Capítulo 12

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Que humilhação

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Que humilhação. Estou extremamente envergonhado da cena que causei, a única vontade que sinto agora é a de ir embora para minha casa. Como havia chegado mais cedo que a hora combinada, o Tomás tinha enviado uma mensagem pedindo que o aguardasse no lugar de sempre. Mas para chegar até lá, teria que dar a volta na casa. Enquanto fazia esse percurso, encontrei o Marcos e não poderia passar por ele sem cumprimenta-lo. Também seria muita falta de educação da minha parte.

— Boa tarde — no entanto, não obtive resposta de sua parte. Esse silêncio deixou-me desconfortável, ansioso e com a impressão de ter feito algo de errado.

— Oi? — tentei e novamente fui ignorado. O Marcos estava concentrado lendo algo no tablet. Minhas mãos começaram a suar e tremer, a segurei para acalmar-me, mas estava sendo impossível. Até pensei em seguir o meu caminho, mas o meu corpo travou no lugar.

— Olá! — falei um pouco mais alto. Desta vez, o Marcos assustou-se fazendo com que eu me assustasse também. Ele me olhou como se estivesse saindo de um transe.

— Oi, Gael, tudo bem? — apesar da educação ao me cumprimentar, ele estava extremamente sério.

— O senhor está bem? Chamei várias vezes, mas parecia bem distraído — não quis ser intrometido, mas vê-lo daquele jeito me incomodou.

— Você precisa de algo? — ele perguntou e não respondeu a minha pergunta.

— Não — falei sem graça — o Tomás me ligou e pediu que aguardasse por ele aqui.

— Ele saiu? Não sabia — respondeu.

— Posso fazer uma pergunta? Se não for incomodo, claro — o Marcos continuou encarando-me friamente, tive a impressão de está deixando ele zangado. No entanto, precisava saber.

— Pode sim — ele respondeu.

— Foi o senhor que me levou para o quarto na última vez que eu estive aqui? — indaguei.

— Por favor, não me chame de senhor, sei que já estou nos quarenta e apesar das pequenas rugas e dos poucos cabelos brancos, ainda me sinto jovem.

— Me desculpe, não quis ofendê-lo — senti a minha voz trêmula quando falei.

— Não me senti ofendido, me chame apenas de Marcos — disse ele — mas porque você acha isso? — agora havia certa curiosidade em sua pergunta.

— Oh, é o cheiro —falei

— Estou cheirando mal? — ele levantou os braços e os cheirou. O seu olhar em minha direção, foi como um tapa na cara. O deixei com raiva.

Senti como se uma mão estivesse apertando o meu pescoço e a outra machucasse o meu coração. Lutei em busca de ar, mas quanto mais tentava respirar, mas sufocado, eu ficava. A minha intenção ao fazer a pergunta, não foi ofendê-lo, mas a raiva contida em sua voz, deu medo. Sei que o Marcos não me machucaria. Em algum lugar no meu inconsciente, eu sabia disso. Porém, eu ainda não tinha o domínio das minhas emoções e temores, tudo ou qualquer reação agressiva, eu voltava para aquele lugar macabro.

MARCOS - SPIN-OFF DA SÉRIE IRMÃOS MUNIZ - LIVRO 4Donde viven las historias. Descúbrelo ahora