Capítulo Dezessete

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Tóquio/Japão

Rayssa Marques

Assim que sai da casa de Hiroshi fui para a mansão Ono, meu corpo é tão traidor. Perdi totalmente o juízo quando me deixei levar pelo calor do momento. Não acredito que transei com o aquele desgraçado novamente, e o pior é que corro o risco de ficar grávida dele porque não usamos camisinha.

Até fui para as farmácias comprar pílula do dia seguinte, mas não tinha em nenhuma. Preciso tomar até a manhã para não correr o risco de engravidar daquele verme. Um bebê pode causar problemas na Interpol, principalmente se for de um mafioso. O pessoal nem pode sonhar que me envolvi com o chefe da Hageshī, senão minha carreira será destruída.

Entro na mansão e tiro meus sapatos calçando as sandálias japonesas próprias para usar no local. Vou para a cozinha onde vejo todos reunidos.

— Rayssa! Ainda bem que voltou. — Penélope fala batendo palmas.

— Onde esteve que sumiu o resto do dia? — Marcos pergunta.

— Ah fui na casa do meu ficante. — digo coçando a nuca.

— Seu pescoço está marcado. — Cole me avisa.

Droga esqueci de esconder isso, coloco a mão em meu pescoço.

— Eu reconheço essa arca dentária... — Kenji fala sério.

Ai ferrou ele deve saber quem é o Hiroshi, adeus minha carreira.

— Hoje temos yakisoba, coma, querida.

Me sento na mesa e pego um pouco de yakisoba, começo a comer. Sentia os olhares de meus companheiros em meu pescoço marcado o que me deixou incomodada. Termino de comer e Kenji também, ele logo se levanta e pede para que eu o acompanhe até o escritório. Engulo em seco e deixo a mesa o seguindo até seu escritório.

Assim que entramos ele pede para que eu me sente, me sento em uma das cadeiras e ele se senta em outra de frente para mim.

— Rayssa por acaso o seu ficante é Hiroshi Suzuki?

Fico em choque quando cita seu nome, então ele o conhece. Fico sem ter o que responder.

— Pelo seu silêncio significa que a resposta é sim. Você sabe que ele é o chefe da máfia Hageshī certo?

— No início eu não sabia, senhor Ono. Só descobri depois que perdi a virgindade com ele.

— E porque dormiu com ele novamente sabendo que é um mafioso?

— Porque não resisti a tentação, eu até tentei me segurar e impedir que aquilo acontecesse, mas acabou acontecendo.

— Entendi, espero que não fique grávida dele, um bebê fruto de uma relação entre uma detetive e um chefe mafioso pode trazer muitos problemas. Mas enfim, termine e corte a relação que tinham imediatamente, sabe que sua carreira na Interpol pode ficar comprometida.

— Tudo bem, senhor, eu assim o farei.

Dito isso ele fala que posso ir agora, suspiro e me levanto saindo do escritório. Vou para o meu quarto, assim que entro vou a suíte onde tiro minhas roupas. As cenas do que fizemos hoje vem a minha mente como filme. Ele é tão bom no que faz... só de me tocar meu corpo reage praticamente de forma automática.

O cheiro cítrico de seu perfume me embriagou total e me fez perder os sentidos. Odeio como meu corpo se rende a Hiroshi só pelo simples fato de me tocar. Meu coração acelera quando estou na sua presença e as vezes fico até sem jeito. Será que estou começando a me apaixonar pelo chefe da Hageshī?

Não, não posso me apaixonar pelo meu inimigo, se isso acontecer estarei em grandes problemas. Já estou metida em um por ter transado com ele porque descobriram pela arca dentária. Estou praticamente ferrada.

Amarro meu cabelo em um coque e entro no box, ligo o registro e início o meu banho. Essa noite faz frio então não posso demorar muito no chuveiro para não correr o risco de ficar gripada. Termino o banho e desligo o chuveiro, pego a toalha e me seco. Enrolo ela em meu corpo e saio do box e do banheiro em seguida.

Vou até a minha mala e pego uma camisola, quando tirei a toalha meu celular toca, deve ser ele. Pego ele na cômoda e aceito a chamada, não percebi que era de vídeo.

— Olá, detetive. Minha nossa assim você vai me matar do coração.

No início não entendi o que quis dizer com isso, olho para mim mesma e esqueço que estou nua. Rapidamente viro a câmera e escuto Hiroshi dar risada.

— Por que está escondendo sua nudez, shin’ainaru-kun e? Eu já vi casa pedacinho do seu delicioso corpo.

— Você é um tarado isso sim.

Coloco a camisola e viro a câmera para mim.

— O que você quer?

— Vi que revelou a nossa relação para o chefe do Departamento, Kenji.

— Não tive escolha, ele descobriu que transei com você pela sua arca dentária.

— Oh então minha obra de arte fez sucesso.

— Idiota, agora vou ter que usar muita maquiagem para cobrir isso.

— Jaja some, shin’ainaru-kun e.

Ignoro o que fala, faço minha higiene noturna e digo que irei dormir agora. Encerro a chamada e coloco meu celular para carregar, me jogo na cama e me cubro até a cabeça. Essa noite fará bastante frio, estou ficando com saudades da minha cidade quente. Fecho meus olhos e adormeço, começo a ter sonhos eróticos com Hiroshi.

A Detetive do Mafioso Where stories live. Discover now