𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 7

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Helena

Ele tem vindo todos os dias a tarde sem falta, sempre às duas.

Tem passado as tardes comigo e me cortejando.

Dando presentes, flores, chocolates, tortas de morango até.

O seu presente mais inusitado fora uma égua premiada de pelagem dourada como o nascer do Sol, a qual batizei de amanhecer.

E assim, chegou o baile de outono.

Eu o procuro com o olhar, ansiosa, sempre assim, sempre tão animada e entusiasmada para o encontrar.

Com lorde Rhysand, é um mistério atrás do outro, quando eu desvendava um, outro surgia para que eu tentasse desvendar novamente.

Seus segredos me deixando tão curiosa que parte do meu tempo se passava em planos de tentar descobrí-los.

As tardes tem sido boas, até mesmo as noites em que ele aparecia raras às vezes, mas quando aparecia, ficava contando as estrelas comigo, e me mostrando as constelações, as quais ele muito bem conhece todas.

Além de passar horas me ouvindo tocar todos os meus instrumentos.

— Procurando alguém?

Eu me virei, sorrindo.

— Já achei. -digo.

— Senhorita Helena. -ele se curva.

— Milorde. -o reverencio.

— O que acha de escaparmos? -ele questiona.

— Para onde? -me alerto.

— O baile está tedioso, não posso ao menos deixá-la vermelha. -ele me encara de forma injustiçada.

Eu corei e ele sorriu de lado.

— Ou quase. -ele diz.

Ele me oferece seu braço e eu o aceito, caminhando com ele pela multidão.

A qual estava intretida demais com os homens fazendo o seu truque de cuspir fogo com tochas.

Ele me puxa para fora, para o frio da noite, me levando até o jardim.

— E se alguém nos ver? -questiono.

— Não vão. -ele diz, adentrando o labirinto comigo.

Ele nós passamos pelos caminhos do mesmo, ficando em um de seus corredores de cerca viva, a lua iluminando acima.

— Ok. —ofego— depois de virar tantos caminhos no labirinto, acho improvável que alguém veja.

Ele me encara.

— Está linda. -ele diz.

— Eu odeio tantos babados e tule, me sinto um bolo de casamento. -digo.

— Mas continua linda. -ele diz.

— Meu pai está começando a ficar... Receoso. -digo.

— Sobre? -ele pisca.

— Ele acha que você está enrolando para me pedir em casamento, que ficar neste cortejo está apenas me privando de conseguir um casamento favorável para ele. -digo.

— Imaginei que isto pudesse acontecer. -ele diz.

— Eu também. -digo.

— Não lhe mostrei nem metade deste mundo ainda, nem muito menos lhe ensinei algo. -ele diz.

— E o que o senhor poderia me ensinar? Milorde. -caminho para longe dele.

Ele me puxa pela mão, me fazendo voltar com um puxão para ele.

Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor Where stories live. Discover now