Capítulo Um

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Brasília/Distrito Federal

Rayssa Marques

Dois anos depois...

Chego em meu apartamento após mais um dia cansativo de trabalho, estava investigando o assassinato de uma criança de 5 anos de idade que foi morta com um martelo. Conseguimos achar a autora do crime que foi a sua irmã mais velha, a mesma alega que a matou por ciúmes, prendemos ela hoje e dei o caso como resolvido. Em todos esses anos que trabalho como detetive o que mais dilacera meu coração é quando uma criança é assassinada, já peguei vários casos onde chorei ao descobrir que a vítima é uma criança. Dói saber que existe pessoas que são cruéis o suficiente para matar um pequeno ser que nada sabe da vida e que não conhece a maldade do mundo em que vivemos.

Assim que acendo a luz tomo um susto quando gritam "surpresa!", vejo meu irmão, minha mãe, minha melhor amiga, Kira, e meus três primos, Aya, Caio e Marcos. Avisto uma mesa com bolo, doces e salgados, fiquei sem entender o que aquilo significava até que lembro que hoje é o meu aniversário. Me esqueci completamente disso, ah estou ficando velha.

- Feliz aniversário, Rayssa! - Todos falam em uníssono, em seguida eles me dão um abraço coletivo.

- Obrigada, tinha esquecido que hoje é meu aniversário.

- Minha nossa, como você esquece do seu próprio aniversário, sua rapariga? - Kira fala me cachoalhando.

Kira Yamamoto é a minha melhor amiga, nos conhecemos no fundamental II. Pertence a uma família de japoneses refugiados cuja a tradição é bem rígida, vieram ao Brasil durante a Segunda Guerra Mundial após a sua cidade natal, Nagasaki, sofrer um bombardeio dos Estados Unidos. No início seus pais não aprovavam a nossa amizade, pois pensavam que eu seria uma má influência a ela tanto que já proibiram Kira de ter algum contato comigo. Com o passar do tempo mostrei a eles que sou uma pessoa confiável e que não iria levar ela para o mau caminho, quando mudaram o seus pensamentos sobre minha pessoa me aceitaram como amiga dela, e estamos ai firmes e fortes com a nossa amizade.

- Eu trabalho muito, Kira. Ando meio sem tempo para pensar nessas coisas. - Digo pendurando minha blusa e bolsa no cabideiro.

- Faça o favor de não esquecer de novo senão vou te bater. - Fala fingindo braveza.

- Vou tentar não esquecer de novo. - Digo tirando suas mãos dos meus ombros.

- 25 anos... já está ficando velha, maninha. - André fala em tom de zoeira.

- Velha é sua bunda.

- Parou os dois, sem brigas. - Minha mãe fala em tom severo.

- Bem vamos logo comer esse bolo.

Vou até a mesa onde corto o bolo e falo que o primeiro pedaço é para mim, ouve protestos por parte de André e dos meus primos, mas não liguei. Começos o bolo que é de chocolate, jogamos conversa fora sobre coisas aleatórias e do trabalho. Olho para a minha mãe e lembro do dia em que a livrei das mãos de meu pai, aquilo foi muito gratificante para nós dias.

Flashback

Estava dentro da viatura, saio e vou para frente a minha antiga casa junto dos policiais, bato na porta no qual é aberta por minha mãe.

- Filha! O que faz aqui? - Pergunta surpresa com minha repentina "visita", percebo que seu braço está roxo.

- Vim falar com meu pai, ele está? - Respondo com outra pergunta, nesse momento a voz dele soa.

- Quem é Ully?

Assim que o homem no qual chamo de pai aparece entro junto de meus colegas, um deles tira um par de algemas e se aproxima dele.

A Detetive do Mafioso Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora