Capítulo 4

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Quando  minha consciência me faz perceber que ouço a voz da minha mãe ao longe, meu cérebro reage; num rompante abro os olhos e me sento na cama, no entanto, ao olhar para o lado da cama, não vejo Guilherme, ele havia partido. Um misto de alívio e decepção se fez presente, por mais que me sentisse aliviada por ele não estar mais ali, e com isso não ser pego, sinto a decepção tomar conta de mim, eu o queria ao meu lado depois do que fizemos. Era muito confuso.

- Sila! Por que a porta está trancada? - ouço minha mãe dizer.
- Só um minuto anne! - digo ao me levantar da cama e retiro os lençóis sujos os colocando embaixo da cama.

Retiro o vestido que dormi, o mesmo do noivado, e coloco meu pijama, ainda me sentia dolorida pela à noite passada, mas, ao mesmo tempo me sentia feliz. Eu era de Guilherme, pertencia de vez a ele, e isso apenas fortalecia meu amor por ele.

- Günaydin anne!( bom dia mãe!) - digo ao abrir a porta.
- Günaydin! - ela diz ao me olhar parecendo desconfiada. - Por que trancou a porta?
- Eu nem percebi anne! - Disfarço.
- Está bem, se arrume, após o café da manhã iremos com sua sogra decidir alguns detalhes do casamento. - Faço que sim. Ela saí.

Respirando aliviada, fecho a porta. 

- Só mais um mês Sila! Aguente mais um mês. - Digo a mim mesma.

E como mamãe disse, após um café da manhã regrado a conversas paralelas de como meu noivo havia bebido todo o café sem fazer cara feia e sem reclamar, e como ele seria um bom marido para mim por causa desse gesto, sigo com mamãe de carro até o local do encontro, um buffet renomado turco que iria servir todos os comes do casamento. Claro que mamãe e minha futura sogra escolheram tudo, eu não tinha cabeça para mais nada a não ser pensar em Guilherme e na noite que passamos juntos, e como parte da nossa cultura, eram elas  quem decidiam tudo, fazia parte do acordo também. Durante a degustação no buffet, enquanto minha mãe e sogra estavam dispersas ocupadas com os detalhes de um casamento que não iria acontecer, mandei uma mensagem para Gui.

Oi, amor!

 
Oi, gata!

Não te vi saindo, alguém te viu?

Não. Saí bem cedo, você estava dormindo, não queria te acordar.

Vou passar na casa da Jess mais tarde, podemos nos encontrar.

Gata, hoje não vai dar, meu pai precisa de mim, mas depois te ligo. Bjs

Bjs

*

- É amiga, isso é um pouco estranho, mas, pode ser verdade, você sabe que o pai dele fica pegando no pé dele por causa da empresa. - Jess diz ao ver a mensagem que eu e Gui trocamos.

- Pode ser paranoia minha, mas, eu senti que ele tá meio, frio comigo. - Desabafo.

- E você acha que isso tem a ver com a noite que vocês passaram juntos! - faço que sim.
- Bom, amiga, realmente tem caras que depois que conseguem o que querem dispensam a garota na cara dura, mas, não acho que seja esse o caso. Vocês vão fugir, já tá tudo certo, e, o Gui, ele te ama. - ela diz ao se sentar ao meu lado na sua cama.

- Você tem razão! Sou uma boba mesmo. - forço um sorriso. Jass sorri.

- Fica tranquila, vai dar tudo certo. Você só tá um pouco tensa, são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, sua vida anda bem agitada! - ela brinca.

A abraço.

- Promete que não vai esquecer de mim quando estiver com seu boy nos States?!

- Nunca! - garanto sorrindo.

Meu amor turcoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora