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A dona dessa verdadeira  obra de arte💖 mcpms_

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Pov Lena Luthor


-Que porra você tava fazendo que demorou tanto? - ouvi a doce voz da minha madrasta, educada como sempre. Ela já havia me chamado umas cinco vezes e eu apenas ignorei todas elas.

- Colocando comida pra sua cachorra idiota. - falei, menos a parte do idiota. - Jade me mordeu forte, talvez eu deva ir ao médico.

-Talvez eu deva levar a Jade ao veterinário, quem sabe você não passou raiva pra ela. - rebateu com ar de deboche. Respirei fundo tentando me concentrar em não responder um "seu cu".

-Pra que me chamou?

- Preciso de um favor, Lena. -então agora a boneca precisa da minha ajuda?

– Vou sair hoje a noite e quero que você faça minha maquiagem.

Claro, Kara me procurava unicamente pra isso, favores.

Fiquei alguns segundos pensando se eu deveria ajudá-la pra ir a uma festa e provavelmente ficar com algum velho rico, mesmo sendo casada com meu pai, ela pouco se importava e transava com muitas outras pessoas. Só não dava esse gostinho pra mim.

-Vai me ajudar ou não? - perguntou impaciente. Eu queria muito dizer não, mas era a única coisa que eu não conseguia fazer: dizer não para Kara Danvers.

- Vou.

- E o que você quer em troca? —você toda. Pensei.

- Nada. Você sabe que não precisa me dar nada.

Bom, vamos por partes. Kara Danvers, vinte e oito e um corpo de dar inveja, no meu caso, apenas tesão. Minha madrasta desde que completei 16 anos. Kara era amante do meu pai há alguns meses antes da minha mãe morrer, quando eu tinha 15 mas só marcaram o casamento quando eu insisti para meu pai parar de esconder que estava saindo com uma mulher bem mais nova que ele e que estava interessada no nosso dinheiro. O que não é mentira. O que uma mulher nova, linda e poderosa quer com um velho de 50 anos, que nunca a tratou como ela merece, com amor e carinho. Tudo o que ele pode oferecer é dinheiro e status. Eu posso oferecer os dois, ela que não quer.

Meu pai é subchefe da Microsoft em Metrópolis , falta muito pouco para ele ser dono interino da empresa, já são anos e anos que ele se dedica aquela droga pra subir de cargo a cada ano, ele perdeu toda a minha infância e adolescência graças à essa obsessão idiota por poder.

Cada dia que passa eu sinto que Kara me odeia um pouco mais, depois da Lua de Mel incrível que eles tiveram em Cancún e toda a nossa rotina teve de voltar ao normal, meu pai indo morar em Metrópolis enquanto nós duas dividimos a casa em Nacional City, as coisas foram indo de mal a pior. Ela simplesmente me odeia, e faz tudo o que pode pra deixar isso bem claro. Se eu não a amasse com todas as minhas forças, eu já teria explodido, mandado ela ir se foder e feito da vida dela um inferno. Mas eu sou uma idiota e me submeto a aceitar qualquer migalha que ela me dá, seja de carinho ou de atenção.

Uma semana antes do meu pai aparecer com aquela loira deslumbrante em casa dizendo que iria se casar, Kara e eu transamos no banheiro de um bar. Eu não fazia ideia de quem ela era e como eu estava bêbada simplesmente fui, pensei que seria apenas uma dessas transas de balada que ninguém lembra no outro dia e a verdade é que eu não lembrava de muita coisa. Talvez tenha sido por causa disso que o ódio que ela sente por mim surgiu. Será que ela não consegue aceitar o fato de que eu fodi ela em uma noite, melhor do que meu pai já fodeu ela a vida inteira?

Eu pensei nela a semana inteira, torcendo pra lembrar do rosto e do nome, e eu lembrei, mas não adiantou muita coisa quando vi ela sentada no sofá da sala da minha casa do lado meu pai. Ela  me fez prometer que nunca contaria aquilo pra ninguém, se ela sonhasse que eu havia comentado sobre aquele episódio com qualquer pessoa que fosse, ela iria fazer da minha vida um inferno. E eu não ousei descobrir se ela estava dizendo a verdade ou apenas blefando.

Atualmente tenho 19 anos e estou no segundo semestre da faculdade de moda, não vejo a hora de me formar e me mudar para outro país, ficar longe de dela e esquecer esse amor completamente idiota que sinto por ela.

Perto da 19h30, bati na porta do quarto de Kara, sem obter resposta eu decidi que era uma boa ideia entrar mesmo sem permissão. Eu nem preciso dizer que foi uma decisão ruim né? Assim que coloquei meus pés dentro do quarto, a porta do banheiro foi aberta e ela saiu totalmente nua. Eu senti todo o sangue do meu corpo parar de circular, meu coração parecia uma escola de samba, eu deveria estar branca como um papel. Meus olhos correram disfarçadamente por todo aquele corpo e aquelas curvas me fazendo ter um flashback do dia em que transamos, eu desejei com toda a força de vontade que aquele dia voltasse e eu aproveitasse um pouco mais.

-Que cara é essa? - ela perguntou e continuou andando, eu devia estar babando nela. - Não é como se você nunca tivesse me visto assim. – eu engasguei com a minha própria saliva, me sentei rapidamente na cama tentando me acalmar, mexi as pernas desconfortável, não é possível que ela me deixa excitada sem nem precisar colocar minhas mãos nela.

- Nessa situação é a primeira vez. - falei baixo, mais pra mim do que pra ela. Ela apenas soltou um risadinha passando o vestido preto pela cabeça.

A ajudei a fechar o zíper, sentindo o cheiro de algodão doce que era marca registrada, e eu particularmente amava aquele cheiro nela. Ela se sentou na cadeira da penteadeira e eu rapidamente comecei a passar o primer naquele rosto angelical. Não era seguro para minha própria sanidade mental ficar tão perto assim daquela mulher, mas eu precisava manter a pose e me concentrar na maquiagem que eu fazia melhor que ninguém.

- Posso te fazer uma pergunta? - falei, talvez não foi a melhor ideia que tive naquela noite.

- Pode. - abri a boca pra falar mas ela me interrompeu. - Sem gracinhas.

- Você se arrependeu? - fiz uma pausa respirando fundo. - De ter... Ficado comigo?

-Eu nunca me arrependo do que faço, Lena.

-E porque você agiu como se tivesse?

-Porque você se importa? Já faz tanto tempo, nós duas estávamos bêbadas e eu nem fazia ideia que você era filha do Lionel.

Eu não sabia sabia o que responder, então apenas cortei o assunto e deixei a pergunta no ar, porque será que eu me importo tanto com o que aconteceu aquele dia? Porque me afeta tanto o fato de Kara ser indiferente sobre o que aconteceu?

Terminei a maquiagem e antes de ouvir ela agradecer eu saí do quarto, precisava respirar longe dela. Só então notei o quanto meu coração estava acelerado e minhas mãos geladas. Eu não aguento mais guardar todo esse sentimento só pra mim, até quando eu vou ter que esconder o quanto eu amo ela?

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Gente primeiro cap postado e espero que vcs aproveitem muito essa história pq ela é muito linda.

Se puder deixe seu voto, obrigada!!😍

Querida Madrasta - Supercorp Where stories live. Discover now