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Gostar do Bakugo? Considerando que o conheço a apenas dois dias, não havia pensado nisso. Quer dizer, eu gosto dele, mas não um gostar de gostar, e sim gostar como pessoa. O que eu sinto pelo Bakugo está mais para... interesse?
- E então? - minha mãe fala, ansiosa.
- Eu... não. - respondo, vendo a outra fazer um muxoxo - Que tipo de reação é essa?! - perguntei, quase que indignada.
- Acho que esperava mais. - admite, retomando postura.
- Eu não gosto dele, mãe. - garanti - Além do mais, gostar dele parece... errado. - completei, incerta.
- Errado? - tombou a cabeça para o lado.
- É. - concordei - Quero dizer, eu não quero gostar de alguém e pensar que isso é por causa que a pessoa é meu Soulmate. Parece algo obrigatório. - explico, um pouco incomodada.
Minha mãe me encarou por alguns segundos, e, durante esse tempo, eu pude finalmente perceber algo. Eu tenho os mesmos olhos que minha mãe, uma espécie de amarelo e brilhante, seu cabelo era um marrom acinzentado. Olhei de relance para meu próprio cabelo, marrom acinzentado também, porém, mais escuro.
- Acho que seu pai não explicou muito bem, talvez fosse sua afobação do dia. - fala calmamente, me tirando dos pensamentos.
- Não explicou? - foi minha vez de tombar a cabeça.
- É como seu pai disse, o soulmate é alguém com quem você será verdadeiramente feliz. - diz, me fazendo concordar com a cabeça - Mas isso não quer dizer que seu soulmate é seu amor. - completa, me surpreendendo.
- Não? Como assim? - me aproximei um pouco mais, curiosa.
- A felicidade não vem só com o amor, querida. - colocou minha mãe entre as suas, apertando carinhosamente - Existem muitos tipo de felicidades e amor. Amizade, família, romance, são muitos os exemplos. Seu soulmate pode ser seu melhor amigo, algum familiar, também pode ser um romance. - completa, sorrindo.
- Espera, o que? - franzi o cenho.
- É como eu disse, a verdadeira felicidade não é apenas o romance. O soulmate da sua tia-avõ, a irmã de seu avô, era seu melhor amigo. Eles não tinham nenhum relacionamento romântico, mas ela amava ele, amava como amigo, e era com ele que ela de sentia completa. - termina.
- E como eu sei se meu soulmate é meu amigo ou um potencial romance? - indaguei, um pouco ansiosa.
- Isso é ele quem decide. - apontou para meu coração.
- Ele? - repeti, olhando o local apontado.
- Seus sentimentos, seu coração, é quem decide. Se você se apaixonar por seu soulmate, não é porque ele é seu soulmate, é sim porque você o ama. Agora, se você o ver apenas como um amigo, o amar como um amigo, até como alguém da família, também é algo seu, não do fato dele ser seu soulmate. - explica.
