12💊 Lágrima.

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Caminhando sobre a grama verde, mantendo meus olhos em todo o lugar, já era noite, eu coloquei meus olhos sobre o pequeno vidro quadriculado da porta e pus-me a espiar, estava escuro e quieto.
Peguei o celular e liguei a lanterna, abri a porta devagarmente, aquela que arranhou os meus ouvidos pelo barulho feito; apontei a luz para o chão, depois para o teto, e depois para as escadas, não havia ninguém, por um segundo eu jurei ter escutado passos, vinham do andar de cima, eu juro que nunca fiquei com o cu tão trancado como agora.

Caminhei até os degraus, iluminei os mesmos e pus-me a seguir. - Namjoom! - Saiu como um susurro, nada foi respondido, apenas aquele silêncio atordoador. Ao chegar no topo, eu estava de frente para a porta do meu quarto, ela estava encostada, ao olhar, eu vi uma perna, ela estava sobre o chão, meus pelos se eriçaram e eu peguei aquela em minha cintura, segurando com as duas mãos e a apontando para baixo, empurrei levemente a porta e o que eu vi me fez ficar paralisado.

Havia sangue, facas, restos de cigarros pelo chão e a cabeça do meu melhor amigo sendo segurada pelo meu pai, tendo uma navalha sob seu pescoço. - Até que foi rápido. - Aquele contendo um cigarro nos lábios ditou. - Deixe-o em paz, o seu problema é comigo. - Ele sorriu. Olhei para o rosto de Namjoom e eu não conseguia reconhecê-lo, era muito sangue, eu via apenas uma fração de seus olhos. - Solte-o. - Ele me encarou e retirou a navalha do pescoço alheio, a segurando, e apontando para cima. - Hmm.. Eu não quero. - Por um segundo eu vi Namjoom cair diante de mim, mas fui rápido o bastante para fazer aquele homem parar. A glock estava perto o bastante de sua testa, ele variava o olhar entre mim, e aquela peça, sorrindo algumas vezes. Ele largou a lâmina e a jogou no chão, empurrando o corpo de Namjoom para cima do colchão. - Sabe filho, você dificulta as coisas.. - Levantou, e afastou a arma de si, eu só conseguia olhar para Jonnie. Nada mais importava, eu só queria levá-lo para longe, tirá-lo dali, eu coloquei em risco as pessoas que eu mais amo.

Esse amor deixou manchas de sangue nos meus lençóis que um dia foram brancos.

Quando se está sob pressão, você não pensa, eu foi ali que eu cometi um erro. Bati o cabo da glock sob o seu rosto o fazendo cair; ali estava a minha oportunidade. Corri até Namjoom e o coloquei sob mim, rodeei seu braço em volta de minha nuca e o levantei, descendo o mais rápido possível aquelas escadas e tentando o levar para fora. O deitei sob a grama e pude enfim poder respirar, agarrei o cartucho e introduzi naquela em que segurava, encostando na parede e esperando que ele viesse.

Em meio ao medo e preocupações, as luzes daquela rua se apagaram, o gemido de dor de Namjoom podia der ouvido, ele dizia "vá embora Seok", o meu trabalho mal havia começado.
Eu tinha raiva, medo e dor misturados em um único sentimento.

- Se escondendo? - A voz firme soou. Eu saltei pelo susto da voz repentina quase em meu pescoço, corri de onde eu estava e o via sair, caminhando lentamente dos fundos de onde eu me mantia. Eu suava frio, estava nervoso e com medo, medo de perder Namjoom. - Você sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra. - Ele dizia. limpando o pouco o sangue que escorria de sua tempora. As vezes eu me pergunto se eu é quem devia esta em uma clínica psiquiatra ou ele.

- Achou que a solução seria fugir com o seu namoradinho? - Sorriu ladino. - Onde está ele agora? O viadinho fugiu? - Gargalhou, apontando a prateada para mim. O fiasco de paciência que me restava desapareceu em segundos. Apontei a metálica para aquele em minha frente e continuava na sequência infita de "atira ou não atira, eu odeio ser tão inseguro, ser sentimental demais, por que deixo o meu pensamento me embrulhar o estomago? Eu sou tão sensível.

- O seu tempinho acabou. - Foi o bastante para me fazer puxar o gatilho, e com ele mil e um pensamentos passando pela minha cabeça. Eu posso ouvir o estrondo, o choque, e depois disso um longo e terno silêncio, paz e o meu corpo sendo arremessado ao chão enquanto eu estava num transe imperecível, naquela sequência infinita de sentimentos indo e vindo. Ao fitar o céu, eu vejo as estrelas, cada uma com o seu brilho próprio, estando ali apenas para cumprir o seu papel.

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⏰ Last updated: Jul 10, 2023 ⏰

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