S/n Cunninghan

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A sorveteria não estava muito movimentada naquela dia, naquele momento havia só Robin, Steve e Eddie sentados na mesinha de cadeiras cor de rosa. Eddie estava impaciente, Robin dizia para ele se acalmar que só irão pedir seus pedidos quando uma convidada dela chegar, mas não dizia quem era essa convidada.

Mas então ele entendeu quando a porta do estabelecimento se abriu e S/n Cunninghan entrou acompanhada de sua irmã Chrissy Cunningham. A respiração de Munson ficou ofegante e ele sentiu vontade de estrangular seus amigos.

– S/n! Que bom que trouxe Chrissy! – Steve disse abrindo os braços.

Robin deu uma risada baixa. Eles não tinham nada contra Chrissy, mas as vezes ela era a pauta das fofocas deles.

– Ela pediu para vim... – A garota sorriu e brincou com a barra de seu vestido branco e rodado. – É bom para ela socializar com qualquer pessoa que não faça parte da lista pequena que Jason montou para ela.

Chrissy abaixou a cabeça, envergonhada, não gostava da irmã falando isso sobre ela assim na frente de os amigos dela, mas estava certa, e deveria repetir isso para si mesma até ela se dar conta da realidade: Seu namorado era um bom garoto bom para ela, mas não para os outros.

– Eddie... – A loira chamou, o fazendo desviar a atenção de S/n pela primeira vez dentro desses cinco minutos. – Eu queria me desculpar. Por aquela noite, o jantar, meus pais são... Chatos e inconvenientes, e eu também fui meio... Eu não sei o que deu em mim. Você faz muito bem para a S/n.

O metaleiro suspirou pesadamente e se levantou de sua cadeira. Se lembrava do primeiro jantar seu com a família de sua namorada, S/n, e em como uma noite que deveria ser confortável e alegre se tornou fria e fez Eddie e ela passarem alguns dias distantes, bom, até Robin e Steve armarem aquilo.

– Está tudo bem, Chrissy, te conheço a anos e sei que você é uma boa pessoa. – Ele revelou confortando a líder de torcida.

S/n olhava para eles com um sorriso orgulhoso.

– S/n, acho que o atendente entrou lá para dentro, vamos o chamar! – Robin pulou de seu lugar e puxou a amiga.

Na frente do balcão, S/n a fuzilou com o olhar e Robin deu um sorriso grande.

– Estou me arrependendo disso, Robin, Chrissy ter se desculpado não vai fazer Eddie esquecer e deixar de estar magoado com as coisas que aconteceram.

– Ai, cala essa boca, o garoto é apaixonado em você!

A Cunningham olhou para além da garota, encontrando Eddie novamente sentado e brincando com os anéis de seu dedo, coisa que ele fazia quando estava nervoso. S/n sabia.

– Esses três dias ele vem falando na minha cabeça como um coitado, se vocês enrolarem mais um pouquinho e se acertarem que nem gente grande eu acho que ele vai largar o heavymetal e começar a escrever poesia.

O atendente se aproximou e elas avisaram que já podia os atender, mas antes de o seguir Buckley apertou uma última vez na mão da amiga e avisou:

– Você não é seus pais, e Eddie sabe disso, sabe que você não pensa que nem eles, talvez ele possa apenas estar com medo de ter perder por causa dessa situação, e para resolver isso você tem que deixar claro que peitaria Hawkins inteira por ele. Não peitaria?

– Claro. – Ela respondeu sem hesitar.

Todo mundo sentado, já com os pedidos feitos. Eddie olho para S/n, ao seu lado, que tinha o cabelo jogado em uma só direção e deixava parte de seus ombros e orelha expostos. Ele sorriu ao ver o pingente prata em formato de guitarra, e então o encostou, chamando a atenção da namorada.

– O brinco que eu te dei.

– É, o brinco que você me deu.

Eddie ponderou por alguns segundos antes de agarrar as bochechas dela e a apertar, forçando os lábios de S/n em um biquinho, ela resmungou e então ele soltou um grunhido estanho antes de a largar e sacudir a cabeça.

