𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒 • Carmine Falcone

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O ICEBERG LOUNGE ficava do outro lado de Gotham, abaixo do Shoreline Lofts

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O ICEBERG LOUNGE ficava do outro lado de Gotham, abaixo do Shoreline Lofts. Não era uma área exatamente agradável, o que tornava Harlow insegura de estar ali. Aquele não era o tipo de lugar que ela frequentava, estava longe de ser.

Seu carro estava estacionado há algumas quadras adiante, já que ela não achava que seria seguro deixá-lo ali na frente da boate — não com a quantidade absurda de sem tetos ali abrigados. Droga, pensou ela, a quantidade de pessoas sem um lar estava sendo um dos principais problemas que a cidade vinha enfrentado nos últimos tempos.

Harlow queria ser capaz de ajudá-los, mas ela sabia que todo e qualquer dinheiro que ela doasse com esse propósito seria pego pelas pessoas corruptas nos cargos políticos dali. Ela tinha pensado em abrir a própria instituição de caridade, mas novamente seria cercada por pessoas aproveitadoras. O único jeito de fazer algo ali seria quando ela se tornasse parte da sujeira de Gotham, desviando o dinheiro dessas instituições para si mesma e então repassando-a para os verdadeiros motivos.

Tomando coragem, ela bateu com muita força na porta de ferro. O pequeno visor se abriu, um par de olhos a encarando. Harlow não fraquejou, apenas cruzou os braços e esperou até que o homem abrisse. Ele não demorou, mas agora estava acompanhado de outra pessoa extremamente parecida dele — gêmeos.

— Sabem que eu sou? — perguntou ela, eles assentindo levemente espantados. — Vim falar com o Pinguim.

Eles saíram do caminho, dando passagem para Harlow, sem uma palavra sequer. Ela os encarou desconfiada, mas dando passos rígidos e firmes enquanto entrava na boate. Uma música extremamente alta tocava ao fundo. Pessoas vestidas de todas as maneiras circulavam os corredores abertos e a pista de dança, dançando e festejando.

Harlow observou ao redor, vendo dançarinas nas barras de poledance seduzindo as pessoas para teias de luxúria e prazer. Garçonetes em vestidos minúsculos e apertados distribuíam bebidas nas mesas — Harlow tinha certeza de que aquele não era o único trabalho delas. Ela estava vidrada, sentindo a atmosfera quente como o Inferno, percebendo o quão tentador e familiar aquele lugar era.

— Estava começando a me perguntar se apareceria — disse uma voz atrás dela. — Está encantadora, senhorita Griffin, preciso dizer.

— Pulemos o papo furado, por favor — pediu ela, praticamente entediada, o que surpreendeu Oz. — Carmine Falcone, onde ele está? Falaremos de negócios ou não?

Sem conseguir conter uma careta, Oz finalizou para um homem em frente a uma porta diferente, com detalhes dourados. Quando ele se levantou, Harlow notou o formato de uma arma dentro de sua calça, o que a fez ficar esperta, imaginando que Oz também estaria armado. Reconhecimento e varredura eram a chave para uma missão ter sucesso, nunca sair atirando sem saber o que sue inimigo tinha na manga.

Oz pediu para ela o acompanhar, esperando o elevador descer alguns níveis até as portas se abrirem novamente. Logo, aquele ambiente era totalmente diferente da boate acima. Era mais escuro, a música ainda tocava, mas era mais alma, seduzente... Os olhos de Harlow pousaram em algumas mesas, notando pacotes coloridos sendo distribuídos. Ela já os tinha visto nas gravações de Bruce, então sabia o que era: gota.

Long Live the Bat ♤ 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora