A garota do Arcade

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As botas do metaleiro batiam impaciente no chão, olhava pela terceira vez no relógio em seu pulso. As crianças (Max, Will, Dustin, Mike, Eleven e Lucas) estavam sete minutos atrasados. Eddie sequer queria vim, foi praticamente ameaçado por Dustin, e foi o primeiro a chegar.

Estava cogitando na idéia de ir embora, até que uma garota que entrava no Arcade chamou sua atenção. Maquiagem preta nos olhos, assim como as roupas, um estilo atrativo para Munson e muito bonita. Olhou brevemente para ele, o suficiente para causar arrepios pelo garoto.

No mesmo instante que ela ultrapassou a porta, o carro de Jonathan Byers parou na sua frente, saindo lá de dentro seis crianças tagarelas. Eddie não quis nem tentar entender como coube tanta gente ali dentro. O motorista acenou para ele de longe e foi respondido por um sútil inclinar de cabeça.

– Finalmente. – Bufou olhando com as mãos na cintura para Dustin que se aproximava.

– Você está parecendo Steve ultimamente, deve ser a convivência, vê se dá uma relaxada. – O menino lhe deu um empurrão e recebeu um também do mais velho.

Logo em seguida todos se cumprimentaram, Eddie notou Will mais para trás, com as mãos escondidas e jogou seu braço por seu ombro, o encorajando a se soltar e entrou assim com o garoto dentro do local.

Lá dentro, ele se pegou procurando por aquela garota diversas vezes, mas não a encontrou. Até que estava na fila para disputar com Max em um jogo na qual ela era melhor e Mike estava furioso com isso, reclamou tanto que quando foram ver tinha uma multidão tentando a vencer, ela permanecia no seu lugar tranquila olhando o Wheeler gesticular para a namorada, Jane, como aquilo era inacreditável.

Eddie ria da situação, até que viu um vulto familiar passar ao seu lado. Não pensou duas vezes em seguir a garota.

– Oi, nunca tinha te visto por aqui. – Falou aparecendo na sua frente, as mãos estendidas em palmas na sua frente para não se esbarrarem.

Ela o avaliou da cabeça aos pés e ergueu uma sobrancelha. Para Munson, sua beleza era intimidadora.

– Também nunca tinha te visto.

– É que eu acho que é minha primeira vez mesmo. – Falou e logo em seguida bateu em sua testa. Como era idiota.

Ela riu e voltou a andar, mas Eddie insistiu.

– Como você se chama?

– S/n.

– Prazer, Eddie.

S/n balançou a cabeça e voltou a o encarar.

– Gostei do seu estilo, especialmente das botas.

Ele ergueu as sobrancelhas e decidiu fazer uma gracinha, dando um girinho com as mãos na cintura, como um filho experimentando um roupa nova para a mãe.

– Obrigado, a maioria das pessoas acha que eu sou algum maluco que fujiu da cadeia. – Então se inclinou já direção da garota, sussurrando como se estivesse contando um segredo. – Talvez eu seja, mas só a parte do maluco.

S/n deu uma gargalhada e ele notou que ela usava um fone em um lado do ouvido, a outra parte estava pendurada. Em um ato abusado, pegou a que estava pendurada e colocou no seu.

Sua boca se abriu em um O perfeito quando Mötley Crüe começou a tocar.

– Curte Heavymetal? – Perguntou, não conseguindo esconder sua empolgação.

– Mas é claro.

Eddie levou uma mão ao peito, contorcendo o rosto seriamente como se estivesse sentindo uma forte dor. S/n se preocupou.

– Você está bem?

– Acho que o cupido acabou de me acertar.

Novamente ela riu, em choque com a personalidade daquele garoto.

– Onde você se escondeu durante todo esse tempo? – S/n perguntou.

– Onde você se escondeu? Fala sério, estou começando achar que você é uma mirage.

O metaleiro cutucou o rosto da garota com o indicador, garantindo que ela não iria desaparecer. Ela sorriu e olhou as horas.

– Eu preciso ir, mas... Você tem uma caneta?

Eddie balançou a cabeça em negação e S/n se afastou e falou algo com Keith, que logo providenciou uma caneta para ela.

– Aqui, me da sua mão.

– Vai me dar um autógrafo?

– Não, idiota, vou te dar meu número.

Munson deu um sorriso tímido enquanto observava ela anotar o número na palma de sua mão, o toque dela era macio. Quando terminou se aproximou do garoto, que quase entrou em pânico, e deu um beijo estalado na bochecha dele.

– Tchau, Eddie.

– Tchau, S/n. – Respondeu com dificuldade e a viu se afastar.

Will, Lucas e Dustin logo em seguida apareceram com os braços cruzados e caras feias.

–  Ugh, Qual foi? Eu que deveria ser a babá de vocês, e não vocês as minhas.

Imagines | Eddie MunsonWhere stories live. Discover now