Capítulo 9

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Minha comadre já tinha feito janta só comi, ensinei a Júlia o dever e deitamos. Estava exausta, graças a Deus amanhã seria minha folga e não tenho curso, vou tirar o dia pra lavar tudo e arrumar a casa e ver se vou comer uma pizza com a minha pequena.

Meu celular não parava de tocar era uma cliente minha do PU, Bruna resolvi responde a mona estava desesperada pra eu separar uma roupa pra ela porque de manhã ela ia sair, nem na minha folga eu tenho paz. Combinei com entregador e minha gerente ia mandar amanhã pra mim, graças a Deus resolvi tudo e bloquei o celular.

Júlia: mãe você viu o iphone que vai sair, queria

eu: tá sonhando muito né - rimos.

Júlia: quando crescer vou trabalhar muito igual a senhora pra pode te da o mundo - sorri.

eu: você é meu mundo pirralha - ela sorriu.

Júlia: e te da um iphone pra trocar esse que meu pai te deu

eu: pelo menos pra alguma coisa ele serviu - falei pensando alto.

Júlia: coitado mãe - rir

Ficamos assistindo um filme no Netflix e a paz que habitava, tinha acabado quando escutei uns estalos.

Júlia: começou, que papai do céu proteja meu pai - meu coração aperta demais.

eu: não aguento mais não ter paz, doida pra acabar de juntar nosso dinheiro e ver outro canto.

Júlia: mas não queria deixar meu pai mãe

eu: você sempre vai pode ver ele - ela concordou.

Tentamos concentrar no filme mais nada, nossa paz havia acabado. O morador sofre demais, a casa já estava toda trancada!

Deu 2h da manhã, minha filha já tinha dormido graças a Deus. Eu não estava me sentindo bem um pressentimento ruim, aquilo dominava meu peito e trazia uma sensação sufocante.

Sentia que algo não estava certo e espero que não seja com o traste, porque eu não sei o que seria da minha filha sem ele. Vejo tantas mulheres criando suas filhas sozinhas, não que eu já não crie e tenha essa responsabilidade mas ele em vida faz a felicidade da minha filha!

[...]

Cochilava e acordava e assim estava sendo mija noite, os tiros não parava e aquela sensação se apertava cada vez mais, mandei mensagem pra minha comadre que estava acordada pedi pra ela colocar o nome meu e minha filha na oração, ela falou pra eu ficar tranquila que não ia acontecer.

Eu tentava sempre pensar o positivo, quando escutei alguém gritando é "essa casa aqui".

Agarrei na minha filha e comecei minhas orações, Deus me ajuda não pedia nada além disso. Aquela sensação me trouxe à vontade de chorar enorme, eu estava sufocada parecia que eu ia ter o troço.

Minha comadre não parava de ligar mas meu celular estava no silencioso, estava morrendo de medo de atender e alguém escutar minha voz lá fora.

Levantei devagar e deitei no chão.

eu: oi - falei sussurrando

Fabi: você não me responde

eu: algo tá estranho, eles tão todos aqui no beco

Fabi: fica quieta, deve tão procurando alguém! Acalma esse coração, estão todos em oração pra você.

eu: comadre, eu amo você qualquer coisa cuida da minha filha

Fabi: para com isso, pela amor de Deus - escutei o barulho da porta, desliguei correndo enfiei o celular nas calças e agarrei na minha filha fechando os olhos e reforçando a minha oração.

Escutei tentando abrir a maçaneta mas a porta estava trancada, quando ouvi aquele barulho de fuzil alto em cima da minha porta.

Júlia: mãe - acordou no susto e me abraçou

eu: calma, eu estou aqui

Júlia: mãe quem é?

eu: fica quietinha - abracei minha filha forte.

Quando aqueles homens entraram dentro da minha casa tampando toda a visão da minha casa, só se via eles.

Tinha uns 20/30 homens na minha casa, eu não conseguia falar nada apenas fiquei em choque e minha filha chorava demais.

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Se tudo é uma ilusão eu vivi como eu quis!❤️‍🔥 - concluída.Where stories live. Discover now