Capítulo 11 - Museu

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Depois de ter passado horas entrando e saindo de lojas, eu e Mi-so finalmente encontramos algo que julgamos bonito. Esta noite temos a inauguração de uma exposição, nossa empresa produz o marketing do museu. Quem trabalhou e esteve à frente do projeto, recebeu convite para o coquetel. Já estava nervosa por ser um evento super elegante, porém as coisas saíram do controle quando Mi-so e Namjoon se juntaram para colocar o BTS na lista de convidados. É claro que usando contatos e influência se consegue tudo nessa vida. Faltando poucas horas para o evento começo a separar tudo que vou precisar para me arrumar. Quando pego minha caixa de maquiagem em cima da minha pia, percebo que ela não está como deixei. Estranho, mas a resposta vem logo, abro a mesma e vejo algumas sombras quebradas. Kim Namjoon passou por aqui. Rio imaginando a cara dele quando viu o que caiu. Por sorte não sou de usar muita maquiagem e nem frequentemente. Separo o que posso salvar e descarto o que não tem jeito. Finalizo algumas coisas pendentes do trabalho, para só então poder me arrumar.

Sr. Choi já deve estar prestes a chegar e ainda estou presa no meu quarto encarando o espelho. Meu vestido era lindo, florido com fundo branco. justo até a cintura, com as alças caídas. Dava um ar sensual ao estilo romântico. Os saltos estavam no tamanho necessário para, ainda sim, me manter baixa perto de Namjoon. Eu adoro ser menor que ele. Olhava meu reflexo e pensava que estava ótimo, mas seria a nossa primeira vez em um evento público, com câmeras e tendo que esconder nossa relação. Isso é informação demais para mim e me deixa com nervos à flor da pele. Sem contar que não nos vemos a duas semanas, teve que viajar para fazer alguns shows nos Estados Unidos. Tentamos nos encontrar desde sua chegada a dois dias atrás, mas desta vez foi o meu trabalho quem nos atrapalhou.

Já no museu a quantidade de fotógrafos é média, mas a de fãs dos rapazes é considerável. Mesmo assim a entrada do evento está relativamente tranquila. No total éramos um grupo de seis pessoas, logo que entramos ficamos encantados. Tudo que produzimos os banners, panfletos, guias estava perfeito, bem posicionados e com uma impressão impecável. Dá um orgulho de olhar. O museu havia sido bem exigente com alguns quesitos que quase nos enlouqueceram. Conforme vamos caminhando pelo museu nosso grupo vai se dissipando. Até que em um certo momento, me vejo encarando um quadro, relativamente médio, onde provavelmente somente um terço está pintado. Ao lado vejo uma escultura de madeira imitando uma pessoa sentada. Encaro as obras me perguntando quais seriam seus sentidos. Em minha opinião muitas das obras que vão para a maioria dos museus hoje em dia não fazem muito sentido. Temos tanta arte pelo mundo que merecia estar aqui, mas na verdade está nas ruas ou em blogs da internet.

Saio de meus pensamentos quando começo a escutar uma gritaria vindo de fora do museu. Chegaram. Rio comigo mesma por estar me sentindo tão nervosa como se estivesse em um encontro. Quando os rapazes entraram chamam a atenção de muitos. Todos eles sem exceção encontram-se elegantíssimos. O curador se apressa para recebê-los, enquanto eu aprecio namjoon. Nunca gostei tanto de um homem de terno como gosto desse. Um terno simples naquele homem se tornava uma obra de arte. Ainda por cima estava usando óculos, não me preparei para isso. Quero ir até lá beijá-lo e ficar ao seu lado até cansar, mas me contenho. Volto meu olhar para as obras para poder me conter um pouco. No meio de toda minha concentração sinto uma mão encostando delicadamente em minhas costas.

- Admirando as obras? -chang young me pergunta com seu rostinho angelical.

- Na verdade tentando entendê-las... - minto, mas não consigo conter o riso.

- Pra falar a verdade eu não ligo muito para obras de arte. Praticamente tudo aqui para mim é mal feito. -ele diz calmamente enquanto passa seu olhar pelo quadro à nossa frente.

- Então porque veio? Podia estar fazendo algo mais interessante.

Realmente tento entendê-lo. também não gostava das obras, mas os artistas trabalhavam duro demais para ouvir uma coisa dessas. Chega a ser ofensivo.

Paixão via bilhetesWhere stories live. Discover now