Quarta-feira, 30 de março de 2005.
Victoria já estava tomando sua quarta xicara de café e segurava um jornal que mais amassava do que lia.
Quando Dom Ramón riu ao lado dela, Victoria arqueou as sobrancelhas.
— O que foi?
— Qual é, Victoria, você é a minha filha linda e elétrica. O que está
fazendo aqui tão cedo e fingindo ler esse jornal?Ela riu.
— Vim ver o meu pai. Não posso? E não estou fingindo ler, estou me atualizando com as notícias.
— Se você quer se atualizar, precisa ler esse outro. — Ele apontou para o jornal em cima da mesa. — O que está segurando é da semana passada.
Ela sorriu para o pai, envergonhada. Dobrou o jornal.
— Me contará o que faz aqui tão cedo?
— Não tenho que ir trabalhar agora de manhã e decidi fazer uma caminhada, depois que terminei quis vim tomar um café com o meu papito.
Ele arregalou os olhos. — Você estava caminhando?
— Sim. Tenho que me manter magra por causa da novela.
Don Ramon apenas a olhou, examinando-a, mas não falou nada. Victoria percebendo o olhar de seu pai se sentiu como uma menina pega fazendo travessuras.
— Pai, Gaby me disse que o senhor anda tendo umas vertigens.
Ele franziu o rosto. — Gaby exagera.
— Não pode deixar a maldita teimosia dos Martínez Del Río impedir que você vá ao médico.
— Cuidado com a língua, menina.
— Desculpa.
— E eu tenho uma consulta agendada para a semana que vem. — Quando a Victoria ergueu as sobrancelhas, Don Ramon bateu os dois dedos no coração e jurou: — Palavra de escoteiro.
— Se você está dizendo. Eu deveria insistir para levá-lo pessoalmente para garantir que irá mesmo.
Don Ramon gemeu.
— Você trabalha e tem sua família. E sabe que Gabriela me levará, aquela menina pega no meu pé o tempo todo.
Victoria encheu novamente sua xícara de café.
— Não acha que está tomando muito café?
— É que acordei muito cedo.
Don Ramon se inclinou no sofá, com uma expressão séria no rosto.
— Então, não vamos falar sobre o elefante branco da sala?
Victoria olhou para ele e sorriu.
— Não estou vendo nenhum elefante. Onde está?
Cruzando os braços na frente do peito, ele protestou:
— Não é sobre isso que eu estou falando e você sabe.
Ela abaixou a cabeça, olhando para a xícara como se fosse a coisa mais fascinante que já tinha visto.
— É melhor não. — ela sussurrou.
— Olha, filha, eu tenho certeza de que você já sabe que ninguém conhece melhor alguém que seu pai e sua mãe. Eu te amo com todo o meu coração. — Quando ela levantou a cabeça para olhar para ele. — E quero que você confie em mim.
— Sabe que eu também o amo e confio no senhor.
— Então, me diga o que está te deixando acordada, fazendo você caminhar e tomar tanto café que vai fazer um buraco no seu estomago.
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La Tekila - De Volta Pra Mim
FanfictionSegunda temporada da historia de amor entre Victoria Ruffo e Cesar Évora em LA TEKILA. 1ª Temporada: https://www.wattpad.com/story/117185991-la-tekila-proibida-pra-mim