– Linda! Você é linda! Que saco!

S/n mordeu os lábios e tentou esconder o rosto por trás dos seus cabelos, mas Eddie avançou e começou a cutucar as costelas dela.

– Ai! Para, Eddie! – Deu um gritinho, por mais feliz que estivesse por dentro por aquele momento. Robin estava certa, talvez.

Steve encarou o casal distraído em seu próprio mundinho e depois olhou com desdém para as duas loiras ao seu lado.

– A linguagem de amor deles é diferente. Especialmente a de Eddie.

Não demorou muito para os pedidos chegarem e S/n além de tomar seu sundae acabou tomando metade do de Eddie. No final da tarde encalorada, Chrissy saiu de carona com Jason que foi a buscar pois eles haviam algum compromisso juntos, o garoto sequer saiu do carro para a felicidade dos outros presentes. Robin e Steve também já haviam ido embora, e por fim sobrou apenas S/n e Eddie na frente do estabelecimento.

– Você está magoado comigo? – S/n perguntou de uma vez por todas.

Eddie a encarou com a testa franzida.

– Não, isso está fora de cogitação, você é a última pessoa nessa cidade com quem eu estaria zangado nesse momento. – Munson tocou a mão dela, entrelaçando seus dedos. – Eu estava achando que você queria se afastar, ou que seus pais estavam te proibindo de...

– Eles querem, mas sabem que não vou dar a mínima para eles se tentarem, briguei com eles depois que você foi embora naquela noite, e posso brigar de novo se for possível. Ninguém vai nos separar, Munson, eu te amo com ou sem a aprovação dos outros.

Eddie olhava para os lados, os lábios tremendo, tentando disfarçar a vontade que estava de chorar. Ninguém havia falado sobre desse jeito, nunca sentiu a sensação de ser amado daquela forma.

– Houve uma época que eu achava que meus pais estavam certo sobre tudo, mas agora eu sei que não é bem assim, eles são falhos como qualquer pessoa. Essa palhaçada de conselho de mãe e pai... Se eu seguisse tudo que eles me dissessem, hoje em dia "feliz" seria a última coisa que seria, pois quem me faz feliz é você.

Ela foi calado por um beijo de Eddie, por mais romântico que aquele momento fosse era possível sentir a eletricidade entre os dois durante aquela troca de afeto. Para a S/n, todos os seus sentimentos eram sentidos com mais intensidade quando estava com o metaleiro.

– S/a, eu te prometo cada batida do meu coração. – Ao se separar, ele colocou suas testas uma da outra e S/n podia ver duas lágrimas pequenas escorrendo pelo rosto dele. – Prometo, vamos ter problemas, mas nunca sem solução. Faço um acordo com sabe se lá quem seja o Deus acima de nós, que se algum eu te magoar e quebrar minhas promessas, ele já vai poder me levar desse mundo.

A garota pegou o rosto do namorado com as mãos pequena e enxugou as suas lágrimas. Eddie Munson estava chorando em público, chorando pois finalmente estava aprendendo a amar e esse amor era recíproco. Sim, a aberração de Hawkins estava sento amada por uma garota linda, e essa garota não podia deixar de notar o quão fofo ele ficava com o biquinho de choro formado nos lábios.

Quem passava poderia achar engraçado a situação. S/n vestindo um vestido branco e "comportado", com Mary Janes nos pés e meias com estampa de girassóis, sem falar da trança delicada no seu cabelo, consolando um rapaz vestindo calça preta rasgada, com correntes na cintura, e uma blusa justa do Iron Maiden. Improváveis mas feitos um para o outro.

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Notas da autora

Esse foi um capítulo talvez um pouco mais sério e com algumas referências a músicas. Espero que tenham gostado.

Peço para que comecem a interagir com a fanfic pelos comentários, dêem o feedback, isso me ajuda muito e incentiva demais. Sem falar que de fantasma já não basta o Eddie na série né? Kkkkkk parei, eu sei que ele vai voltar.

Ah, e para não perderam nenhuma att, adicionem a fic na biblioteca. Beijos!

Imagines | Eddie MunsonHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin