CAPÍTULO 73

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20:15

A angústia estava presente no ar, Katsuki Bakugo acabara de chegar ao hospital em que se encontrava Izuku Midoriya. O mesmo havia sido encaminhado diretamente para a sala de cirurgia, assim que chegou ao local, deixando Bakugo sem nenhuma notícia sua.
Katsuki possuía apenas a angústia e a incerteza como suas companheiras, além do completo desespero que segurava em seu ombro, de jeito que aparentava nunca mais largar. Segundos se tornavam minutos, minutos se tornavam horas, horas se tornavam dias ali naquela sala em que se encontrava Bakugo, esperando uma mísera notícia de seu amado. E como se toda aquela situação não bastasse, uma agitação se faz presente no hospital, enfermeiros corriam em direção à uma sala específica, enquanto gritavam "código branco". Mas que diabos era "código branco"? Bakugo não sabia ao certo, mas algo indicava que toda aquela situação tinha haver com Izuku.
Katsuki passou três longas horas de agonia ali naquela sala, sem notícia alguma de Midoriya. era quase meia noite e o loiro não havia sequer piscado os olhos, estava mais atento que uma onça vigiando sua preza. Também eram incontáveis as vezes em que perguntou sobre o estado de Deku e nada lhe era dito.
Finalmente, um pouco depois de meia noite, enfermeiros vieram até Katsuki, falar sobre a situação de Midoriya.

"Com licença", um deles dizia, "você é o responsável pelo paciente Izuku Midoriya?"

"Sou sim, como ele está?", Bakugo questionava eufórico

"Bem, trazemos boas e más notícias"

"Pode dizer"

"A boa notícia é que conseguimos trazê-lo de volta"

Os olhos de Katsuki encheram-se instantaneamente de água após ouvir aquelas palavras, finalmente uma dose de esperança e felicidade lhe era entregue. Toda aquela angústia e desespero que antes lhe faziam companhia, finalmente lhe diziam adeus, abrindo espaço para o alívio e alegria. Midoriya estava vivo novamente, e nada mais importava.

"Entretanto", a enfermeira seguia falando, "durante seu transporte até o hospital, os paramédicos não tiveram outra escolha a não ser fechar o ferimento da costela do paciente, pois ele estava perdendo quantidades consideráveis de sangue"

"Sem contar a quantidade que ele já havia perdido, antes de chegar ao hospital", outro enfermeiro dizia

"Exatamente. Conseguimos trazê-lo de volta por muita sorte, e se não tivessem dado pontos no ferimento, a probabilidade dele não ter sobrevivido é bem grande"

"Diz logo como ele tá", Katsuki diz

"Bem, como eu estava dizendo, ao ele ser encaminhado para a sala de cirurgia, tivemos que abrir os pontos pois descobrimos que haviam fragmentos da bala, dentro de seu corpo"

"Meu Deus"

"E infelizmente, tanto o processo de abertura dos pontos, quanto o de retirada dos fragmentos, fizeram com que o paciente perdesse quantidades grandiosas de sangue. Seu coração parou três vezes durante o processo"

"Por isso a cirurgia foi tão demorada", completava o outro profissional, "tivemos que realizar o procedimento de forma extremamente cautelosa, para evitar maiores danos ao paciente"

"Bem, mas conseguimos retirar os pontos e fechar o ferimento, mesmo com ele tendo perdido altas quantidades de sangue. Entretanto, o paciente infelizmente encontra-se em coma"

"O que?"

"Desde sua chegada ao hospital, ele não conseguiu respirar sem o auxílio dos aparelhos"

"Você tá me dizendo que se desligarem aqueles máquinas, o Deku mor... Mor..."

"Infelizmente sim"

"Eu... Eu posso vê-lo?"

"Sim, me acompanhe"

Aquela moça extremamente gentil, levou Katsuki até o leito em que se encontrava Deku.

Aquela moça extremamente gentil, levou Katsuki até o leito em que se encontrava Deku

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"Vou deixar vocês uns minutinhos a sós", ela diz, se retirando logo em seguida.

Assim que o barulho de porta fechando, faz-se presente no ar, lágrimas começam a escorrer pelo rosto de Katsuki, que se joga no chão, ao lado de Deku.
O loiro começa a passar a mão pelos cabelos de Izuku, como acreditar? Como acreditar que umas horas atrás, Bakugo via Deku sorrindo e feliz, enquanto agora, está dependendo de máquinas para continuar vivo. Como aceitar isso? Como crer em tal fato? Katsuki não sabia responder nenhum desses questionamentos, na verdade, a única coisa que conseguia fazer, era chorar ao lado de seu amado e assim ficou por algum tempo, até que a enfermeiro retornou, avisando que ele não poderia permanecer mais ali. "Vá para casa e descanse um pouco", ela dizia, mas não era isso que Katsuki queria, não era isso que seu coração gostaria de fazer, entretanto, sabia que não havia nada a fazer, além disso, por isso, levantou-se, olhou mais um pouco para o rosto de Midoriya e depois saiu daquela sala.
Apesar de tudo, Katsuki ainda possuía um pouco de discernimento, então era ciente do fato de que estava sem capacidade de dirigir um carro, então resolveu ligar para Kirishima.

"Fala Bakugo, qual a boa?"

"Kirishima, você tá de boa?"

"Ué, tô sim, por quê? Tá tudo bem com você?", pergunta depois de ter percebido a voz trêmula e rouca de Katsuki

"Você...", diz segurando as lágrimas, "Poderia me buscar aqui no hospital?"

"No hospital? Por quê? O que tá acontecendo Katsuki?"

"Sabe... É que o Deku não tá muito bem"

"'Não tá muito bem'? Como assim? O que aconteceu com ele?"

Nesse momento, Katsuki começou a desabar na ligação, não se preocupava mais em esconder o choro, estava simplesmente liberado toda a sua tristeza.

"Katsuki em que hospital você tá?"

"No Saúde Sempre"

"Tá, eu tô indo aí, não sai daí"

"Tá bom", diz desligando logo em seguida

Você... Tem sorte de eu ser paciente! (BakuDeku Au) حيث تعيش القصص. اكتشف الآن