Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu em Gotham, mas ele não surgiu sozinho. Escondida nas sombras, no subsolo da cidade da criminalidade, uma nova figura do crime cresceu, deixando rastros de medo, agonia e poder.
A Rainha de Got...
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HARLOW amarrou o cinto de couro para fechar o sobretudo longo, feito de couro preto. Estava chovendo forte lá fora, e ela duvidava que chuva passaria nas próximas horas, provavelmente continuaria até a manhã.
Com a cobertura vazia, a porta do quarto dela e de Bruce reverberou o som da tranca quando a fechou. A princípio, Harlow não se importou, imaginando que a essa hora não deveria ter mais ninguém ali em cima.
Ela colocou a mão no bolso, sentindo o cartão que Oz a havia entregado. Ela havia apertado ele tanto que as pontas já estavam amassadas e sem cor. De qualquer maneira, ela já sabia o endereço de cor e salteado. Ela garantiu que seu celular estava seguro no outro bolso, sem som e com o GPS e bluetooth desligados.
— Vai sair?
Um grito de susto ficou contido na sua garganta, mas sua mão pousou em seu peito onde seu coração batia a mil por hora, tão forte que chegava a machucá-la. Harlow fechou os olhos com força, a manete trabalhando rápido para criar uma desculpa convincente.
— Tenho um jantar de negócios — disse ela, um tom frio e distante. — Um novo e talvez futuro investidor das Empresas Wayne.
— Não acho que esteja trajada de maneira apropriada para um jantar — comentou Alfred, sendo invasivo. — Acho que um sobretudo de couro seja um pouco desconfortável já que vão tratar de negócios, e imagino que isso será demorado.
— Não para de chover lá fora e está frio. Prefiro garantir que eu não pegue um resfriado.
— Bom, eu não tinha conhecimento de que sairia esta noite — sibilou Alfred, ligeiramente a fazendo ficar desconfortável. — Prepararei o carro, se assim desejar.
— Vou dirigindo — cortou-o Harlow. — Como não sei que horas vou voltar, prefiro não ter que deixá-lo acordado até tarde, Alfred.
Alfred cruzou as mãos atrás do corpo, o semblante sério enquanto analisava Harlow. Com todos os alunos que passaram juntos, ele sabia que era quase impossível detectar quando ela estava mentindo. As expressões de Harlow sempre eram neutras e ditas com convicção, o que dificultava toda a sua análise.
Ele tinha visto a relação dela e de Bruce praticamente acabar nos últimos meses, algo que partia seu coração em milhares de pedaços. Alfred só queria o melhor para Bruce desde que seus pais faleceram, e Harlow tinha sido a única pessoa capaz de colocar um sorriso no rosto do seu garoto depois do trágico evento. Vê-los brigados era desesperador, principalmente porque o mordomo não sabia o que fazer para ajudá-los.
— Devo me preocupar, senhorita Griffin? — perguntou ele, querendo obter mais informações sobre onde ela ia. — Bruce ainda está lá embaixo. Posso pedir para que a leve e busque, ele estará em patrulha de qualquer forma.
— Como se ele fosse interromper sua "patrulha" por mim — resmungou ela, cruzando os braços. — Estou atrasada, então é melhor eu ir. A chave do carro...