Confronto

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ETTORE VACCHIANO

Estou em minha sala quando escuto as portas sendo abertas, levanto meu olhar até ver que Nikolai entrou por ela.

- posso saber quem lhe deu o direito de invadir meu escritório - falo com ele me ajeitando na cadeira.

- o fato de não termos encontrado o seu escolhido da sua irmã ainda ! - diz nervoso e eu o encaro com raiva.

- o que está querendo dizer com isso Nikolai ! - falo me levantando e ficando com as mãos apoiadas a mesa - está dizendo que tudo que aconteceu foi minha culpa ? - pergunto irritado.

- de certa forma foi ! - diz alto - se não tivesse a prometido a qualquer otário que...

- sabe porque eu a prometi a aquele otário Nikolai - me altero - pois fiquei sabendo que minha irmã estava apaixonada por um verme igual você - digo e o encaro com fúria - um cara que só se aproveitou dela e a descarto assim que pedi para não a ver mais - aumento a voz.

Ele me encara com os punhos fechados e eu disparo mais palavras.

- se você está com a porra da sua consciência pesada, por tudo que fez a ela, esse problema é seu - digo irritado - se não foi homem para honrar seus compromissos sem eu ter que fazer você assumir o problema é seu - saiu de trás da mesa e fico bem próximo a ele - agora se não consegue manter a sua culpa em suas costas saia de minha sala, e não venha querer me colocar como o errado em toda a situação, pois tudo que pude fazer para o bem da minha irmã eu fiz - cuspo as palavras com ódio.

Ele então solta as mãos que estavam fechadas a punho, solta uma respiração presa e seus ombros sedam, ele me olha com um olhar diferente e se senta na cadeira.

- desculpa.- diz e fico perdido em relação a direção brusca que está conversa está seguindo. - eu não sei como vou lidar com isso.

Fico um momento sem saber o que dizer apenas o observando até que ele prossegue.

- eu só quero encontrar esse maldito e fazer ele pagar por tudo que fez com ela - suspira.

- também desejo isso Nikolai - digo firme - mais não é essa maneira que iremos conseguir, passando a culpa ao próximo - falo e ele acena - sei que compartilhamos do mesmo sentimento de ódio de um para o outro - falo e ele me observa - a anos temos essas brigas e conflitos - ele acena - por mais que não nos gostamos, teremos que aprender a conviver em prol da felicidade de Nina.

Um silêncio cai sobre o ambiente e então volto a falar.

- porém, quero deixar bem claro aqui, que caso eu saiba que fez algo a minha irmã que a desagrade ou simplesmente a faça sofrer - o encaro - juro que eu mesmo o matarei.

- se eu Ettore voltar a fazer algo que a magoe, eu mesmo te darei a arma para me matar - diz firme se levantando novamente.

- assim espero ! - falo

Ele olha para o celular e volta sua atenção para mim.

- meus soldados estão prontos para virem te auxiliar na busca - fala e guarda o celular no bolso - independente do que esteja acontecendo em sua vida, priorize isso - diz sério - para o bem de nossas famílias.

- isso é algo que nem precisa me falar, sei muito bem o que fazer - falo e ele me encara. - só não continue esses shows de irá, pois nenhuma máfia além da nossa, sabe tudo que se passou - digo - se eles souberem e quererem ao menos sugerir que Adam conseguiu estrupar Nina e o filho que ela carrega é dele, teríamos muita bagunça para se arrumar, e o nome de Nina seria mais falado doque já está!.

Ele apenas acena, sem muito o que dizer e olha para seu celular novamente.

- terei que ir, e não invadirei novamente seu escritório.

- bom assim espero. - digo

Ficamos nos olhando por um momento de raiva, sinto algo em meu bolso vibrar e então meu celular toca.

Pego ele em meu bolso, e vejo que é do hospital onde Luca esta internado, mantendo ainda a expressão de descontentamento pelo o que o russo veio dizer, atendo.

- Ettore Vacchiano! - digo ao atender.

- olá senhor Vacchiano aqui é do hospital central ! - meu coração para ao escutar - viemos relatar sobre o paciente Luca Vacchiano.

Seguro na mesa, o que será que iria ser dito, sera que meu irmão piorou, meu Deus o que aconteceu com ele, me sinto mal, e o russo me olha de maneira desconfiada.

- o que houve com ele? - pergunto rápido.

- senhor gostaríamos que o senhor viesse aqui no hospital o mais rápido possível...

- eu quero saber o que aconteceu com ele porra ! - grito os interrompendo.

- senhor, sabemos que está alterado, porém temos que seguir o protocolo, de dizer sobre o paciente apenas com sua presença...

Nem espero termina e desligo o celular, corro pelos corredores até o meu carro em desespero.

Ao abrir a porta do meu carro e entrar percebo que a porta do meu.lado foi aberta, olho e vejo o russo entrando e bufo de irá

- porra o que tá fazendo ?- pergunto antes de ligar o carro.

- garantindo que a Nina não perca o irmão antes de me perdoar pelas coisas que fiz a ela.

O encaro com raiva, mais sei que ele não vai sair, bufo e soco o volante ligando o carro dando partida.

Depois de uma minutos chego no hospital e corro até a recepção, ao me deparar com ela, paro, não sei se estou preparado para escutar algo que não seje a melhora de Luca.

Me aproximo em passos lentos e fico em frente da enfermeira.

- boa noite senhor, quem o senhor veio visitar? - pergunta olhando o notebook e eu não respondo, ela levanta o olhar novamente a mim confusa e volta a pergunta- com licença senhor, mais quem o senhor procura?

Novamente não consigo falar, mais antes que ela retome a pergunta Nikolai responde.

- Luca Vacchiano - diz breve e eu o agradeço mentalmente.

Ela olha para o notebook e depois para mim, e volta a olhar para o notebook.

- só um instante vou chamar o médico. - fala e sai em direção de uma porta dupla.

Sinto minhas mãos gelar e minha respiração pesar, não sei o que vai acontecer a partir de agora e se estou preparado.

O médico então entra pela mesma porta que a enfrentar retornou.

- bom tarde, senhor Vacchiano - diz apertando minha mão, ele vira ao russo do meu lado- senhor ?

- Nikolai Pavlova - diz ao médico apertando sua mão também.

- o que aconteceu com meu irmão - digo cortando toda a cordialidade do momento. - por favor seja breve.

- bom senhor Vacchiano, o seu irmão deu uma piora no início da noite passada e então revertemos o seu quadro, aí pela manhã a enfermeira nos chamou avisando que ele havia acabado de ...

- ele morreu ? - pergunto sem chão, quase sem voz o interrompendo. - é isso que você tem que me falar, que eu perdi meu irmão. - falo com a voz pesada

- não senhor - ele fala e paraliso - senhor Vacchiano, ele Acordou.

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora