𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑 • Monstro

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HARLOW amarrou o cinto de couro para fechar o sobretudo longo, feito de couro preto

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HARLOW amarrou o cinto de couro para fechar o sobretudo longo, feito de couro preto. Estava chovendo forte lá fora, e ela duvidava que chuva passaria nas próximas horas, provavelmente continuaria até a manhã.

Com a cobertura vazia, a porta do quarto dela e de Bruce reverberou o som da tranca quando a fechou. A princípio, Harlow não se importou, imaginando que a essa hora não deveria ter mais ninguém ali em cima.

Ela colocou a mão no bolso, sentindo o cartão que Oz a havia entregado. Ela havia apertado ele tanto que as pontas já estavam amassadas e sem cor. De qualquer maneira, ela já sabia o endereço de cor e salteado. Ela garantiu que seu celular estava seguro no outro bolso, sem som e com o GPS e bluetooth desligados.

— Vai sair?

Um grito de susto ficou contido na sua garganta, mas sua mão pousou em seu peito onde seu coração batia a mil por hora, tão forte que chegava a machucá-la. Harlow fechou os olhos com força, a manete trabalhando rápido para criar uma desculpa convincente.

— Tenho um jantar de negócios — disse ela, um tom frio e distante. — Um novo e talvez futuro investidor das Empresas Wayne.

— Não acho que esteja trajada de maneira apropriada para um jantar — comentou Alfred, sendo invasivo. — Acho que um sobretudo de couro seja um pouco desconfortável já que vão tratar de negócios, e imagino que isso será demorado.

— Não para de chover lá fora e está frio. Prefiro garantir que eu não pegue um resfriado.

— Bom, eu não tinha conhecimento de que sairia esta noite — sibilou Alfred, ligeiramente a fazendo ficar desconfortável. — Prepararei o carro, se assim desejar.

— Vou dirigindo — cortou-o Harlow. — Como não sei que horas vou voltar, prefiro não ter que deixá-lo acordado até tarde, Alfred.

Alfred cruzou as mãos atrás do corpo, o semblante sério enquanto analisava Harlow. Com todos os alunos que passaram juntos, ele sabia que era quase impossível detectar quando ela estava mentindo. As expressões de Harlow sempre eram neutras e ditas com convicção, o que dificultava toda a sua análise.

Ele tinha visto a relação dela e de Bruce praticamente acabar nos últimos meses, algo que partia seu coração em milhares de pedaços. Alfred só queria o melhor para Bruce desde que seus pais faleceram, e Harlow tinha sido a única pessoa capaz de colocar um sorriso no rosto do seu garoto depois do trágico evento. Vê-los brigados era desesperador, principalmente porque o mordomo não sabia o que fazer para ajudá-los.

— Devo me preocupar, senhorita Griffin? — perguntou ele, querendo obter mais informações sobre onde ela ia. — Bruce ainda está lá embaixo. Posso pedir para que a leve e busque, ele estará em patrulha de qualquer forma.

— Como se ele fosse interromper sua "patrulha" por mim — resmungou ela, cruzando os braços. — Estou atrasada, então é melhor eu ir. A chave do carro...

Long Live the Bat ♤ 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚Where stories live. Discover now