CAPÍTULO 56

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11:59

Vendo que estava sem o desfribilador, resolvo usar o que tenho. Rápido posiciono minhas mãos, em seu peito e começo uma massagem cardíaca.

"O vovó tá bem?", Fuyuki pergunta

"Tá sim, querido, só tô fazendo uma massagem nele", respondo

"Então por que ele não parece acordado?"

"Ele só tá descansando"

Na hora, uma equipe de profissionais chega. Uma moça tira o Fuyuki da sala, provavelmente, iria levá-lo para a área das crianças.

"Senhor Midoriya, o que fazemos?", um rapaz pergunta

"Eu preciso do desfribilador, mas como não temos, só nos resta a massagem cardíaca"

"Quantas vezes o senhor já fez?"

"Vinte e dois, e ele nem se mexe"

Eu preciso salvar esse paciente, não posso perder ele, não posso deixar o Fuyuki completamente desamparado, eu não posso...

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Bakugo

"Por tanto, a associação de resistores, quando em paralelo"

Celular toca

"Desculpem", desligo. "Como eu estava dizendo, a associação de resistores, em paralelo, é feita quando"

Celular toca

Respiro fundo. "É feita quando, por exemplo, em uma sequência de lâmpadas, ao uma se apagar, a outra"

Celular toca

"Atende logo, professor!", um aluno meu, diz

"Mas eu não sei quem é, nessa porra"

Estava trabalhando, dando aula para o segundo do médio (o que faria até uma e cinco). Aqueles idiotas que não levam nada a sério. Todo dia, tiro, pelo menos dois de sala. É foda.

Um número estava me ligando sem parar.

"Mas eu não sei quem é, nessa porra"

"Então atende, aí o senhor descobre"

"Tá, tá!", atendo. "Alô?"

"Bom dia! Somos da clínica Unidos Na Saúde E Na Doença. Gostaria de falar com o senhor Katsuki Bakugo"

"Unidos Na Saúde E Na Doença? O que querem comigo?"

"É que o senhor está na lista de contato, dos familiares do doutor Midoriya"

"Midoriya? O que aconteceu com ele?!"

"É que, infelizmente, tivemos a perda de um paciente aqui na clínica e isso impactou muito no doutor Midoriya. Já solicitamos o encaminhamento de uma psicóloga para ele, mas também gostaríamos da presença de algum familiar. O senhor de dispõe? Caso não, entraremos em contato com outra pessoa da lista de familiares dele"

"Me disponho sim! Em cinto minutos, estou aí!"

"Ok, obrigada"

Desligo o celular

"Algum problema, professor?"

"Preciso ir"

"O senhor precisa ir?"

"Isso", digo pegando minhas coisas. "Vou conversar com a coordenadora e ver o que irá acontecer com vocês. Mas eu preciso ir"

Saio de sala e corro até o escritório de minha coordenadora

Bater na porta
Toc toc

"Pode entrar", ela diz

"Bom dia, minha coordenadora"

"Ahhhh, senhor Bakugo! Em que posso ajudá-lo?"

Apesar de eu ser um tanto quanto descontrolado, meus alunos me adoram, e minha coordenadora também.

"Coordenadora, eu preciso ir embora. Acabaram de me ligar do hospital e... Uma pessoa precisa de mim"

"Uma pessoa?"

"É..."

"Ah, sendo assim, não há problema. Encaminharemos algum outro professor para ficar com o segundo ano"

"Tá bem, coordenadora. Muito obrigado"

"De nada, melhoras pra quem quer que seja"

Dou as costas para ela e vou até a porta. "Meu futuro marido, precisa de mim"

"Ah, está bem. Boa sorte"

"Obrigado"

Saio as pressas daquela escola. Kirishima e Kaminari não trabalham lá, senão, pediria para eles me cobrirem. Mas não dá pra ficar lá, não dá, o Deku já tinha falado que nunca perdeu um paciente e que não saberia lidar com isso. Meu Deus, me dói só de pensar como ele deve estar.

Ignorei completamente, a existência de semáforos ou de outros carros na pista, apenas pisei fundo no acelerador e fui correndo para aquele hospital.

Quanto mais me aproximava, mais meu coração palpitava mais rápido, estava nervoso, não sabia se seria o suficiente para consolar ele, não sabia se poderia fazer com que ele se sentisse bem e o pior de tudo, não sabia como ele iria ficar depois de tudo isso. Todas essas coisas, martelavam na minha cabeça e me deixavam cada vez mais nervoso.

Finalmente cheguei a aquele hospital. Deixei o carro em qualquer canto e entrei correndo.

Estava prestes a passar pela recepção, quando uma moça me chama. "Bom dia! O senhor tem que passar pela recepção primeiro, para poder entrar", ela disse

"Tô aqui pra ver o doutor Midoriya"

"Você é o senhor Bakugo?"

"Isso"

"Está bem. É logo nessa segunda porta, a direita"

"Ok, obrigado"

Corro para lá, mas ao chegar na sala, tudo que vejo, é um cadáver no chão, sendo empacotado. Aquilo foi de embrulhar o estômago.

"Bom dia, em que posso ajudá-lo?", um rapaz diz

"Doutor Midoriya", isso era tudo que conseguia dizer

"Ah, sim. Ele está sentado em uma cadeira, aqui do lado da sala"

Olho para lá e... Não, ele não estava lá. "Ele não tá lá", digo

"Não?! Mas nós mandamos ele para lá"

"Mas ele não tá lá"

"Droga"

E assim, começou a corrida atrás do Deku. "Meu amor... Onde você tá?", pensei

Você... Tem sorte de eu ser paciente! (BakuDeku Au) Where stories live. Discover now