XXII

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Chasing

Chasing

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Olha, eu apoio a leitura. É legal, distrai e te prende. Mas quer saber o que sou contra? Livros de capa dura. Quer dizer, eles são lindos, não há como negar, mas sabe quando você tá mexendo no celular e ele cai na sua cara? Então… é quase isso. Lembro de uma vez em que carregava um livro de capa dura e ele acabou caindo, indo de encontro direto ao meu pé. Doeu e me rendeu umas boas zoações da minha vó ao me ver sair por aí pulando em um pé só enquanto segurava o outro como se tivesse em um desenho. Dessa vez, entretanto, foi diferente. Não foi apenas um livro, e não foi apenas no meu pé.

Senhor, eu vou te encontrar mais cedo.

— Puta que pariu, garota! — Bakugo exclamou e veio ao meu encontro — Tá querendo quebrar minha casa?! — estendeu a mão para me levantar.

— Obrigado pela preocupação, Garoto Caramelo. — coloquei a mão na cabeça, com certeza iria formar um galo — Sempre bom saber que alguém se preocupa.

— Ah, vai a merda, você derrubou meu livros. — bufou e soltou minha mão, se abaixando parar catar os citados.

— E acho que fiz um trabalho muito bom em os amortecer com meu corpo, para compensar. — restruco, me abaixando para o ajudar.

— Como você conseguiu cortar a mão numa situação tão idiota?! — puxou minha mão quando eu estava prestes a pegar um livro, a examinando de perto.

— É uma reação natural, eu acho. — dei de ombros — Vi algo caindo e coloquei as mãos 'pra me proteger.

— Caralho, o trabalho que você deve de dá 'pros seus pais não 'tá escrito. — se levantou indo em direção a cômoda ao lado da mesa do computador.

Só 'tá julgando porque esse é seu lugar de fala, né? Sonso.

— Vêm cá. — chamou ao puxar um kit de primeiros socorros de dentro do móvel.

Franzi o cenho e deixei os livros que recolho em cima da mesa de centro, indo em direção ao mesmo.

— Por que você tem um kit de primeiros socorros no seu quarto?

Bakugo ficou em silêncio – o que é bastante estranho –, apenas mexendo na pequena maleta e retirando o que preciso. Assim que terminou, virou-se para mim, puxando minha mão para começar a tratar.

— Ai! — reclamei ao sentir o remédio ardendo em contato ao corte — Baku-

Não pude terminar ao ter o outro começando a falar, ainda concentrado na minha mão:

— Tem um desses em todo cômodo da casa.

O observei por um instante, talvez fosse só porque estava concentrado, mas ele parecia tão… quieto? De qualquer forma, ele continuou falando.

𝐂𝐚𝐫𝐚𝐦𝐞𝐥 𝐁𝐨𝐲| 𝓚. 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Where stories live. Discover now