Querida Madrasta - Supercorp

28 - Final

Pov Kara Danvers

Minha estadia em Nova York não durou muito tempo, pouco menos de um mês morando lá eu decidi ir para Londres. E depois disso eu fui até a Itália e todos os países da Europa. Estar ocupada o tempo todo me fazia ter menos tempo pra pensar em Lena, e assim, evitar uma crise de choro seguida de uma crise de ansiedade. Mas não importava o quanto minha cabeça estava cheia, sempre arrumava um jeitinho de pensar nela. Ela morava em meus pensamentos, quer eu queira ou não. Muita coisa poderia ter mudado, meu corte de cabelo e o meu jeito de falar, mas uma única coisa nunca iria mudar, disso eu tinha completa certeza; meu amor por Lena.

Me relacionei com muitas pessoas na tentativa falha de tentar esquecê-la mas meu erro sempre foi procurar um pouquinho dela nas pessoas, eu nunca encontrei ninguém parecido com ela, nem 0,000001%. Eu nunca fui capaz de amar outra pessoa, meu coração a pertencia e disso eu não tinha duvidas. Eu devia ser a pessoa mais feliz do mundo inteiro. Eu tinha todo o dinheiro que queria, podia ir para qualquer lugar no mundo sem me importar com nada, eu tinha absolutamente tudo. Menos ela. O principal. Às vezes eu entrava no instagram e procurava pelo nome dela, só pra dar uma conferida e ter certeza de que ela estava bem, feliz e aproveitando a vida enquanto podia. Eu sempre abria um sorriso quando via as fotos e um sorriso lindo estampado no rosto dela. Lena tinha uma luz irradiante. A luz que faltava na minha vida.

*************

Eu havia acabado de entrar no avião e estava mexendo o celular enquanto o vôo não decolava, estava pouco animada pra conhecer a França, sempre foi meu sonho visitar a Torre Eifell. Era um sonho que Lena e eu tínhamos juntas. Enfim, quando eu recebi uma mensagem de Sam no whatsapp, estranhei. Ela não me mandava mensagem. Nunca. Eu quem mandava algo perguntando sobre Lena as vezes. Estranhando aquilo, rapidamente abri a conversa. Era um link, apenas um link. Abri e dei de cara com a notícia de que Lionel acabara de ter sido preso em Metrópolis, eu estava em estado de choque.

Lena está em Paris. Vá atrás dela.

Samantha Árias

Sam enviou junto com um endereço. Se aquilo não era destino, eu não fazia ideia do que era. Eu estava dentro de um avião e tudo o que passava pela minha cabeça naquele momento era chegar logo em Paris e ir correndo encontrar Lena. Aquela era minha chance. Minha única chance de fazer tudo diferente. Eu faria o que fosse possível pra ter ela de volta.

[...]

Já se passava das dez da noite em Paris, eu estava um pouco confusa com o fuso horário mas nada conseguia apagar minha empolgação de estar na mesma cidade que ela e de que eu iria atrás dela, onde quer que ela estivesse, eu iria.

Deixei minhas malas no hotel e em seguida pedi um táxi dando o endereço da casa de Lena para que ele me levasse até lá. Enquanto estava no carro, eu pensava na probabilidade de dar tudo errado. Dela estar com raiva de mim, de não querer ver a minha cara, de sequer me deixar explicar. Tinha um medo absurdo dela não querer me ouvir, mas se isso acontecesse, eu realmente entenderia. Quando nos vimos pela última vez no aeroporto, eu deveria ter dito algo, que estava de mudança ou qualquer coisa, não podia ter deixado-a na expectativa de me ter de volta. Eu realmente fui covarde de não terminar com ela, nem por mensagem. E eu me arrependia, todos os dias por não ter feito nada.

Quando o taxista parou o carro e disse que ali era a portaria do prédio, meu coração quase saiu pela boca. Eu estava perto dela. Muito perto. Paguei a corrida e desci, permanecendo no mesmo lugar quando ele acelerou e foi embora. Eu estava, evidentemente com medo. Naquele momento eu só desejava um calmante ou então acabaria dando um infarto.