Te Amo!

dezessete

- Uma música? - pergunto.

- Evidências! - José Ricardo responde.

- Clichê, quem não gosta de evidências?! - digo sorrindo.

Estávamos deitados sob a cama do meu quarto que agora era nosso, minha cabeça repousava sob seu peito nu, e suas mãos acariciava a extensão do meu braço.

- Um lugar? - pergunto.

- A casa onde nasci e cresci!

- Eu a vendi! - digo baixinho.

- Eu sei, e entendo! Se você não tivesse feito, eu mesmo faria!

- Um sonho? - pergunto.

- Ter um time de futebol!

- Sério?

- Sim, mas não estou dizendo de um time de verdade, ter muitos filhos e aí montar um time de futebol!

- Uau! Que sonho... Impossível! - digo. Ele leva uma mão ao meu queixo erguendo levemente minha cabeça para o olhar.

- Será que haveria alguma coisa impossível para nós? - ele pergunta me olhando nos olhos.
- Estamos aqui, juntos, casados. Acho que, já superamos o impossível!

- Talvez, mas, um time de futebol? - indago. Ele sorri.

- Somos filhos únicos Alê, sabemos como é ruim estar só, quer dizer, se não tivéssemos um ao outro, seríamos sozinhos no mundo! - ele explica.

- Me convenceu em partes! - digo. Ele sorri.

- Tá vendo! Mais uma vez estamos superando o impossível. - seu sorriso é presunçoso.

E então o beijo. E como eu adorava o beijar.

Meses depois...

Se tem uma coisa que universitário mais almeja na vida é com o dia da formatura. Ter em mãos o tão sonhado e no meu caso, esperado diploma, é tão satisfatório quanto chegar ao orgasmo. Sim, fiz uma comparação ridícula mas, vocês não tem ideia de quão aliviada eu estava. Recebendo o canudo em mãos ao pousar para foto, vendo em meio a multidão a minha frente José Ricardo, Glória, Dr. Lucas e Carmen, me senti tão feliz e realizada. Finalmente eu havia terminado.

Claro que eu pretendia cursar administração já que eu tinha um certo plano em mente: Comandar uma empresa de eventos. Sim, fazer festas, organizar, dar festas, era tudo o que mais amava fazer. Mas claro, antes, tirarei um ano sabático para descansar minha mente e curtir ainda mais meu casamento que estava na sua melhor fase.

- Parabéns minha menina! - Glória disse assim que me aproximei deles me abraçando.

- Obrigada Glória! - digo sentindo seu carinho por mim. Saio de seu abraço.

- Parabéns querida! - Carmem disse me abraçando também.

- Obrigada, estou feliz que tenham vindo.

- Acha que perderíamos isso? - dr. Lucas pergunta e então saio do abraço de sua esposa.
- Eu precisava ver isso com meus próprios olhos! - ele diz estendendo seus braços para um abraço.

O abraço e sinto seus braços me apertarem forte.

- Nunca duvide do seu potencial Alessandra! Seus pais estão orgulhosos de você, tenho certeza. - vejo seus olhos cheios de lágrimas ao sair de seu abraço. Os meus também se enchem.