Desafio pt. 2

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NOTAS DA AUTORA

Não estava nos planos, tanto que demorou pra eu arrumar criatividade pra escrever esse capítulo, como o Imagine "Desafio" agradou bastante vocês e foi mais de uma pessoa que pediu por uma continuação... Aqui está.

Aproveitem e boa leitura.

•••

Depois do beijo de S/n e Eddie, aconteceu apenas mais um rodada e de repente barulho de gritos foram escutados e algumas pessoas saindo do local. Todos ficaram confusos e a rodinha se desfez, S/n com muita tristeza se levantou do colo de Eddie e tentou entender o que estava acontecendo, foi quando Nancy apareceu nervosa.

– Vamos embora, a polícia está aí. Algum vizinho reclamou do barulho, e quando descobrirem que metade do pessoal daqui é menor de idade e os pais do anfitrião estão fora vai dar um problemão.

A cabeça de S/n demorou um pouco para entender a gravidade da situação, e decidiu apenas seguir Nancy, mas parou no meio do caminho e se virou para Eddie.

– Vem com a gente.

Nancy a olhou e depois olhou para Eddie, surpreendendo S/n por parecer o conhecer.

– Se eles te pegarem...

Eddie enfiou as mãos nos bolsos, parecendo pensativo e S/n franziu mais ainda a testa. Por fim, ele as seguiu. Sairam pelas portas do fundo e entraram no carro da Wheeler, que saiu apressada, para S/n era estranho a ver nervosa daquele jeito com a polícia, ela era a pessoa mais comportada e correta que já havia visto.

– Vocês se conhecem? – Decidiu perguntar, sentada no banco da frente.

– Sim, eu costumava ajudar Eddie a se resolver quando as merdas que ele se envolve transbordam. – Nancy disse, olhando para o banco de trás rapidamente.

– Que tipo de merdas? – Ela fez o mesmo que Nancy, mas não foi rápido. Ficou olhando para ele ali, parecendo mais interessado no rasgo de sua calça do que nelas.

Como Munson não parecia a vontade para falar do assunto, Wheeler também não quis falar sobre, e mudou de assunto.

– Eu não sabia que vocês se conheciam.

S/n endireitou a postura e sentiu o rosto esquentar.

– Não nos conhecemos.

A confusa da vez era Nancy, mas não falou mais nada. Ficaram em um silêncio desconfortável até a Nancy entrar na área dos trailers, onde Eddie morava. S/n nunca havia ido ali, mas ficou ainda mais interessada no rapaz. Não descansaria até saber mais sobre ele.

(...)

Eddie estava como de costume matando aula em seu esconderijo na floresta atrás da escola, sentada no banco de pedra com um baseado entre os lábios. Se lembrava da garota da noite passada, amiga de Nancy, e de como gostou do beijo dela. Era bonita, e não era a primeira vez que a via, mas nunca sentiu tanto interesse nela como naquela noite.

Mas sabia que não aconteceria mais nada. Eddie estava cheio de problemas e Nancy faria de tudo para sua amiga não se meter naquilo.

Quer dizer, pelo menos era aquilo que ele pensava até segundos depois de concluir essas suas idéias, ver uma figura sair do meio das árvores, com uma calça rasgada e meio arrastão visível por baixo. S/n suspirou quando o viu, como fosse ele que estivesse procurando.

– O que está fazendo aqui? – Perguntou arqueando as sobrancelhas, tentando não parecer muito grosso.

– Eu te segui. – Deu de ombros e ele soltou uma risada nasal. – Mas então me perdi. Fiquei andando por uns dois minutos nessa selva... E agora te achei, já estava pensando na possibilidade de começar a gritar.

– Você é maluca. Nunca me viu na vida até ontem e agora virou uma stalker?

– Nunca teve uma garota interessada em você?

Eddie não respondeu, apenas continuou tragando seu baseado. S/n se aproximou e balançou a cabeça em negação.

– Traficante, maconheiro... Você é todo errado.

Ele se engasgou.

– Quem te disse isso?

– Que você é maconheiro? Bom, creio que isso na sua mão não é um pirulito.

– Estou falando da parte do traficante.

– Ah, sim. – Ela se sentou no outro lado da mesa aos pedaços. – Eu faço parte do jornal da escola, não é muito difícil para mim descobrir as coisas. Depois apenas confirmei com Nancy, não deu pra ela negar, foi meio estranho o que ela disse para você por causa da polícia.

O Munson massageou a testa e abaixou a cabeça. S/n puxou o baseado de seus dedos e ele tentou pegar, mas recebeu um tapa ardido na mão.

– Ei! – Ele protestou.

– Lento. – Respondeu e deu uma tragada no baseado, o fazendo erguer as sobrancelhas.

– Por que me seguiu?

– Queria garantir que você não iria se matar ou matar alguém – Falou séria, e Eddie não pode deixar de sentir mais curiosidade por ela.

Ele ficou quieto e apenas observo S/n se levantar e caminhar até ele com o baseado entre os lábios, ela colocou as mãos nos ombros dele e os massageou.

– Está tenso, Eddie. O que eu poderia fazer para mudar isso?

Eddie virou o corpo no banco, ficando de frente para ela, as lembranças da noite passada vieram na cabeça dele e suas pousaram na cintura dela, ele a olhava de baixo.

– Um pouco do que tivemos na noite passada seria ótimo.

A garota sorriu e realizou o desejo dele, iniciando com um selinho e depois aprofundando o beijo. As línguas trabalhando em sintonia. As mãos dela foram para sua nunca e ele puxou sua cintura, a pondo montada no colo dele. Soltaram suspiros e selinhos estalados entre o beijo, até que pela falta de ar tiveram que se afastar, mas somente os rostos.

– Melhor? – Ela perguntou, levando o baseado até a boca dele.

– Com certeza. Acho que acabei que descobrir que você é melhor que droga. – O metaleiro falou com o baseado entre os lábios. – Só espero que não seja viciante.

Imagines | Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora