UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"

Cuidados

ISABELA HERNANDEZ

Estou deitada em seu peito enquanto ele me abraça de forma cuidadosa.

Depois do almoço fiquei em casa pensando se viria ou não, eu o queria mais que qualquer coisa, tinha despertado algo em mim que não sabia explicar e eu não conseguia mais lutar contra isso, ele seria meu marido a partir de amanhã que mal teria.

Disse ao meu papa que iria vir ver como funciona a empresa em que ele trabalha e vim com alguns seguranças. Estava tudo perfeito até ver Luca, entao a vergonha veio forte encima de mim, meu cunhado parece ser o tipo que gosta de brincar com as pessoas.

Mais no momento que ficamos a sós foi como algo que deveria ter acontecido, fluiu naturalmente.

- você está bem amore mio? - sorri entendendo o que ele falou.

- sim muito - viro meu rosto para o encarar e sorrio o olhando feito uma boba apaixonada.

- você me surpreendeu - diz rindo de forma carinhosa enquanto coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha, e eu me acomodo melhor encima da mesa que estou.

- você não gostou ? - pergunto preocupada - sei que posso ter sido ousada e você não ter gostado....

- não amore mio ! - diz me interrompendo - eu gostei e muito - fala me abraçando mais. - amanhã já seremos marido e mulher, só adiantamos algo que era inevitável! - fala e suspiro mais calma.

- posso te fazer outra pergunta ?

- mais uma ? - diz rindo - pode !

- você gostou ? - pergunta nervosa - é que eu nunca e você já é experiente, talvez eu não tenha feito da maneira correta - ele então coloca um dedo em minha boca me calando.

- foi a melhor noite que já tive - fala e me dá um selinho tirando um sorriso meu. - você é perfeita, gostosa e a mulher que mais tive prazer na vida. - fala e solto um suspiro o encarando.

O puxo para um beijo lento, calmo, algo apenas para nós manter conectados, até o celular de Ettore começar a tocar.

Ele então levanta sua cueca junto com a calça a fecha, pega seu celular e atende.

Observo ele falando em italiano de uma forma autoritária e intimidante com o outro da linha. Desço da mesa pego minhas roupas e me visto até ele termina sua ligação.

- Cazzo ! - escuto ele falar bravo e foco em organizar o ambiente que bagunçamos com nossa atividades.

- só resolva isso! - grita para o homem do outro lado da linha, e desliga logo em seguida.

- tudo bem? - pergunto me aproximando o abraçando por trás, ele então pega uma de minhas mãos e leva até sua boca dando um beijo casto.

- não, mais ficará ! - diz se virando para mim. - gostaria de comer algo ? - tenho uma hora até minha próxima reunião.

- sim, muito ! - digo animada.

- vou me arrumar então e logo volto para irmos - diz me dando um último beijo seguindo para o banheiro que fica em sua sala.

Chegamos em frente a uma padaria muito bem localizada aqui em Roma, entramos e vejo um ambiente lindo, clássico que remete bem a história dessa cidade.

Uma garçonete nos recepciona e direciona até uma mesa que fica ao lado de uma grande janela que dá para ver muito bem o centro da cidade.

- boa tarde Sr Vacchiano, o que gostaria para você e sua acompanhante? - diz educadamente mais com olhares de segunda intensão a ele.

- Sr e Sra Vacchiano - diz de forma seria!

- perdão Sr Vacchiano  e Sra Vacchiano - diz de maneira nervosa.

- bom para mim um Tiramisu! - digo e vejo Ettore sorrindo de lado, e a cara dela de inveja.

- para mim uma Pastiera de grano - ele diz e entrega o menu sem e quer a olhar, não gostaria de admitir mais isso me deixou incomoda a forma que ela o olhava.

Ela então sorri sem graça, nos deseja um bom apetite e pega o Menu e seguindo em direção da cozinha.

- você está bem ? - pergunta e o encaro. - sabe com dores ? - pergunta afagando meu rosto e o deito em sua mão.

- estou bem ! - sinto apenas um desconforto mais isso é algo que ele não precisa saber.

- gostei que veio em minha sala ! - fala baixo tirando um sorriso meu.

- porque ?

- porque eu não estava mais me aguentando em não pode te tocar, e te beijar - fala descendo sua mão de meu rosto e passando pelo meu pescoço seguindo meu braço até minha mão, entrelaçando nossos dedos.

- também queria muito ! - falo ficando corada.

- a partir de amanhã poderemos ficar assim todos os dias sem julgamentos de ninguém - ele fala levantando minhas mãos juntas até sua boca e dando um breve beijo, sorrio assentindo com a cabeça.

- estou ansiosa! - digo sem ter percebido e o encaro com vergonha.

- e você não imagina o quanto estou ! - fala me encarando.

Nossa pratos chegam e comemos curtindo a companhia um do outro.

O Observo vejo como ele é lindo, como me encanta, jamais imaginei que estaria apaixonada pelo meu noivo arranjando em tão pouco tempo, alguém que a pouco tempo ouvia história de como era incapaz de gostar de alguém, o perigo que era quando algo não o agradava, mais eu vi o completo oposto.

Ao pensar nisso meu sorriso diminui um pouco, e se ele não gosta de mim e só está mantendo um bom convívio até o casamento e depois não ligará mais para mim, como todos diziam que ia acontecer eu apenas seria uma esposa troféu e reprodutora.

Tento manter o semblante feliz, mais essa incerteza está me corroendo.

Será que ele também gosta de mim.