mais perto. "Eu sou a morte".
"Por favor, não seja. Você é um menino que sofreu demais por muito tempo." Faye disse, e rapidamente passou a mão no rosto de Harry, na esperança de obter o que seria visto como uma reação "positiva".
Harry não teve tempo para reagir, e como o mesmo tempo que Faye o tocou, ela desapareceu de sua visão. Em vez disso, a visão era de uma grama verde, árvores altas e uma cerca se tornou visível. Do outro lado da grama verde do verão correu um jovem rapaz, de idade inferior a seis anos, com um papagaio caseiro voando acima dele. A risada do garoto encheu o ar ao seu redor, fazendo sua mãe, que estava sentado na varanda em frente a uma bela casa em um vestido bonito, sorrir. No próximo segundo, o pai do menino saiu na varanda e olhou para seu filho como ele, com tanta alegria, brincava com seu papagaio. Um grande sorriso se espalhou pelo rosto do pai, e ele colocou seu braço ao redor de sua esposa, que ele amava tanto.
"Pare." Harry sussurrou, e caiu de joelhos, escondendo o rosto com as mãos frias.
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Créditos: rosepetalhaz
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Haunted |h.s | tradução
قصص الهواة"Quando ele morrer, Pegue-o e corte-o em pequenas estrelas, E ele vai fazer a face do céu tão bem Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noite E não pagaram a adoração ao sol berrante. " - William Shakespeare 19 de junho de 1924 foi um dia...
