𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 3

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Helena

Eu encaro o a floresta, é inapropriado uma dama sair sem a companhia de uma criada, mas...

Eu toquei as rédeas de tempesto, o enorme cavalo negro como a noite encarnada saiu galopando.

Meus cabelos chicotearam no vento, cada vez mais ele aumentava sua velocidade, adentrando a floresta.

No centro dela, talvez... Já sei, na cachoeira.

Puxei as rédeas, o incitando a virar para fora da trilha, ele o fez, saltando um enorme tronco.

Minutos se passam até que ouço o som de água caindo, o vento canta em meus ouvidos trazendo o som do rio, da cachoeira.

Tempesto parou diante do rio, seu casco batendo contra a terra duas vezes.

Eu desci do mesmo, o deixando nas pastagens de grama, onde o mesmo fora se aventurar em comê-la.

Eu retiro minha capa, a deixando ir ao chão, tiro os sapatos e aquelas longas meias brancas, os deixando no chão.

Seguro a saia do vestido, então, pulo nas pequenas pedras, me aproximando da maior.

Minhas mãos e pés nus apalpam a rocha fria e molhada, escorregadia, eu sento na borda da mesma, mergulhando meus pés na água.

Eu suspiro, paz, paz é algo tão bom. A sinto raramente na mansão.

Fecho os olhos e ouço um bater de asas, abro um olho, olhando em volta.

Deve ter sido um pássaro, ou aquele morcego de fuso horário duvidoso que me percegue.

— Day.

— Night. -digo.

Eu abro os olhos, fitando uma silhueta na margem do rio, ofego baixo, um belo homem, o homem mais lindo que já vi em toda a minha vida.

Sua pele levemente morena, os cabelos de um preto azulado, como as penas de um corvo.

Desço o olhar para seus olhos, belas íris violetas. Então, suas orelhas, pontudas.

Meu coração dá um salto.

O estranho se reclina pouco em uma reverência cordial.

— Senhorita. -ele diz.

— Lorde Rhysand?

Ele abre um sorriso de lado.

— Vejo que lembra-se de mim. -ele diz.

— Como não lembraria? Passei semanas na mais pura curiosidade. -murmuro.

Ele me encara com certo divertimento.

— Não pensei que fosse me encontrar, bem, agora. -digo.

— Estava livre de meus afazeres e assuntos, pensei que gostaria de uma visita. -ele me encara.

Eu coro.

— G-gostei, E-eu só...

Ele ergue uma sobrancelha e eu me ergo da pedra.

— Não achei que viria mesmo. -digo.

— O que a faz pensar que não? -ele enfia as mãos nos bolsos.

— Não sei, bem, você é um feérico, eu sou uma humana, você vive do lado perigoso da muralha, e eu do lado particularmente bom e indefeso. -faço aspas com os dedos.

— Um excelente ponto, eu diria. —ele diz— mas eu vim por outra coisa.

Eu o encaro.

— A senhorita me deixou deliciosamente curioso. -ele ronrona.

Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor Where stories live. Discover now