Capítulo 04 - Bésame

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César e Victoria chegaram cedo, apesar de que no dia anterior eles tinham terminado as gravações tarde. Cada um gravou suas primeiras cenas do dia, Victoria respirou aliviada ao ser informada que a sua cena com ele só seria depois do almoço, ao menos teria umas horas a mais de sossego, se bem que não era verdade, depois dele a ter beijado na noite anterior, ela não conhecia mais o sentido da palavra sossego, passara a noite acordada, rodando pela cama. Se odiando por ter correspondido aquele beijo. Com César também não era diferente, não conseguia compreender como ele podia ter perdido o controle daquele jeito, beijando-a onde havia tantas pessoas que poderiam ter visto. O que aconteceria se alguém os tivesse visto?

"Na próxima vez terei que ser mais cuidadoso... Que tonto, César! Fala como se fosse haver uma próxima vez... Victoria me mataria... Ou me beijaria de novo? Ela correspondeu ao beijo... Pude senti-la novamente... Sentir aqueles lábios tão deliciosos e macios que só ela tem..."

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Bésame, a destiempo
Sin quedar y en silencio
Bésame, frena el tiempo
Haz crecer lo que siento

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No intervalo que tiveram, Victoria aproveitou para ir ao seu camarim, afinal, era praticamente a primeira vez que tinha a oportunidade de realmente desfruta-lo. O camarim ficara como ela desejava, tinha um lugar perfeito para quando os seus filhos a acompanhassem, eles não tinham ido pelo fato de Victoria ter achado que ainda era muito cedo para leva-los, mas logo os levaria, custava muito ter que ficar longe de seus filhos e poder tê-los por perto ao menos umas horas durante o dia, seria maravilhoso. O estomago de Victoria indicou que ela deveria interromper aquele momento e ir atrás de algo para comer, foi justo quando abria a porta para ir, que deu de contra a alguém.

— Que coincidência, já ia bater. — Disse César.

Victoria não teve coragem de encará-lo. E, sem saber o que dizer, afastou-se da porta, e de olhos fixos no chão caminhou para longe da porta. Percebeu que César entrou, fechando a porta e sentiu um frio no estômago.

A muito custo levantou os olhos em direção a ele, e disse: — Aconteceu alguma coisa? — Ela mal conseguia falar.

A resposta demorou e quando veio foi através de uma voz rouca, quase um sussurro: — Sim, mas por que não olha para mim? O que há de errado?

— Nada... Só estava aqui pensando em meus filhos.

— E por isso não consegue me olhar? — Ela ouviu os passos dele se aproximando e ficou ainda mais insegura. — Victoria... — César sussurrou o nome dela, segurando-a pelo queixo, fazendo-a olhar para ele. — É pelo o que aconteceu ontem?

— Você acha pouco o que você fez ontem? — Victoria se afastou dele.

— Em comparação do que já fizemos antes, acho! — Disse, sorrindo.

— César, aquilo já faz muito tempo, hoje em dia somos outras pessoas, mais maduras e não fazemos as mesmas estupidezes. Ao menos eu sou.

— Não vim aqui para discutir, principalmente sobre o passado, que foi tão perfeito, você não pode negar, pode não ter terminado bem, mas foi perfeito e intenso em quanto estivemos juntos. Eu só vim aqui para pedir desculpas por ontem. — Victoria não respondeu, apenas o olhou. — Sinceramente, não me arrependo, quando se trata de te beijar, eu nunca me arrependi e não penso em começar agora, mas sei que fui imprudente.

— Ha! Só imprudente?

— Sim, alguém poderia ter nos vistos.

— E só agora você pensa nisso?

— Você também não pensou nisso quando respondeu ao meu beijo, então não se faça.

— Não estou me fazendo. Você não pode ficar me beijando onde bem entende, por favor, César, agora as coisas são totalmente diferentes. E não estou disposta a jogar esse teu jogo.

La Tekila - De Volta Pra MimWhere stories live. Discover now