Capítulo 80: Sobre aquela conversa importante

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Dean acordou no dia seguinte, domingo, com o sol queimando seu braço. Ele se moveu preguiçosamente, tentando se afastar do sol, mas acordou totalmente quando esbarrou no corpo ao seu lado.

Castiel dormia tranquilamente, espalhado de costas na cama, porque a barriga estava começando a não deixar que deitasse de lado ou de bruços.

Dean relaxou, bocejando longamente enquanto esfregava os olhos. Ele estava pronto para se levantar e ir fazer café, quando sua visão ficou no pescoço do ômega, no hematoma vermelho claro.

Não dava para perceber se você não prestasse atenção e não soubesse o que aconteceu. Ainda assim, Dean se sentiu a pior pessoa do mundo.

Cuidadosamente, ele ergueu a mão e tocou a pele, estudando o hematoma, se perguntando quanto tempo ele demoraria para sumir, quanta dor Castiel tinha sentido quando ele foi feito.

— Eu estou bem. — a voz do moreno o fez erguer a cabeça e, depois de um longo bocejo, Novak se sentou, as costas apoiadas na cabeceira. — Vamos falar sobre isso.

— Eu sou um imbecil cretino.

— Não. — o ômega discordou, balançando a cabeça. — Dean, nós dois sabíamos como é esse tipo de relação quando começamos. Sabíamos que eu poderia ter que pedir para parar em algum momento.

— Eu não esperava que você realmente precisasse.

— Mas eu precisei, você parou e eu estou bem. Isso não é nada demais, sabíamos que aconteceria uma hora ou outra. — Novak argumentou, se movendo para mais perto do alfa. — Nós já tínhamos feito a mesma coisa antes, você só... Usou mais força do que eu suporto. Gosto quando você me bate, gosto quando me enforca, gosto quando faz isso com o nível certo de força.

Dean sempre amou o quão confortável eles eram para conversar, realmente debater sobre sexo um com o outro. Era bom ver que isso não tinha mudado.

— Eu rompi seu limite. — o loiro murmurou e o moreno concordou, erguendo os ombros.

— Nós nunca estabelecemos um limite, na verdade, porque nunca precisamos. Isso é um aprendizado. Agora você sabe o quanto eu aguento e o quanto não.

— Você vai realmente querer fazer isso comigo de novo?

— Claro. — Novak respondeu, embalando o rosto do noivo nas mãos. — Dean, eu quero que você escute o que eu vou dizer agora e enfie na sua cabeça, ok? — o loiro concordou. — Você parou quando eu disse que não estava bem. Você fez o certo. Eu só precisei dizer e você imediatamente parou. Claro, com absoluta certeza eu vou confiar em você para fazer isso de novo.

Dean fechou os olhos e abraçou o ômega quando ele beijou seu rosto. Se aninhou contra o pescoço dele, sorvendo o cheiro familiar e diferente.

— Eu te amo tanto, Cass.

— Eu sei. — Castiel concordou, um sorriso leve nos lábios enquanto acariciava o rosto do noivo. — Também te amo demais. — declarou, a leveza em sua expressão morrendo quando notou o machucado no lábio do Winchester e o pequeno hematoma na têmpora. — Aquele desgraçado!

— Eu estou bem.

— Cretino filho da puta!

— Concordo, mas estou bem.

— Não acredito que ele fez isso. — Novak insistiu, segurando o rosto do Winchester enquanto analisava os pequenos danos. — Eu devia ter matado aquele desgraçado.

— Cass, já era. Meu único arrependimento é não ter batido mais.

— Me desculpe por essa situação de merda. — Castiel pediu, se aconchegando contra o companheiro, apoiando seu corpo no dele. — Eu estava ignorando ele, não imaginei que ia aparecer aqui.

Senhor Winchester// Destiel AboOnde histórias criam vida. Descubra agora