Epílogo

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Brasília/Distrito Federal

Rayssa Marques

Nove meses se passaram desde todos os acontecimentos passados. Me recuperei dos ferimentos e voltei para o meu cargo de detetive. Só trabalhei até o sétimo mês de gestação e tirei licença maternidade. Passei os dois últimos meses em casa sofrendo com dores nas costas e pés inchados.

Hiroshi usou o dinheiro que ainda tem em sua conta bancária e abriu um banco. Não sei o que fez, mas rapidamente conseguiu investidores e clientes. Sim o cara agora é podre de rico, porém vive em uma simples casa ao invés de uma mansão. Enfim o Hiroshi Suzuki.

Nesse tempo ele me propôs casarmos no civil já que já faz quase 10 meses estamos morando juntos. Até aceitei a proposta, mas decidimos fazer isso assim que o bebê nascer. Iremos fazer a certidão de nascimento junto do casamento para facilitar as coisas.

Estava sentada no sofá assistindo alguma programa aleatório quando Hiroshi chega.

— Oi, minha linda. — me cumprimenta me dando um selinho. — Como vai meu garotão?

Fiz ultrassom e descobri que o bebê é um menino, foi uma briga entre nós dois, pois Hiroshi queria pôr um nome japonês e eu não. No final decidimos que o nome dele será Levi Yuri. Sinto ele se mexer e o mesmo põe a mão em minha barriga.

— Você está parecendo uma bolinha.

— Vai se lascar.

Me levanto do sofá e começo a sentir dor, sinto algo molhar minhas pernas e olho para baixo vendo que minha bolsa estourou. Oh não o Levi vai nascer, Hiroshi vê e entra em desespero. Sou pega no colo e levada para o carro, sinto pontadas em minha barriga e grito de dor. Cacete que dor da porra, porque fui inventar de ter filhos?

Hiroshi dirigia em alta velocidade e passava todos os sinais vermelhos, depois ele paga as multas. Assim que chegamos ao hospital saímos do carro e ele me leva para o pronto socorro.

— Emergência! Minha mulher está em trabalho de parto.

— Coloque ela na maca, senhor.

Sou posta na maca e levada as pressas para a sala de cirurgia, troquei de roupa e o Hiroshi também. Me deito na maca e o médico logo me incentiva a empurrar o bebê para fora. Seguro na mão dele e começo a fazer força, não obtenho sucesso. Ai céus já estou vendo que vou para o céu e voltar de tanta dor.

Faço força novamente gritando de dor, bem que falaram que a dor do parto é a segunda pior dor do mundo. Vi que Hiroshi fazia careta pelo fato de estar apertando sua mão com força. Se eu não estivesse quase morrendo iria rir muito da cara dele.

Foram longas horas naquela sala até que escuto o choro agudo de Levi. O cordão umbilical é cortado e o bebê é entregue a mim e sorrio ao ver seu rostinho. Ele puxou praticamente tudo do pai, não acredito que carreguei ele por nove meses para no final vir a cara do Hiroshi. Minhas vistas ficam turvas e acabo desmaiando.

Desperto já no quarto do hospital, avisto todos em meu quarto reunidos.

— Olha só a mamãe já acordou. — André fala rindo.

— Céus nunca senti tanta dor como senti no parto.

— Fiquei exatamente assim quando tive vocês dois.

— Cadê o Hiroshi?

— Foi dar um banho no Levi, jaja está aí. — Gohan responde com as mãos no bolso.

Nesse momento Hiroshi aparece com um embrulho nos braços, todos olham para o bebê e ficam encantados. Ele deixa Levi em meu colo que logo chora, deve estar com fome. Descubro um de meus seios e o amamento. Depois de tanta dor finalmente tenho meu pequeno em meus braços, todo aquele sofrimento valeu a pena, pois trouxe meu bem mais precioso ao mundo. Daqui em diante agora terei noites mal dormidas e rotina cansativa e pesada.

A Detetive do Mafioso Where stories live. Discover now