12 | Atrasada

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Suavemente, uma mão tocava o meu rosto com delicadeza

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Suavemente, uma mão tocava o meu rosto com delicadeza. Sentia os dedos deslizando preguiçosamente sobre meus lábios, olhos, nariz, bochecha e testa.

Era uma carícia boa, mas tão real que me negava a acordar desse sonho.

Minha mente pedia para que eu abrisse os olhos, no entanto, não queria que aquele carinho parasse. Ao longe eu escutava uma voz masculina baixa discutindo com uma feminina, como se fossem as vozes de... Victor e Melissa?

Parecia de verdade. Eu sentia que era. Como mágica, os toques ficaram cada vez mais distantes em meu rosto até que infelizmente cessaram, e barulhos de cortinas fizeram-me colocar o travesseiro sobre o rosto.

Eu estava com sono, cansada e um satisfatório incômodo se encontrava entre minhas pernas, e mesmo assim, não queria abrir os olhos na esperança de que o barulho parasse e eu voltasse ao meu sono de princesa.

Era só mais 5 minutinhos...

Só mais 5 minutinhos...

Mais 5 minutinhos...

― Vamos acordando! A noite foi boa, madame?

― Mas o quê...?!

A voz aguda junto com um pulo no colchão me fez rolar da cama e cair diretamente no chão duro, uma ardência na minha cabeça chegou rápido e instantaneamente levei a mão à testa, com certeza iria se formar um galo.

Ainda entorpecida pelo sono, me arrastei para cama de novo ao mesmo tempo que abria os olhos vendo Melissa rindo sentada à minha frente, enquanto segurava uma sacolinha de papel e dois copos do Starbucks nas mãos. Peguei o lençol que não sei como tinha me descoberto a noite, e voltei a me pôr debaixo dele apreciando o frio da manhã nova-iorquina encarando a garota de cabelos curtos e olhos verdes.

― O que faz aqui? ― perguntei, encostando minhas costas na cabeceira da cama.

― Bom dia para você também, mal-humorada.

― Bom dia. ― cocei os olhos. ― O que faz na minha casa tão cedo, Mel?

― Sua casa? ― franziu o cenho e em seguida uma gargalhada foi dada com gosto por ela.

― Meu irmão te deixou tão inconsciente assim, Liza?

― Como? Eu e Avellar não... Nós não...

A olhei com sono e ainda confusa, levei minhas mãos à cabeça de novo, não só pelo galo que já estava começando a dar sinais de vida, mas também pela risada que agora me fazia sentir uma leve dor de cabeça.

Minhas pernas se esfregavam umas nas outras com medo do julgamento, ao mesmo tempo que minha mente processava uma rápida resposta. Contudo, parecia que no momento todos meus neurônios estavam desligados, me sentia feito uma menininha que foi pega com a faca na mão.

MEU DESEJO TENTADOR - livro 2 da série: Os AvellarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora