01 | Maçãzinho

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Dias atuais

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Dias atuais.

Acertei mais uma vez nas luvas que a Yumi colocou como barreira em suas mãos, mas, em contra golpe, ela acertou a minha cabeça, me fazendo perder o equilíbrio para trás. Senti a dor se espalhando rapidamente, já sabendo que ficarei dolorido pelas próximas horas.

Tentei outra vez um contra-ataque e, sem querer, atingi seu ombro, fazendo-a abrir os lábios, totalmente indignada.

― É para defender as minhas investidas, não me bater! ― empurrou meu corpo para trás. ― Mira nas luvas e presta atenção. Não é porque sou sua melhor amiga que vou te dar moleza.

Balancei a cabeça, nada contente, e comecei a golpear novamente. Vi seu sorriso aumentar assim que dei o que ela queria.

Yumi tinha uma personalidade incrível demais para não se apegar. Seus olhos eram finos, seu cabelo liso com as pontas verdes e seu corpo extremamente belo. Nos conhecemos no primeiro dia em que botei os pés aqui e, de lá para cá, nós nos tratamos muito bem, como grandes irmãos.

Soquei as luvas com a fúria descontrolada que tomou conta de mim, enquanto ela dava passos para trás. Meu corpo esquentou com a adrenalina e lembrei-me de tudo o que passei nessa semana exaustiva. Não enxerguei mais a mulher angelical diante de mim até que estivéssemos no chão, comigo por cima, ainda socando a luva com força ao mesmo tempo que Yumi esperneava embaixo de mim.

Removi meu protetor bucal quando saí do meu estupor, percebendo vários xingamentos e sentindo um murro forte ser deixado no meu tórax, causando-me uma repentina falta de ar.

― Para que agredir, Yu? Porra, doeu, mulher.

― Você estava fora de si. Vou te bater de novo se continuar com essa palhaçada. ― ameaçou raivosa.

― Achei que queria com mais emoção, gatinha. ― endireitei-me sobre sua barriga, colocando meu peso sobre os joelhos para não machucá-la mais.

― O que te emociona é me derrubar como um saco de batatas? Eu sou sua instrutora, sabia? Cadê o respeito? Vou te processar!

― Mesmo? E o que diria contra mim?

― Que odeio com todo o meu ser um cara extremamente idiota. ― observou meu rosto com seriedade. ― Um idiota que infelizmente eu gosto de ter por perto.

Continuei sentado sobre sua barriga, rindo à toa do seu drama. Essa mulher, com certeza, era uma das pouquíssimas que eu faria de tudo para nunca perdê-la.

― Se continuar com essa cena toda, vai acabar nas novelas mexicanas como protagonista. ― ironizei, ela revirou os olhos, tediosa.

― Seu senso de humor é inexistente, Avellar.

― E você adora ele. Admite.

― Não vou admitir o que eu não sinto, você me irrita muito desde que te conheci, isso sim é um fato.

MEU DESEJO TENTADOR - livro 2 da série: Os AvellarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora