O Alpha!

15- Sra. Tulipa

Ao chegar na cidade, visitaram estabelecimentos como o cinema, lanchonete, lojas de roupas e até um bar com música ao vivo onde tomaram algumas doses - mesmo o álcool não tendo efeito nos lupinos, problema que foi rapidamente resolvido pelo pálido que levou uma pequena quantidade de erva de lobo consigo. Não era o suficiente para machucá-los, porém servia para ajudar a embriagá-los, infelizmente não se pode dizer o mesmo de Stiles que no fim da noite cambaleou para o carro com ajuda da beta que estava estranhamente risonha enquanto cantavam "Boss bicth".

Mesmo embriagado Stiles notou vários cartazes de desaparecidos espalhados pelo comércios locais. Isso havia chamado a sua atenção desde o momento que chegaram à cidade fazendo as engrenagens da sua cabeça girar compulsivamente, mas no momento estava bêbado demais para pensar em qualquer coisa, deixando suas teorias para o dia seguinte quando estivesse sóbrio.

Único que estava sã se certificou de colocar os amigos devidamente no carro e dirigir todo caminho para casa ouvindo as conversas aleatórias e cantigas do trio de bêbados.

❖✧✦✴✰

Estacionei o carro na frente da casa e destravei a porta, mas não houve nenhum movimento no banco de trás, tirei o cinto e olhei entre os bancos. A garota estava dormindo aninhada no peito de Stiles que tinha cabeça apoiada no vidro da janela, o outro beta estava apoiado nas costas da loba e com o braço descansando no abdômen do pálido. Eles adormeceram agarrados durante o caminho, os chamei em tom um pouco elevado fazendo-os despertar, logo os três bêbados desceram aos tropeços e resmungos, a baixinha foi a primeira a desaparecer rapidamente dentro da casa.

Após ter certeza de trancar o carro cheguei ao saguão encontrando nada menos que Stiles encarando o poste, ele continuou encarando com um olhar estranho enquanto balançava as mãos pálidas em um monte de gestos confusos.

- Tá, olhando o que? Oh vara de tirar caju. - Apontou o dedo fino para o poste em um insulto e cambaleou para os lados tendo que apoiar as mãos no joelho.

Coloquei as chaves no bolso e parei para observar o show, então ele recuperou o fôlego deu um passo para trás erguendo o troco e começou a discutir com o maldito poste, eu queria tanto gravar o Sr. Geniozinho ameaçando bater em uma coluna de concreto que o encarou. Depois de um repertório de insultos e xingamentos, vejo-o erguendo o braço que mais parecia uma vareta sem nem uma ondinha de bíceps e acertando um soco muito desajeitado.

Corri em sua direção o impedindo de dar o próximo golpe, o agarrei por cima dos ombros na intenção de colocá-lo para dentro antes que acabasse se machucando tendo que ouvi-lo dizer que eu estava defendo o babaca de cimento, O deixei esperando longe do poste e corri para fechar o portão, quando voltei para perto, encontrei Stiles paquerando e lançando cantadas para um vaso de tulipas. Desta vez não consegui me segurar e comecei a rir da situação, " Sempre vem aqui? " " Sua pétalas são as mais lindas que já vi" "já lhe disseram que você é uma florzinha" " O cimentão ali, é o seu marido?Você é bonita demais pra ele Sra.Tulipa " após me recuperar da crise de risos, escutei a porta de um dos quartos abrindo e o alfa apareceu para levá-lo para o quarto, rapidamente me despedi dos dois e subi para os meus aposentos.

❖✧✦✴✰ Alfa ❖✧✦✴✰

Me levantei da cama ao escutar o barulho do carro próximo da casa, recolhi minha camisa que estava jogada na poltrona do quarto e segui os murmúrios pelo corredor. No corredor encontrei Stiles em uma situação um tanto constrangedora. O menino lansava - ou tentava - cantadas a um vaso de flores mais ao canto da porta. Para evitar mais devaneios, me aproximei o pegando pelas pernas e jogando seu corpo em meu ombro como um saco de batatas, muito, mas muito leve. Enquanto ele se debatia, pude ouvir um barulho de beijo e um "Até a próxima, baby", balancei a cabeça negativamente não podendo conter a risada.

Subi as escadas o guiando para o quarto, assim que entramos ele cambaleia pelo cômodo e se atira na cama caindo de qualquer jeito. Suspiro, não posso deixar ele dormir assim, o levantei sob protestos o arrastando para dentro do banheiro. O deixei apoiado na pia enquanto tirava seus sapatos e meias, fazendo o mesmo com a calça e a camisa. Deslizei sua cueca pelas coxas enquanto ele ria suavemente. Caminhei até o chuveiro e liguei a água ajustando a temperatura, quando terminei o arrastei para baixo do jato de água vendo-o se debater e reclamar. Derramei um pouco de sabão líquido nas minhas mãos e espalhei pelo seu corpo logo em seguida o enxaguando, foi um banho rápido.

O retirei do box, secando-o com uma toalha, saímos do banheiro e fui até o guarda roupas para pegar um pijama ele se jogou na cama alegando que queria dormir nu. Segui o seu exemplo e me livrei das minhas roupas sem muita opção apenas me deitei ao seu lado abraçando sua cintura e jogando o cobertor sobre nossos corpos.