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Pov Kara Danvers

Lionel já havia ido dormir quando eu mandei mensagem pra Lena. Foi difícil acalma-lo já que ele queria ir onde ela estava pra ter certeza de que ela não estava fazendo nada de errado, diferente dele, eu acreditava em Lena e por isso insisti pra ele ficar calmo e descansar; mas eu estava puta até demais com Lena e o jeito que ela falou com toda aquela arrogância e prepotência.

Me sentei no sofá da sala a espera dela, olhava no relógio a cada minuto pra ter certeza que ela ainda tinha tempo de chegar antes de eu ir buscá-la. Eu sabia que ela não iria escolher a segunda opção. A porta bateu e ela entrou bufando, claramente irritada comigo, só não estava mais irritada do que eu com ela.

- O que que foi, Kara? – ela perguntou andando até o sofá que eu estava. - Cadê meu pai?

- Ele está dormindo, minha conversa com você é particular. - me levantei fechando o roby de cetim no meu corpo. - Senta aí. - mandei.

- Eu não. – levantou o queixo, ela sabia ser bem cabeça dura quando queria.

- Não estou pedindo. Senta aí, agora. - mandei mais uma vez olhando nos olhos dela e provavelmente ela sentiu toda a raiva explodindo dentro de mim.

Ela resmungou baixinho e se sentou cruzando os braços na altura do peito com um bico enorme nos lábios.

- Você não é a minha mãe, sabia? Pra ficar mandado em mim desse jeito!

- Sei que não sou e não me importo nem um pouco com isso. Você não acha que está sendo filha da puta o bastante com seu pai?

- Só eu?

- Não, mas estou falando de você. Lena, o que tá acontecendo com você? Você nunca foi de explodir assim tão fácil e agora aparece sem um pingo de paciência.

- Isso é culpa sua! Culpa de vocês dois, eu fico irritada quando vocês dois estão juntos.

- Pensei que já tivéssemos conversado sobre isso.

- Não conversamos. Eu disse que ficaria de boa com a situação mas vocês dois estão... Eu não sei. - ela se levantou rapidamente e começou a andar até as escadas. - Já estou em casa como você queria. Agora me deixe em paz.

- Volta aqui, gatota!

Ela me ignorou, é claro que ela me ignorou. Comecei andar rápido atrás dela e quando a alcancei segurei seu braço fazendo-a parar.

- Ainda não terminamos.

- Acho que terminamos sim. - puxou o braço pra si e continuou subindo.

- Está sendo impossível manter uma conversa com você! Volta aqui.

- Que bom, porque, eu não estou nem um pouco afim de conversar com você. - parou no meio da escada e me encarou, talvez ela esperasse que eu subisse e falasse alguma coisa mas minha cara falava por si só, eu não iria atrás de uma garota mimada que não mede as palavras para falar com os outros. - E eu não preciso que me diga o que fazer e o que não fazer. - ela resmungou voltando a subir. - Vai cuidar da sua vida e da vida do seu maridinho.

Que garota abusada. Me deixou com cara de tacho olhando ela entrar no quarto e bater a porta.

Essa era definitivamente a nossa primeira briga e eu nem entendi muito bem o motivo, aquilo era por causa de Lionel e eu, porque eu a obriguei voltar pra casa ou porque ela simplesmente estava chateada? De qualquer forma eu iria deixar pra lá, uma hora ou outra ela iria perceber que tá sendo uma grande idiota.

Na manhã seguinte ela tentou conversar comigo mas eu a ignorei, e na manhã seguinte da seguinte; e durante toda a semana. Eu estava dando mesmo um gelo nela. Como o pai dela  tinha o coração mole e odiava ficar brigado com Lena ele acabou cedendo e pedindo desculpas pra ela, eu óbvio briguei com ele por ter ido se desculpar sendo que ela estava pouco se importando com ele e com tudo o que ele havia dito. Ela estava preocupada comigo, ela estava correndo atrás de mim e esquecendo de todo o resto.

Querida Madrasta - Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora