Confronto

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ETTORE VACCHIANO

Mexo em meu computador analisando o faturamento da semana.

Escuto a porta se abrindo lentamente e vejo Nina entrando quieta, a observo e vejo que tem algo que quer discutir comigo, a conheço só pelo olhar.

Abaixo a tela do notebook e lhe dou total atenção.

- ao que devo essa ilustre visita ?- tento soar brincalhão tirando um sorriso dela.

- Eu queria conversar com você !- diz para mim, enquanto se senta em minha frente.

- pois diga - falo a observando.

- Queria te pedir algo que eu almeijo muito - disse - não sei se você irá gostar mais queria muito que pensasse com carinho.

Nessa hora já fecho minha expressão pois não sei ao certo o que Nina anda aprontando.

- diga !

- assim que você e Isabela se casassem eu gostaria de fazer um intercâmbio de apenas 6 meses.

- como assim intercâmbio Nina? - digo sério - sabe tudo o que faço para lhe proteger e quer arriscar por seis meses em um lugar diferente, fazendo as mesmas coisas que podem fazer aqui ? - digo a encarando e vendo seu olhar de desapontamento.

- não é atoa Ettore, aprender uma cultura, aperfeiçoar um idioma e conhecer um novo lugar não é uma besteira - diz irritada.

- pois para mim parece um risco desnecessário

- Mas Ettore...

- Nina - me levanto e vou em sua direção - você sabe se eu pudesse deixaria, mais se aqui rodeada por seguranças você já corre risco, imagina em outro país com essa quantidade reduzida.

- mas...

Quando ela ia retrucar a porta se abre bruscamente e entra Luca meu irmão correndo.

- O que houve Luca? - Perguntei - qual o motivo para entrar dessa maneira?

- a sua noiva e seu sogro foram atacados indo para o hotel - ele mal diz e sinto minhas pernas bambearem, tento manter a pose seria e sigo em direção da porta.

- para onde vai ? - Luca pergunta

- atrás deles lógico! - falo alterado.

- não precisa eles já devem estar chegando aqui ! - fala.

Me viro para Nina que está em choque por esse episódio, imaginando qual seria minha reposta depois do acontecido.

- bom já tem sua resposta - digo a vendo abaixar a cabeça e sigo em direção do salão para os aguardar.

***

- Senhor eles chegaram! - Mattias vem na minha direção e me informa sobre a chegada deles.

- os tragam para cá, estou os aguardando.

- sim chefe- assim Mattias sai não demora muitos minutos para retorna  os trazendo.

Os encaro e vejo Juan com um olhar assassino e Isabela totalmente abalada, não sei porque mais estou com uma vontade absurda de abraça-la e dizer que ficará tudo bem.

- como vocês estão ? - pergunto olhando diretamente para minha noiva.

- por sorte bem ! - disse meu futuro sogro. - um ultraje isso em me atacar, e foi em seu território - diz irritado.

- E acha que estou contente com isso? - falo no mesmo Ton - atacaram meus protegidos em meu território, eu mais do que vocês quero o sangue desses malditos. - falo e ele me encara - teremos que nos reunir e ver quem foi o possível suspeito em tentar essa armadilha para vocês ! - digo e ele acena, observo Isabela ainda calada, vendo toda essa discussão.

- você está bem ? - pergunto me aproximando dela, no início ela acena confirmando mais não mantém por muito tempo e começa a chorar.

Por instinto me aproximo a abraçando e por surpresa ela me abraça de volta se aconchegando em meus braços.

Quando percebo todos estão nos olhando como se perguntassem se já tínhamos algo antes.

Para disfarça tento desfazer o abraço e ver sua reação.

- Nina pode acompanhar a Isabela até a cozinha para tomar um copo de água ? - digo me endireitando e vendo ela fazer o mesmo - eu e o senhor Hernandez temos uma longa conversa - me viro para ele e o mesmo acena.

A vejo ir com minha irmã e a observo dando uma última olhada para mim antes de adentrar na cozinha, me viro para Juan e o chamo para me seguir em direção do escritório temos que saber quem são os figlio di puttana que fizeram isso.

Sento em minha cadeira enquanto ele e Luca se acomodam na minha frente, aceno com a mão e meu segurança fiel Mattias trás três copos com whisky e nos entrega.

- quem acha que pode estar por trás disso ? -  Luca é o primeiro que começa a falar, lançando sua pergunta diretamente ao Sr Hernandez.

- não faço a mínima ideia - Hernandez responde bebericando sua bebida -  pode ser por qualquer um infelizmente - suspira - esse casamento é visto com uma aliança forte para nós e com uma ameaça a muitos. - afirma - duas potentes máfias uma em cada canto da Europa com abertura para negócios, não é agradável para muitos - ele diz e concordamos.

- não quero acreditar que alguns daqueles figlio di puttana que estavam no meu noivado tem culpa nisso !

- também não queria irmão, porém não coloco minha mão no fogo por nenhum deles! - diz Luca.

- prefiro acreditar que tenham sido aqueles porcos russos, ou aqueles infelizes dos japoneses - diz meu sogro- sabemos que sempre teremos inimigos só que os mais descarados sem dúvidas são esses.

- eles sabem que estariam assinando sua sentença de morte com um ataque desse a minha futura esposa - afirmo.

- não creio que eles pensem bem por esse lado! - Sr Hernandez fala nós observando. - eliminar sua noiva seria de bom agrado a eles- me observa - pois ficaria sem aliança e sem herdeiros.

- nao queria admitir mais ele tem razão irmão.

- Luca peça para Mateo procurar tudo que possa nos ajudar a descobrir quem pode ser ! Câmeras, áudios o que for - digo e ele acena - peça também para averiguar se não tiveram reféns da partes deles, pois na irá que estou mutilar alguém seria relaxante - digo e o pai de Isabela me olha assustado - senhor Hernandez sei que foi uma noite terrível demais e o mais plausível no momento seria o senhor ir descansar depois da noite agitava que teve, amanhã veremos tudo com mais calma.

- OK, também acho melhor - diz se levantando.

- acompanhe Luca que ele irá te levar até nossa governanta Dora para lhe acomodar melhor.

Após isso os observo sair, tenho que resolver isso o mais rápido possível.

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora