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Na manhã seguinte, sigo acordado pelo despertador, tocando a melodia repetitiva de sinos.
Ponho-me a relembrar da noite passada, deixo escapar um sorriso e logo começo a me aprontar, por um leve instante, eu havia esquecido que as "férias" haviam acabado.
Desço as escadarias e me sento diante da bancada, apenas mordiscando uma das torradas sobre o prato, e logo saio, não deixando de dizer tchau a Eun.
Eram por volta das sete e meia; eu estava sentado no ponto de onibus, esperando Namjoom, sempre foi assim, nós íamos para o colegial juntos, ficavamos juntos nos intervalos, e voltávamos juntos, ser da mesma turma não ajudava muito no distanciamento social, como já dizia nossa ex professora de química do primeiro ano do ensino médio.
[...]
Altas risadas podiam ser ouvidas dentro do transporte, Jonnie estava feito pimentão de tanto rir, por causa de um garoto não muito novo que nós, que estava prestes a atravessar a rua quando o dunut que segurava foi derrubado por um cachorro, e logo em seguida, quando foi se inclinar para pegá-lo de volta, um carro desgovernado acabou passando por cima; eu não pude deixar de rir junto a ele.
[...]
Lembro-me de ter visto mais árvores diante daquele lugar, nem parece que foi a três dias atrás, o lugar que eu costumo chamar de "meu inferno particular" estava o mesmo caos, pessoas inconvenientes sem senso algum, beijando e quase trepando pelos corredores; algo comum daqui.
Ao andar por eles, em busca de minha sala, minha visão é puxada diretamente para um ser deslumbrante, as madeixas escuras batendo nos ombros jogadas para trás, os olhos amendoados grudados sobre a prancheta em sua mão; não era de se enganar quem o conhece, era Min Yoongi.
Me pergunto como e o porque, nem mensagens, e nem ligações foram respondidas, daí de uma hora para outra ele resolve aparecer.
Me aproximo para falar com o mesmo, mas sou parado por Namjoom, que me puxa e acaba me trazendo para a sala.
Ele estava realmente diferente, algo nele havia mudado, não sei o que, mas mudou; por aqueles seis segundos eu pudia ter jurado que vi um brilho relusente em uma de suas mãos, um anel talvez? Não tenho como saber a não ser indo até ele.
[...]
O findar da segunda aula havia acontecido, todos se levantaram e se direcionaram para a proxima sala, fui em conjunto com Jonnie para a mesma, sem deixar de notar olhos curiosos me encarando. Dei um relance, e pude ver a faceta do alguém.
- Mas que desgra- - Pensei alto, até que Jonnie me olhou e rolou os olhos para o alguém que eu encarava.
- Taehyung? - Namjoom ditou, eu estava tão surpreso quanto ele, o cara que quase me beijou em um jogo de uma hora para outra aparece no mesmo lugar que eu.
Coincidências? Talvez.
Depois de um papo entediante de como e o porque de ele estar aqui com Jonnie, caminhamos juntos para a próxima aula; que por incrível que pareça era a mesma, ele estava na mesma aula, na mesma universidade, e sentado ao meu lado.
Sem contar que ele não parava de me olhar, chegava a ser desconfortável, ele nem disfarçava, até que o professor chegou, e eu não podia ficar mais desconfortável, ou podia?Podia.
Ele adentrou a sala de aula carregando nada mais e nada menos que uma prancheta e um leptop, o encarei até que meus olhos tivessem certeza do que estavam olhando.
- Não é o namorado do hoseok? - O louro se virou e ditou surpreso a Namjoom.
Desaparecer, era apenas o que eu queria; sim, eu estava feliz por ver ele aqui, mas também confuso muito confuso.
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PÍLULAS
Romance"Ele é como uma vitamina" "Um remédio me salvando". Remédio. Ele serve para aliviar a dor certo? Você toma, e em alguns minutos está se sentindo melhor, Yoongi era o remédio, a pílula, a cura de Hoseok, aquele que sofria com a perda da mãe, sofria...