Helena
Eu encaro o a floresta, é inapropriado uma dama sair sem a companhia de uma criada, mas...
Eu toquei as rédeas de tempesto, o enorme cavalo negro como a noite encarnada saiu galopando.
Meus cabelos chicotearam no vento, cada vez mais ele aumentava sua velocidade, adentrando a floresta.
No centro dela, talvez... Já sei, na cachoeira.
Puxei as rédeas, o incitando a virar para fora da trilha, ele o fez, saltando um enorme tronco.
Minutos se passam até que ouço o som de água caindo, o vento canta em meus ouvidos trazendo o som do rio, da cachoeira.
Tempesto parou diante do rio, seu casco batendo contra a terra duas vezes.
Eu desci do mesmo, o deixando nas pastagens de grama, onde o mesmo fora se aventurar em comê-la.
Eu retiro minha capa, a deixando ir ao chão, tiro os sapatos e aquelas longas meias brancas, os deixando no chão.
Seguro a saia do vestido, então, pulo nas pequenas pedras, me aproximando da maior.
Minhas mãos e pés nus apalpam a rocha fria e molhada, escorregadia, eu sento na borda da mesma, mergulhando meus pés na água.
Eu suspiro, paz, paz é algo tão bom. A sinto raramente na mansão.
Fecho os olhos e ouço um bater de asas, abro um olho, olhando em volta.
Deve ter sido um pássaro, ou aquele morcego de fuso horário duvidoso que me percegue.
— Day.
— Night. -digo.
Eu abro os olhos, fitando uma silhueta na margem do rio, ofego baixo, um belo homem, o homem mais lindo que já vi em toda a minha vida.
Sua pele levemente morena, os cabelos de um preto azulado, como as penas de um corvo.
Desço o olhar para seus olhos, belas íris violetas. Então, suas orelhas, pontudas.
Meu coração dá um salto.
O estranho se reclina pouco em uma reverência cordial.
— Senhorita. -ele diz.
— Lorde Rhysand?
Ele abre um sorriso de lado.
— Vejo que lembra-se de mim. -ele diz.
— Como não lembraria? Passei semanas na mais pura curiosidade. -murmuro.
Ele me encara com certo divertimento.
— Não pensei que fosse me encontrar, bem, agora. -digo.
— Estava livre de meus afazeres e assuntos, pensei que gostaria de uma visita. -ele me encara.
Eu coro.
— G-gostei, E-eu só...
Ele ergue uma sobrancelha e eu me ergo da pedra.
— Não achei que viria mesmo. -digo.
— O que a faz pensar que não? -ele enfia as mãos nos bolsos.
— Não sei, bem, você é um feérico, eu sou uma humana, você vive do lado perigoso da muralha, e eu do lado particularmente bom e indefeso. -faço aspas com os dedos.
— Um excelente ponto, eu diria. —ele diz— mas eu vim por outra coisa.
Eu o encaro.
— A senhorita me deixou deliciosamente curioso. -ele ronrona.
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Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor
Fantasy𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐿𝑜𝑟𝑑𝑒 𝑅ℎ𝑦𝑠𝑎𝑛𝑑 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 ☄️ Um ano antes de Amarantha é a época em que as cortes estavam em paz, mas não sabiam que a paz acabaria, mas, neste ano de calmaria uma coisa inusitada aconteceu, protegida pela muralha nas terras...