Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor

𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 6

Helena

Longos minutos se passaram, meia hora, eu estou nesta sacada há meia hora.

Onde está Lorde Rhysand?

Eu inspiro fundo, já recuperada, saio da sacada e retorno ao baile como se nada tivesse acontecido, busco com o olhar e encontro o lorde ainda conversando com o meu pai.

Ambos com um copo de whisky nas mãos, e para a minha surpresa, o meu pai está rindo, rindo.

Quando foi que ele riu assim em público? Ele só menos ri em casa.

Por mais que eu faça palhaçadas para lhe tirar ao menos um sorriso.

E Lorde Rhysand o conseguiu fazer rir em meia hora o que eu tenho fazer em anos.

Encolho os ombros de leve, talvez eu não tenha tentado o suficiente.

Rhysand me encara de relance e eu caminho até a mesa de doces, tirando uma pequena rosa de chocolate da bancada.

Dou uma mordida e ele fala algo para o meu pai, se despedindo com cordialidade quando caminha entre as pessoas, em minha direção.

Pego mais alguns doces e saio em direção ao jardim, visto que todos pareciam atentos demais em uma das damas que torceu o pé.

Tiro as presilhas de pérolas, as pondo no bolso escondido do vestido.

Penso em tirar o broxe para soltar meus cabelos quando lorde Rhysand surgiu da escuridão.

Desisto no mesmo momento, os homens não podem nos ver de cabelos soltos.

Isso é levado como uma provocação ao sexo masculino, o que acho ridículo.

— Não deveria estar aqui, se alguém nos ver...

— O seu pai me deu a permissão. -ele diz.

Eu fecho a boca, o encarando surpresa.

— Assim de cara? -questiono, desconfiada.

— De cara? Não foi fácil convencê-lo, senhorita. —me encara um tanto pasmo— seu pai é bastante difícil, tive que usar muitos anos de prática em conversa e manipulação.

Eu o encaro.

— O manipulou?

— Com assuntos que ele gosta? Sim. -ele disse.

Eu balanço a cabeça.

— Não é apropriado, se nos virem juntos aqui, sozinhos, é questão de segundos para as fofocas começarem e minha reputação ir para o ralo. -digo.

— Então, eles não nos verão. -ele disse.

— O que está dizendo? -questiono.

Ele me puxa para caminhar com ele, adentrando mais afundo no jardim.

Sinto um pequeno cheiro de ferro forte, e percebo, magia.

— Usei um feitiço, não vão nos ver. -ele diz.

Eu o encaro.

— Estamos sendo muito radicais, senhor. -digo, me aproximando da pequena ponte, onde embaixo há um lago repleto de cisnes.

— De fato, não é empolgante? Toda essa adrenalina. -ele se recosta no parapeito.

Eu assenti, não tem como negar.

— Amanhã eu irei comparecer a sua casa. -ele diz.

— Na minha casa? -o encaro de imediato.

— O meu cortejo começa amanhã a tarde. —ele abana as sobrancelhas— começarei a cortejá-la, my Lady.