Capítulo 40: Descontando a raiva em cacos de vidro

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"Você e o Dean são companheiros de alma!" Palavras bem simples, mas com um significado gigantesco.

Castiel entrou em transe assim que ouviu isso, olhando atentamente para Benny e ouvindo o massacre que acontecia ao seu redor. Tiros, gritos, rugidos altos, tudo isso saiu de foco e tudo o que ele ouvia era "você e o Dean são companheiros de alma" repetidas vezes, sem parar.

Ele fechou os olhos com força quando voltou a si, balançando a cabeça negativamente para voltar a ter foco.

— Não se mova. — disse para o amigo e se levantou, engatilhando a arma e atirando em qualquer um que não fosse Dean que aparecia na sua frente, os sons de seus tiros se misturando a toda a loucura que acontecia naquele lugar.

Abaixou a arma quando viu Dean passar as garras pelo pescoço do último homem de pé. Ele rapidamente se virou em busca de mais inimigos, parando imediatamente quando seu olhar cruzou com o de Castiel.

Os olhos do alfa estavam vermelhos com uma fome assassina e o Novak entendeu o porquê de Benny ter dito o que disse. Alfas só ficam dessa forma quando seus companheiros estão em perigo, tal como os olhos dourados dos ômegas só surgem em situações muito específicas, como quando seu alfa está no modo "matar tudo e todos".

Ambos se encararam em silêncio pelo que pareceram horas, nas foram só alguns segundos até que Dean deu o primeiro passo, com receio de que Castiel fosse se afastar de si devido a todo o sangue em seu corpo e a chacina violenta. Para seu alívio, Novak travou a arma e ficou exatamente onde estava.

Se colocou em frente a ele e ergueu a destra em direção ao ômega, vendo suas garras tão sujas de sangue como o resto de seu corpo.

Entretanto, Castiel ergueu a mão e a levou em direção ao seu rosto. Dean fechou os olhos quando sentiu o toque, tombando o rosto em direção a mão do Novak, respirando fundo ao sentir o carinho extremamente tranquilizante.

Depois de tanta preocupação e adrenalina isso não era nada menos do que muito bom.

— Cadê o Crowley? — Castiel perguntou e Dean abriu os olhos, agora em um tom mais fraco de vermelho, vendo com clareza o dourado nos olhos do ômega.

— Ele fugiu. — disse, tentando segurar o próprio ódio.

— Não fugiu não, senhor. — um homem disse ao entrar no galpão. Dean imediatamente reconheceu Marco. O homem estava acompanhado de vários outros seguranças e, sendo escoltado por eles, com um saco preto na cabeça, estava Crowley. — Rastreamos o senhor e chegamos bem a tempo de pegar o fugitivo.

Dean abriu um sorriso de canto, imaginando todo tipo de coisa cruel que poderia fazer com o filho da puta.

— Coloquem ele no porão.

— E por favor, levem o Benny para o quarto dele. Eu vou ir cuidar dele assim que chegar em casa. — Castiel pediu, os seguranças concordaram e cuidadosamente ajudaram Benny a entrar em um dos carros, um pequeno grupo levando Crowley para outro veículo. Castiel se voltou para Dean. — Eu quero ter uma conversinha com a Bela.

— Nós dois faremos isso, querido. — Dean respondeu, os olhos totalmente verdes novamente ao que passou o braço pelos ombros de Castiel. — Vamos para casa.

E novamente, ali estava. Dean se referindo à mansão Winchester como a casa deles. O lar deles.

— Você me deve explicações muito bem dadas. — o moreno disse, mas foi com o loiro de todo jeito. Novamente, Castiel concordou com as implicações na frase do alfa.

Cerca de duas horas depois, Castiel terminou de limpar os machucados de Benny. O Lafitte já estava dormindo quando ele acabou de fazer os curativos e, depois de guardar os materiais de primeiros socorros, o Novak saiu silenciosamente do quarto.

Senhor Winchester// Destiel AboOnde histórias criam vida. Descubra agora