𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟔 • Um aviso

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ALFRED tinha corrido para o hospital quando recebeu a ligação deles, informando que Harlow tinha sido levada para lá depois de estar envolvida em um acidente de carro

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ALFRED tinha corrido para o hospital quando recebeu a ligação deles, informando que Harlow tinha sido levada para lá depois de estar envolvida em um acidente de carro. Não somente ele, mas Bruce tinha insistido em acompanhá-lo.

Pela ligação, sabiam que não tinha sido nada grave, mas lhes disseram que Harlow estava levemente em choque e com ferimentos leves devido a batida. O carro estava perdido, não tinha condições dele ser arrumado.

Bruce sabia que estaria na capa dos jornais amanhã quando noticiassem o acidente de sua noiva, afinal ele raramente era visto durante a luz do dia. Ele sabia que agia como um idiota por exclui-la e ignorá-la na maior parte do tempo, mas nunca deixaria que ela parasse de fazer partes dos seus pensamentos diários.

Eles passaram pela recepção, Alfred parando para perguntar em que quarto Harlow estava. Com a resposta, eles subiram de elevador para o quinto andar, saindo em passos apresados e procurando o quarto número 217. Era o andar mais calmo, onde uma ala estava reservada para as figuras públicas de Gotham não serem perturbadas por repórteres e espécies de fãs.

A porta estava aberta, fazendo com que eles entrassem de uma vez. Uma enfermeira estava retirando o acesso venoso dela, colocando um curativo para estancar o sangue. Um médico estava conversando com Harlow, fazendo anotações no prontuário.

Quando ela desviou o olhar para eles, o médico a acompanhou, rapidamente se apresentando e garantindo que Harlow ficaria bem assim que o choque passasse.

— Não estou em choque — negou ela, friamente. — Só dor no corpo. Nada que percocet não resolva.

— Ela bateu a cabeça, mas a tomografia e o raio-x não apontaram nenhuma concussão — garantiu o médico. — Vou assinar sua alta, mas qualquer tontura, dor de cabeça, ou desmaio, e você precisará voltar.

Harlow apenas assentiu, querendo sair logo dali. Conforme a enfermeira saia, o doutor pediu para que Alfred o acompanhasse para preencher alguns dados para a receita médica que ele prescreveria para ela e acertar as contas com a tesouraria.

Ela fechou os olhos com força, tentando afastar a dor. Bruce ainda estava parado perto da porta, encarando-a. Harlow teve vontade de revirar os olhos.

— Você não precisava ter vindo — sibilou ela. — Não foi nada demais.

— O hospital ligou para casa dizendo que tinha se machucado numa batida — disser Bruce, o semblante fechado. — Me culpa por ter ficado preocupado?

— Não te culpo, mas ter vindo foi perda de tempo — resmungou. — Está me vendo viva, não é? Eu falei isso antes, vaso ruim não quebra nunca, Bruce.

— Você pode falar sério por alguns minutos? — pediu, irritadiço. — Está realmente bem? O que realmente aconteceu?

Harlow bufou, revirando os olhos. Péssima escolha. Sua cabeça doeu quando os revirou, o quarto rodando um pouco. Ela respirou fundo, tentando focar a visão.

— Estava indo para as Químicas Wayne, precisava falar com a contabilidade — explicou. — Alfred me ligou, eu atendi a ligação, e no minuto seguinte um pássaro colidiu contra o vidro do carro. Acho que o vidro o cortou, mas eu só via vermelho. Perdi o controle do carro e bati contra um poste.

— Só isso? — perguntou, encarando-a profundamente.

— Estou falando que não foi nada sério — afirmou Harlow. — Essas coisas acontecem com mais frequência do que imagina.

Bruce pensou em responder que nada com ela era normal, mas Harlow foi mais rápida:

— Já podemos sair daqui? Tenho uma pilha de contratos esperando por mim no meu escritório.





HARLOW sentia que podia dormir em cima daquela pilha de papéis se apoiasse a cabeça neles. Já era de madrugada e ela ainda estava trabalhando, como se o acidente de carro que sofrera horas atrás não tinha sido nada.

O andar da sua sala estava vazio, todos os funcionários já tinham ido embora há tempos e retornariam para mais um dia de trabalho daqui algumas horas. Ela mandou um dos comprimidos de percocet para dentro, esperando que ele fizesse efeito logo para que a dor aguda em sua coluna e pescoço passasse algo.

A polícia tinha falado com ele sobre o acidente, mas Harlow não estava totalmente a fim de participar da investigação deles. Afinal, um pássaro tinha batido em seu vidro e apenas isso. Seu carro seria substituído por outro em breve.

Seu celular tocou em cima da mesa. Estava tarde, ninguém ligaria para ela em plenas três da manhã. Com muito desânimo, Harlow esticou o braço para pegá-lo, vendo um número desconhecido brotar em sua tela.

Ela deslizou o botão vermelho, negando a ligação desconhecida. Ela estava pensando em encerrar por enquanto, subir para tentar dormir um pouco para logo voltar ao trabalho. Harlow passou as mãos pelo rosto, apertando as têmporas para aliviar a dor de cabeça.

Novamente, seu celular tocou. Era o mesmo número que ligou segundos atrás. Relutantemente, ela atendeu, murmurando "alô" e esperando.

É sua última chance — disse uma voz grossa pelo outro lado da linha. — Ninguém diz não para o Romano.

— Como é? — disse ela, sem entender, o coração disparando.

— A batida de carro foi apenas um aviso — continuou. — Pense bem, caso contrário...

A linha foi cortada. Harlow desgrudou o celular do ouvido, vendo seu visor apagar devido ao tempo sem uso. Ela estava, estranhamente, acostumada com ameaças, mas aquela tinha algo de diferente já que, seja lá quem ligou, disse que o acidente que sofrera foi um aviso. Harlow realmente não entendia o que ele quis dizer com aquilo. Na verdade, ela não estava interessada e nem amedrontada. Ela tinha mais medo de engravidar do que de morrer.


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09.08.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Ah, estamos chegando no grande momento!
Eu tenho que perguntar: vocês achavam que a história da Rainha seria assim? Vocês sabem que eu amo grandes plots e que eu sempre escrevo a história com uma moral para vocês descobrirem... bem como se fosse uma charada. Mas então, vocês já sabem me dizer?

Lembrando que este é um spin-off, então não serão vários capítulos. Em Long Live The Bat teremos apenas 10 capítulos, mas vocês sabem que a Harlow voltará para mais uma história depois de Necessary Evil.

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[atualizações as terças]

Long Live the Bat ♤ 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚Where stories live. Discover now