8💊 Vaga-lumes.

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07:00. AM.

O som de sinos pode ser ouvido, a fresta da cortina acizentada, mostrando-me uma pequena parte da rua lá fora, fez-me querer levantar e me espreguiçar.
Ponho-me a levantar e me direcionar ao armário, retirando a calça cargo caqui e uma camisa de gola alta preta; as ponho sobre o colchão e caminho até o banheiro em meu quarto.

Arranco a camisa clara em meu corpo, seguido da calça de moleton esverdeada, rolando meus olhos para a marca um tanto que vermelha em meu abdômen, me fazendo relembrar das noites passadas.

A água fria batendo em contato direto com o meu corpo, me faz ter um choque pela temperatura da mesma; adentro meus fios, os jogando para trás na sequência que todos eles ficassem molhados, agarro o shampoo a minha frente, e o escorro sobre minha palma, massageando levemente as madeixas escuras, deixando-me enfim perceber, ao olhar para o espelho a minhas costas, o quão grande o mesmo estava.

[...]

Já quase pronto, adiciono ao meu visual um colar, no qual ganhei de Yoongi no colegial, aquele que havia esquecido que estava ali, era um cadeado, outrora que o mesmo tinha a chave, pode-se dizer que é brega, eu sei, mas aquele momento pra mim foi especial.
Coloco pequenas argolas prateadas sobre o lóbulo alheio, que me lembro de tê-lo furado com Yoongi, aquele no qual fez um drama apenas para adormecer o lugar com gelo antes.

07:23.

Desço as escadarias indo em direção a cozinha, na qual estava com um cheiro incrível de manteiga.
Peguei um prato, e pus-me a me deliciar com o kimchi, pequenos ovinhos, e as torradas, na qual estavam deliciosamente gostosas; Eun sempre acordava primeiro que eu, primeiro que todos naquela casa, agora que estava de "férias", no qual ela chama, a mesma sempre estava de pé antes das sete. Ela apenas não quer ter a "dificuldade" de "arrumar um emprego", a que disse no dia passado que arranjaria um.

Recolho a chave do automóvel, no qual foi me devolvido, e me direciono para o mesmo; o adentro, ligo o motor, e me ponho a pegar a estrada.

[...]

Um leve sorriso me fez, ao ver uma senhora de idade sendo ajudada a atravessar a rua, seguida de uma estudante, realmente ainda há esperança no mundo; o sinal é aberto, e me coloco a ir, fitando os carros a minha frente e relaxando com a leve e fina chuva que caía, o sinal é fechado outra vez, e meus olhos são puxados para uma garota que provavelmente estava a espera de alguém, ela estava de pé sobre a calçada, debaixo da chuva que já começava a engrossar, ela era uma universitária, conseguia ver pelo uniforme, tal qual era muito semelhante ao de onde eu estudo; até que alguém chega, um garoto, pouco mais alto que ela, encharcado de água e com um guarda chuva em mãos, pude vê-la sorrir ao encontrá-lo, ele a abraçou, e quando menos esperava ela o puxou para um beijo, no qual foi concedido sem qualquer excitação, eu não conseguia ver o rosto dele, mas se virou, e ao fazer tal coisa por um instante eu pensei ter ouvido buzinas, buzinas nas quais me pediam para seguir o trânsito, aquele que já estava aberto a um bom tempo.

Minha mente estava vazia, nem um pensamento sequer, eu apenas me perguntava como; por quê.

[...]

O primeiro intervalo acabara de começar, enquanto eu era obrigado a aguentar o chato e torturante olhar de Jackson; se eu queria levantar e socar a cara dele? SIM. Podia? NÃO.

Infelizmente.

Com tantas coisas para se pensar como as minhas mil atividades acumuladas, ou socar a cara de Jackson Wang; a minha cabeça só girava em torno de uma coisa.

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