𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 8

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Helena

— Acho que ninguém nos verá aqui, não mesmo, só eu sei desse lugar. -digo.

Lorde Rhysand olha em volta, cercado de jardins, belas flores e uma grande piscina de mármore branco que o contorna, com pequenas cachoeiras em diferentes pontos.

— É muito bonito. -ele diz.

— Aqui é o meu recanto particular, venho para relaxar. —digo— e quando quero fugir da nana e dos pretendentes.

Ele me encara tirar as sapatilhas.

Com um vestido sem camadas, mais fino e suave, pude me sentar sem problemas na borda e molhar meus pés.

— Ninguém nunca a encontrou aqui? -pergunta.

— Não, e é até bom, paz às vezes é algo ótimo. -suspiro, fechando os olhos.

Eu saio de perto da piscina, meus pés descalços sentindo a grama.

— Fique a vontade para dar um mergulho, se quiser. -digo.

Eu sento no pequeno sofá de estofado branco, com detalhes dourado em seu único braço.

Peguei o livro que estava nele e alguns morangos que eu trouxe na cesta.

Lorde Rhysand me encarou, então, vi ele tirar seu terno.

Meus olhos seguiram o movimento, assim como suas mãos desabotoando cada botão.

Ele retirou a camisa, revelando suas costas, repleta de tatuagens, arabescos negros que adornam seus ombros e pouca coisa dos braços.

Ele baixa suas calças e eu abri o livro, procurando não encarar.

Não é educado, não é próprio para uma da...

Eu olho de esguelha e amaldiçoo mentalmente, vendo o homem apenas em sua peça de baixo, ele olhou de relance para trás e voltei a atenção ao livro.

Por deuses.

Ouvi o som de algo se chocar contra água, olho para a piscina e constato que ele mergulhou.

Me concentro no livro, e não no homem que nada quase pelado naquela piscina.

Eu viro a página.

Quem criou um romance entre Hades e Afrodite? Sua esposa não é Perséfone?

Hades e Afrodite.

Dou uma mordida no morango, enquanto lia.

Ouço os sons da água, ouvindo o ser que está ali, nadando.

— Não vai entrar?

— Estou bem aqui. -digo.

Segundos, então, ouço ele sair da água.

Ouço passos cautelosos na grama, eu fecho o livro, o pondo ao lado do sofá, então.

Eu prendo a respiração, encarando o homem diante de mim, seu corpo, mesmo que coberto por aquela única peça, o seu corpo parece ter sido esculpido pelos deuses, o abdômen tonificado, os músculos, as gotículas de água dançando em seu corpo, pingando de seus cabelos.

Nunca quis tanto ser uma gota de água.

Respirar se tornou uma tarefa muito difícil.

— O-oque foi? -questiono.

Ele se aproxima, se inclinando no sofá.

— Por que está nervosa? -ele questiona, sua voz baixa e sedutora.

Aquelas orelhas pontudas expostas novamente.

— N-não estou. -gaguejo outra vez.

Ele desliza uma de suas grandes e fortes mãos em meu corpo e eu estremeço, o fino vestido sendo pouco molhado por onde ele traçou.

Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor Where stories live. Discover now