Long Live the Bat ♤ 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎 • Rei

JACK NAPIER estava numa das celas mais protegidas do Arkham, onde câmeras o vigiavam de todos os ângulos. Passar os dias naquele hospício era uma Inferno, mas um que valeria a pena assim que se libertasse das grades metálicas que o confinavam ali.

Ele não era como os outros presos que se lamentavam e sentiam falta do Sol. Não, ele apenas sentia falta de uma pessoa que desapareceu da sua vida anos atrás, mas que estava mais perto dele do que nunca.

Ele nasceu doente, um psicopata, mas quando caiu naquele tonel de lixo tóxico na Químicas ACE, a privação de oxigênio lhe causou danos cerebrais que resultaram em total insanidade. Os cabelos tingidos de verde esmeralda lhe caíram bem, mas a pele de seu corpo... havia parte de si que nem ele conseguia encarar de nojo e temor.

Minutos atrás, havia colocado uma camisa de força em seu tronco, prendendo-o totalmente, incapacitando-o se se mover. Aquilo não era estranho para ele, mas a pessoa que o encarava atrás da cela parecia até uma alucinação de seu cérebro danificado. Com dificuldade, ele se levantou, testando os passos conforme se aproximava das barras de ferro.

Ele checou o corredor, mas nenhum guarda ou enfermeiro estava por perto. Eram loucos de deixá-lo a sós com alguém? Ou esse alguém era capaz de lida com qualquer tentativa de escape que fizesse? Fosse lá o que dera neles, Jack estava grato. A mulher de seus sonhos e pesadelos estavam bem na sua frente.

— Meu amor — sibilou ele, sorrindo como um maníaco. — Eu esperei tanto por você.

A mulher não disse nada, apenas o observou do lado de fora. Ela estava diferente desde a última vez que a viu, mais madura e séria, mais sexy e exuberante. Ah, o que ele não daria para poder tocá-la? Mas por que ela estava ali?

— Quero te fazer uma pergunta — disse ela.

— O que eu ganho em troca? — argumentou, as sobrancelhas erguidas. — Um beijo seu?

Desde que fora jogado no Arkham pelo Batman, o vigilante morcego dos Infernos, Jack sonhava todas as noites com quando foi pego, a meros centímetros de tocar a fonte de vida da mais bela e temível mulher que vira em toda a sua vida.

— Pode estar apodrecendo por trás dessas grades, mas as pessoas lá fora ainda falam e temem você. — Ela alcançou as barras de ferro, passando as mãos por elas conforme se aproximava dele. — Como conseguiu isso? Como consigo um poder assim?

— Cuidado — sussurrou ele, veneno praticamente escorrendo de suas palavras. — O desejo se torna rendição, rendição se torna poder! Você quer? Você realmente quer isso?

Os belos lábios vermelhos sangue se aproximaram dele. Ah, se Jack fosse um pouquinho mais para frente, ele poderia capturá-los nos próprios. Aquela perfeita e divida mulher era sua perdição, a própria causadora de sua morte e a razão pela qual ele fora derrotado e jogado no Arkham pelo Batman. Jack apenas sabia que, no minuto em que escapasse daquele lugar, Gotham seria novamente dele e aquela mulher pecaminosa governaria ao seu lado com sua igual.

— É o Rei Palhaço do Crime — a voz dela não tremeu. — Eu quero isso...

— E você vai ter. Eu te darei tudo o que quiser — prometeu ele. — Será só pedir, e a humanidade estará a sua mercê, minha Rainha.

F I M

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06.09.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

A Harlow pode ser a Rainha de Gotham, mas eu continuo sendo a rainha dos plots! Então? O que acharam deste final? Estavam esperando por algo assim?

Para quem ficou com dúvidas, Jack Napier é o verdadeiro nome do Coringa antes dele virar... bom, o Coringa. Eu tenho muito mais planejado para ele e a Harlow ainda, tanto que eu precisarei em breve revelar mais sobre o passado deles...

Deixarei as verdadeiras despedidas para o capítulo final de Killer Queen, então se eu fosse vocês eu corria para ler tudo e não perder o grande final. Enfim, obrigada por me acompanharem até aqui em mais uma obra, mas eu os verei em breve novamente em Necessary Evil, o tão aguardado livro do Jason!

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[Até o próximo livro]